Confira essa lista com ervas e plantas medicinais e suas indicações!
Frequentemente, temos a impressão de que a popularidade das plantas medicinais vem crescendo a cada dia, e isso é confirmado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Estimativas mostram que 80% da população do mundo todo confia e depende desses remédios naturais.
Ainda de acordo com a OMS, são aproximadamente 21.000 espécies de plantas que têm o potencial para serem usadas com fins terapêuticos. Além disso, mais de 30% de todas as classes botânicas já foram utilizadas pelo menos uma vez como tratamento auxiliar.
Siga a leitura e confira quais são as principais ervas e plantas utilizadas para cuidar e prevenir enfermidades.
Entendendo mais sobre as plantas medicinais
O termo planta medicinal inclui vários tipos de ervas usadas em fitoterapia (herbologia ou medicina à base de plantas). É o uso desses verdadeiros presentes da natureza com fins terapêuticos, além de seu estudo. Saiba mais a seguir.
■O que são as plantas medicinais?
Compreendendo várias partes, como raízes, flores, folhas, caules, cascas e sementes, as plantas medicinais possuem propriedades terapêuticas que promovem o bem-estar de corpo e mente, auxiliando no combate a enfermidades.
Pode-se dizer que existem centenas e até mesmo milhares de ervas com benefícios e funções únicos. Muitas plantas podem ser usadas sozinhas, mas são frequentemente combinadas para turbinar suas qualidades, sendo ótimos remédios caseiros e naturais.
Além disso, são ingredientes perfeitos para o desenvolvimento de medicamentos farmacopeicos, não farmacopeicos e sintéticos.
■Estudo e conhecimento da propriedade das plantas
De uso milenar, as plantas medicinais são consumidas como alimento e remédio natural, pois são fonte de propriedades essenciais para manter o corpo saudável. As ervas, em geral, vêm sendo estudadas para fins terapêuticos desde o período pré-histórico.
Isso é comprovado por antigos manuscritos da medicina Unani, papiros egípcios e escritos chineses. Existem evidências de que essas culturas, além da europeia, recorriam ao poder das ervas há mais de 4.000 anos.
Aliás, indígenas sempre usavam ervas em seus rituais de cura. Já os indianos desenvolveram sistemas médicos tradicionais baseados nelas, como a Ayurveda, que tem as terapias à base de plantas como pilar.
No Brasil, a fitoterapia (estudo das plantas medicinais e uso delas como matéria-prima na formulação de produtos farmacêuticos) vem ganhando cada vez mais espaço, inclusive nas prateleiras de grandes drogarias.
■Benefícios de usar ervas e plantas medicinais
O tratamento com plantas medicinais é considerado muito seguro, pois esses remédios estão em sintonia com a natureza. Além disso, uma de suas maiores vantagens é que esses medicamentos podem ser usados por praticamente todas as idades.
A maioria dos medicamentos fitoterápicos, por exemplo, é livre de efeitos colaterais ou reações desagradáveis. Desse modo, as ervas são a solução para curar e prevenir uma série de problemas e doenças, além de manter o organismo mais saudável.
Por esse motivo, as plantas medicinais estão cada vez mais populares em todo o mundo. Enfermidades crônicas, como hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado e até mesmo depressão podem receber o tratamento auxiliar de um remédio natural.
■Quais as ervas e plantas mais utilizadas na fitoterapia?
O Brasil possui a maior flora do planeta, com mais de 43 mil espécies botânicas descritas. Dessas, 10 mil plantas apresentam algum potencial terapêutico.
Logo, pode-se dizer que a fitoterapia conta com uma infinidade de matérias-primas, dentre as quais se destacam:
- Gengibre;
- Kava-kava;
- Equinácea;
- Valeriana;
- Garra-do-diabo;
- Alho;
- Soja;
- Castanha-da-índia;
- Guaraná;
- Erva-de-são-joão;
- Camomila;
- Calêndula;
- Barbatimão;
- Cáscara-sagrada;
- Unha-de-gato;
- Maracujá;
- Boldo;
- Espinheira-santa;
- Cavalinha.
■Como as plantas medicinais podem ser usadas?
Ervas como pimenta-do-reino, manjericão, cebolinha, coentro, hortelã, tomilho, orégano, alecrim e sálvia são algumas que apresentam propriedades medicinais e podem ser utilizadas na culinária. Elas trazem um sabor e cheiro incríveis, além de vários benefícios para a saúde.
As partes utilizadas das plantas são muitas, podendo ser empregadas tanto interna quanto externamente. Geralmente, para o consumo interno, as ervas são fervidas e ingeridas como chá. Aliás, o sabor amargo pode ser driblado quando elas vêm em forma de cápsulas. Já para o uso externo ou tópico, as ervas são formuladas em creme, loção ou pomada.
Principais plantas medicinais e suas indicações
Veja a seguir uma lista com algumas das plantas medicinais mais comuns, além de suas propriedades e potencial terapêutico. Confira para quais casos elas são indicadas, seus principais modos de consumo e contraindicações.
■Camomila
Uma das ervas mais populares, a camomila, de nome cientifico Matricaria chamomilla, também é conhecida como margaça e macela-nobre. É uma das plantas mais consumidas no Brasil com fins terapêuticos.
Propriedades: possui vários flavonoides, como apigenina (anti-inflamatório e antioxidante), luteolina (anti-tumoral e antioxidante), patuletina (analgésico) e quercetina (anti-inflamatório e antioxidante). Além disso, conta com óleos essenciais como o azuleno, um poderoso anti-inflamatório, antialérgico, calmante e sedativo.
Indicações: é comumente usada como calmante para distúrbios de ansiedade. Também é indicada para cicatrização de feridas, pois reduz a inflamação ou inchaço.
Como consumir: a infusão é mais frequente, mas pode ser usada como banho de assento e compressa.
Cuidados no consumo: evite a ingestão exagerada, pois pode aumentar a sonolência causada por medicamentos ou outras ervas. Ademais, o uso por gestantes é contraindicado.
■Mulungu
Muita gente não conhece essa erva, mas o mulungu, de nome científico Erythrina mulungu, é muito poderoso. Ele também é chamado de árvore-de-coral, capa-homem, canivete, bico-de-papagaio e corticeira.
Propriedades: contém várias substâncias alcaloides, como eritrina, erisotrina, erisolina, glucosídeo (migurrina) e compostos antociânicos. Atua como calmante, anticonvulsivante e hipotensivo.
Indicações: é ideal para tratar quadros de insônia, assim como distúrbios do sistema nervoso. É especialmente potente nos casos de ansiedade, agitação, depressão e convulsões. Além disso, diminui a pressão arterial.
Como consumir: apresentado na forma in natura ou em pó, é usado na preparação de chás.
Cuidados no consumo: as sementes não devem ser ingeridas, pois têm substâncias tóxicas. Além disso, é contraindicado para crianças com menos de 5 anos, grávidas e lactantes. Quem faz uso de medicamentos anti-hipertensivos ou antidepressivos deve contar com supervisão médica.
■Boldo
O boldo, de nome científico Peumus boldus, é uma das espécies mais utilizadas para fazer chá com propósitos terapêuticos. Ele também é chamado de boldo verdadeiro, boldo chileno e boldo medicinal.
Propriedades: conta com fitoquímicos, como a boldina, que alivia sintomas de distúrbios digestivos. Ademais, possui ação antiespasmódica (ameniza as cólicas) e antioxidante, devido à presença de alcaloides, como taninos e catequinas.
Indicações: ajuda a tratar problemas digestivos, gota, constipação, cistite, cefaleia e ressaca. Além disso, protege o fígado e otimiza o funcionamento do sistema digestivo.
Como consumir: utilize as folhas para a preparação de chás e sucos.
Cuidados no consumo: pode ser tóxico quando ingerido em grandes quantidades ou durante um longo período (superior a 30 dias). Ademais, o uso não é recomendado para crianças, grávidas, lactantes e quem tem problemas na vesícula.
■Hortelã
De nome científico Mentha spicata, a hortelã é uma planta extremamente aromática. Ela também é chamada de hortelã verde, das hortas ou vulgar.
Propriedades: é rica em vitaminas A e C, além de minerais, como ferro, cálcio, fósforo e potássio. Também é fonte de compostos antioxidantes e apresenta ação antiespasmódica (diminui os espasmos e ameniza as cólicas).
Indicações: é recomendada para tratar problemas digestivos, como flatulência, enjoo, vômitos e má digestão. Um uso pouco conhecido é como calmante e expectorante.
Como consumir: você pode fazer um chá com as folhas, temperar preparações culinárias ou tomar um suco refrescante. Além disso, a aplicação tópica do óleo essencial é excelente para massagens.
Cuidados no consumo: deve ser evitada por quem sofre com refluxo, gestantes, lactantes e crianças menores de 5 anos, pois o mentol pode causar falta de ar e asfixia.
■Cavalinha
Cientificamente conhecida como Equisetum arvense, a cavalinha é uma planta muito utilizada como remédio caseiro. Uma curiosidade é que o nome vem de seus ramos alongados e delgados, que lembram o rabo de um cavalo.
Propriedades: possui flavonoides, como o ácido cafeico, que tem ação diurética, além de minerais, como cálcio, fósforo e magnésio. Atua como anti-inflamatório, antioxidante, antimicrobiano, cicatrizante e remineralizante.
Indicações: combate a retenção de líquidos, ajuda no emagrecimento e fortalece os ossos. Além disso, auxilia no tratamento de pedra nos rins e infecções urinárias.
Como consumir: frequentemente é encontrada na forma de chá, cápsulas ou tintura com álcool.
Cuidados no consumo: quando ingerida em quantidade excessiva ou por mais de uma semana, pode provocar dor de cabeça forte e pancreatite. Ademais, crianças, grávidas, lactantes e portadores de insuficiência cardíaca ou renal devem evitar o consumo.
■Erva-doce
A erva-doce, de nome científico Pimpinella anisum, também é chamada de anis-verde, anis e pimpinela-branca. Originária da Ásia, se espalhou rapidamente pelo continente europeu e americano, graças a seu aroma maravilhoso.
Propriedades: rica em flavonoides, ácidos málico e cafeico, além de compostos bioativos com ações digestivas, laxativas, carminativas (combate a flatulência), espasmolíticas, analgésicas e anti-inflamatórias.
Indicações: é recomendada para aliviar gases, náuseas, prisão de ventre, cólicas e má digestão. Consegue amenizar também as dores de cabeça.
Como consumir: a parte usada da erva-doce são as sementes, que, por possuírem um sabor adocicado e aroma intenso, estão presentes no preparo de chás e receitas culinárias. Ademais, pode estar na forma de tintura e óleo essencial.
Cuidados no consumo: não é indicada para quem tem alergia ao anis ou ao composto anetol, grávidas, lactantes e crianças menores de 12 anos.
■Erva-cidreira
Planta medicinal de nome científico Melissa officinalis, a erva-cidreira também é chamada apenas de cidreira ou melissa. Ela é originária do Mediterrâneo e da Ásia, sendo uma das mais cultivadas e utilizadas há milhares de anos.
Propriedades: rica em compostos fenólicos e flavonoides, possui funções calmantes, sedativas, relaxantes e analgésicas. Conta também com ácido rosmarínico, citral, geraniol e beta-cariofileno, com ação anti-inflamatória, antioxidante, antiespasmódica.
Indicações: trata problemas digestivos, como náuseas, vômitos, refluxo gastroesofágico e síndrome do intestino irritável. Além disso, combate distúrbios de ansiedade e estresse, melhora a qualidade do sono, alivia dores de cabeça, combate os gases e ameniza a TPM.
Como consumir: frequentemente aparece em infusões, sucos, sobremesas, cápsulas e extrato natural.
Cuidados no consumo: evite ingerir esta erva se você utiliza medicamentos para dormir. Grávidas e lactantes precisam pedir orientação médica.
■Unha-de-gato
Com duas espécies de plantas medicinais, cujos nomes científicos são Uncaria tomentosa e Uncaria guianensis, a unha-de-gato já era usada antigamente pelos incas, povo que habitava o Peru.
Propriedades: conta com mitrafilina e pteropodina, substâncias que atuam como diuréticas, antioxidantes, anti-inflamatórias, imunoestimulantes e depuradoras.
Indicações: sua principal ação é como anti-inflamatório no tratamento de infecções e inflamações. Além disso, melhora a imunidade, auxilia no combate ao câncer de mama, alivia a gastrite e diminui a pressão arterial.
Como consumir: Chá, cápsula, comprimido e extrato natural.
Cuidados no consumo: Grávidas, lactantes e crianças devem evitar essa planta medicinal. Ademais, o uso não é recomendado para quem sofre com doenças autoimunes, renais, leucemia e problemas de coagulação no sangue. As pessoas que fazem uso de remédios anticoagulantes ou vão fazer uma cirurgia também não podem ingerir a erva.
■Erva-de-São-João
Também chamada de hipericão ou hipérico, a erva-de-São-João é conhecida cientificamente como Hypericum perforatum. Ela foi batizada com esse nome por causa de suas flores amarelas que florescem na época da festa de São João Batista, em 24 de junho.
Propriedades: é riquíssima em compostos bioativos, como hiperforina, hipericina, flavonoides e taninos, que apresentam ação anti-inflamatória, calmante e cicatrizante.
Indicações: principalmente usada como antidepressivo leve, ameniza os sintomas ligados à ansiedade e estresse, acalmando a mente e restaurando o funcionamento normal do cérebro. Também é indicada para tratar hematomas, feridas, dores musculares, além de queimaduras solares.
Como consumir: pode ser utilizada como chá, cápsula, tintura e compressa.
Cuidados no consumo: a ingestão da erva não é recomendada para crianças, gestantes, lactantes e indivíduos com depressão grave.
■Carqueja
Conhecida no meio científico como Baccharis trimera, a carqueja é uma erva que nasce em terrenos baldios. Também é chamada de três-espigas, bacanta, cacaia, iguape e tiririca-de-balaio. Uma curiosidade é que ela não possui folhas, apenas hastes.
Propriedades: conta com flavonoides como rutina, luteolina e apigenina, que são potentes anti-inflamatórios. Além disso, possui ácidos cafeico e clorogênico, antioxidantes e diuréticos.
Indicações: é recomendada para regular a pressão arterial e os níveis de açúcar no sangue. Também ajuda a fortalecer o sistema imunológico, melhora a digestão, combater os gases, otimiza o funcionamento do fígado e combate os vermes intestinais.
Como consumir: esta erva frequentemente é encontrada na forma de chás e cápsulas.
Cuidados no consumo: é contraindicada para grávidas ou que mulheres que estejam amamentando. Além disso, é preciso evitar a ingestão excessiva.
■Gengibre
Muito apreciado na culinária, o gengibre, de nome científico Zingiber officinalis, frequentemente é prescrito por médicos da Índia e da China há milhares de anos.
Propriedades: apresenta ação anticoagulante, vasodilatadora, digestiva, anti-inflamatória, antiemética, analgésica, antipirética e antiespasmódica. É rico em fibras, potássio, cálcio, ácido fólico e vitamina C.
Indicações: alivia enjoo, vômitos, dificuldade de digestão e aquela sensação de mal-estar ao viajar de navio, carro ou avião. Além disso, ameniza a náusea causada pela gravidez e quimioterapia.
Como consumir: com sabor forte e considerado apimentado por alguns, pode ser utilizado em chás, molhos, carnes, arroz e sucos. É vendido também na forma de cápsula, comprimido, extrato, tintura e pó.
Cuidados no consumo: crianças e quem tem pedras na vesícula biliar, irritação estomacal ou hipertensão devem evitar a ingestão dessa raiz.
■Babosa
São mais de 200 espécies de babosa espalhadas pelo mundo, mas apenas 4 são seguras para consumo. Essa planta é originária da África e é conhecida como Aloe vera, caraguatá, babosa de botica ou babosa de jardim.
Propriedades: apresenta ação laxante, depurativa, anti-inflamatória, antidiabética, cicatrizante, hepática e vermífuga. Isso tudo graças ao acemanano, principal polissacarídeo das folhas.
Indicações: aliada da pele, atua como cicatrizante de ferimentos e queimaduras de primeiro ou segundo grau. É perfeita para remover maquiagem, combater rugas e fazer uma limpeza profunda da cútis. Também é um ótimo hidratante capilar e elimina a caspa. Além disso, ameniza a dor muscular e trata problemas digestivos.
Como usar: frequentemente é usada de forma tópica, como gel e pomada. No entanto, algumas espécies podem ser ingeridas.
Cuidados no consumo: o uso interno está contraindicado para crianças, grávidas e lactantes. É muito importante verificar se a babosa é do tipo Barbadensis miller, a mais indicada para o uso humano, pois as outras podem ser tóxicas e não devem ser consumidas.
■Arnica
No campo científico, a arnica é conhecida como Arnica montana. Ela é originária da Europa e da Sibéria, sendo chamada também de margarida da montanha, por causa da semelhança de suas pétalas com as da margarida.
Propriedades: fonte de flavonoides e compostos fenólicos, tem ações anti-inflamatórias, analgésicas, antimicrobianas, antioxidantes e anticoagulantes. Ademais, a lactona e o ácido hexurônico funcionam como anticoagulante.
Indicações: trata contusões, dores reumáticas, escoriações, distensão muscular, varizes, hemorroidas e dores reumáticas. Além disso, é ótima para cicatrizar feridas.
Como consumir e usar: apresentada na forma de flores secas, tintura, óleo, glóbulos homeopáticos, pomada e gel. É possível fazer também uma compressa com o chá de suas flores.
Cuidados no consumo: é contraindicada para grávidas e pessoas com problemas no fígado. Nunca deve ser ingerida, exceto quando é vendida como glóbulos homeopáticos, pois a concentração nessas preparações é muito diluída e não causa efeitos colaterais.
■Eucalipto
Existem cerca de 700 espécies de eucalipto ao redor do mundo, mas o tipo mais utilizado com fins medicinais é o Eucalyptus globulus. Essa árvore é nativa da Austrália, sendo essencial para a conservação dos coalas.
Propriedades: fonte de taninos, flavonoides, aldeídos e óleos voláteis, como cineol e terpineol, possui funções antissépticas, descongestionantes, antiespasmódicas e antimicrobianas.
Indicações: tratamento de problemas respiratórios, como gripes, resfriados ou sinusite. Ademais, promove a cicatrização, fortalece o sistema imunológico, combate a dor, melhora a saúde da boca e auxilia no tratamento de herpes labial.
Como consumir: chás, inalação, compressas e banhos. O óleo é ideal para massagens e aromaterapia.
Cuidados no consumo: o óleo essencial não deve ser ingerido, pois pode causar queimaduras no sistema digestivo. Ademais, deve ser diluído em água ou outro óleo para não causar irritação na pele. A planta é contraindicada para crianças menores de 3 anos, grávidas e lactantes.
■Alho
Um dos temperos mais utilizados no mundo, o alho também é muito benéfico para a saúde. Seu nome científico é Allium sativum.
Propriedades: riquíssimo em compostos sulfurados, principalmente alicina, age como antimicrobiano, protetor cardiovascular e anti-inflamatório. Além disso, é fonte de potássio, cálcio e magnésio.
Indicações: recomendado para diminuir os níveis de colesterol e regular a pressão arterial, ajuda a prevenir doenças cardíacas. Também combate bronquite, asma, gripe e resfriado.
Como consumir: chá, tempero nas mais variadas preparações culinárias, tintura, extrato e cápsula.
Cuidados no consumo: a ingestão dele cru como remédio natural está contraindicada para recém-nascidos, pacientes que estão se recuperando de cirurgias e em casos de dor no estômago.
Outras informações sobre as plantas medicinais
Nas últimas décadas, houve um aumento no uso de fitoterapia, mas ainda faltam pesquisas e incentivos neste campo. Para melhorar esse panorama, em 1999, a OMS publicou três volumes de monografias sobre plantas medicinais. Saiba mais sobre o uso das ervas a seguir.
■Cuidados no uso das plantas medicinais
Apesar de serem extremamente benéficas para a saúde, é preciso ter cuidado na hora de consumir plantas medicinais. Você deve evitar os exageros para não sofrer com algum efeito indesejado. Portanto, a primeira dica é respeitar a forma de uso e ingerir apenas as quantidades orientadas. Além disso, recomenda-se que os chás sejam feitos e consumidos no mesmo dia.
Outro ponto a ficar atento é o local de cultivo das ervas. Não utilize plantas que cresceram em espaços inadequados, como próximas a fossas, depósitos de lixo ou que tenham tido contato com água poluída.
■Como saber qual planta medicinal usar?
Nem sempre é fácil descobrir qual planta medicinal deve ser usada em determinada ocasião. Por isso, antes de consumir, é muito importante saber para que ela serve, veja quais são os princípios ativos, como preparar e qual a dosagem adequada.
No Brasil, a utilização de fitoterápicos e plantas medicinais já é uma realidade no SUS (Sistema Único de Saúde). Logo, se você tiver alguma dúvida, procure a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima de sua residência.
■Como cultivar plantas medicinais em casa?
Uma horta medicinal em casa é totalmente possível, inclusive em apartamentos. Isso porque as plantas podem ficar em vasos e pequenos canteiros, se adaptando perfeitamente ao espaço disponível.
O ponto principal é que a área deve ser bem iluminada pelo sol, além de contar com solo fértil. Você pode ter plantas repelentes, como o cravo de defunto, para evitar a infestação de pragas. Outra dica é plantar dois ou mais tipos de erva num mesmo vaso, para que elas cresçam em sincronia e não adoeçam facilmente.
O uso de plantas medicinais apresenta diversos benefícios!
Embora as plantas medicinais tenham sido reconhecidas por suas propriedades terapêuticas, nutritivas e aromáticas por séculos, os produtos sintéticos acabaram superando sua importância por um tempo.
Atualmente, as ervas medicinais estão voltando, já que são produtos naturais e quase sem efeitos colaterais, desde que ingeridas nas quantidades certas. Desse modo, pode-se dizer que são seguras, ecológicas e sempre estão disponíveis quando alguma enfermidade se instala.
No entanto, devem ser consumidas com bom senso, pois apresentam contraindicações que podem prejudicar os portadores de algumas enfermidades. Portanto, é importante consultar um médico antes de iniciar o tratamento.
Jornalista, apaixonada por astrologia e todos os mistérios que envolvem o universo