O que é a autoestima?
A autoestima está ligada a quem acima de tudo sabe o seu valor próprio, que se sente bem com seu jeito de ser, pensar e agir. Esse sentimento está ligado à autoconfiança, ao fato de saber claramente quais são as nossas capacidades e onde podemos chegar com o que somos.
A autoestima chega a ser uma qualidade positiva nas pessoas quando equilibrada e bem trabalhada e a falta dela pode acarretar sentimentos ruins e baixa produtividade em várias áreas da vida. Entenda agora como a autoestima age, quais características de quem tem baixa autoestima e o que você pode fazer para começar a mudar isso hoje mesmo.
Significados da autoestima
Quem somos? Sempre foi uma pergunta que permeou as rodas de filosofia ao redor de todo o mundo em todos os tempos da humanidade, seja na Babilônia ou na Grécia, os grandes pensadores sempre se debruçaram em cima dessa questão profunda e extremamente complexa.
A interiorização para a resposta dessa pergunta é simplesmente inevitável, porque podemos pensar que somos um humano já que assim aponta o DNA, ou somos um conjunto de pensamentos e ideais que nos definem na sociedade? Essa pergunta se conecta com o que é autoestima porque para se conectar com o exterior de maneira eficiente é preciso conhecer seu interior.
■Significado de autoestima
Como a própria palavra já deixa entendido, autoestima significa a capacidade de uma pessoa de se autoavaliar e enxergar os seus pontos positivos e únicos. Basicamente se dar valor, independente do julgamento de divisão externa, livre de julgamentos ou opressões, é a sua capacidade de enxergar o valor que você entrega para o mundo.
Essa capacidade envolve o quanto você se respeita e se admira de forma verdadeira, deixando de lado as máscaras que você coloca para sociedade. Autoestima é o seu poder de se estimular a ponto de não deixar o externo influenciar no interno porque você sabe o quanto é bom, independentemente de qualquer coisa ou pessoa.
■Significado de autoestima baixa
A baixa autoestima é justamente o oposto da palavra, também autoexplicativo, é quando a pessoa não tem a capacidade de se admirar e se sente inferior perante o mundo em que vive. Não é uma besteira ou algo sem importância ter baixa autoestima porque essa condição pode acarretar diversos problemas em sua vida, desencadeando síndromes sérias.
A causa desse problema pode vir de uma série de eventos onde a pessoa se sente inferior ou alguém na sua infância que fazia com que ela se sentisse desse jeito, e depois de adulto ela ainda continua sofrendo com esse problema de não se sentir especial e não confiar nas suas habilidades, independente do quanto bom a pessoa seja.
■Significado de autoestima alta?
A autoestima é um sentimento que todos independente do que sejam precisam ter, é esse o sentimento responsável por muitos ganhos em nossa vida, desde conquistar o companheiro da sua vida até chegar ao nível de sucesso desejado no trabalho. Alguns podem chegar a confundir autoestima com arrogância, mas a grande diferença está no equilíbrio.
Sim, uma pessoa que tem uma autoestima muito elevada pode se tornar uma pessoa arrogante principalmente se essa pessoa sofria de baixa autoestima, mas o caminho do meio sempre é o melhor. Ter uma autoestima alta significa que você sabe o seu valor para o mundo, não necessariamente melhor que alguém, mas tão bom quanto qualquer um.
Modalidades de autoestima
A autoestima é um sentimento que se manifesta em todas as áreas da nossa vida, nem sempre uma pessoa que tem uma autoestima alta em uma área necessariamente terá em todas as áreas de sua vida, e é normal se sentir inseguro em uma coisa ou em outra, mas essa insegurança precisa ser o combustível que te alimenta a melhorar sempre mais.
Entender cada fase da sua vida e qual área requer a sua atenção é exatamente o desafio de viver, e tudo passa pela interiorização do ser. Algumas pessoas têm a capacidade de te influenciar a adquirir mais confiança em si, mas o processo definitivo depende única e exclusivamente de você.
■Autoestima feminina
As mulheres tendem a ter mais problemas com autoestima do que os homens, por mais que essa taxa se torne mais equilibrada quando olhada por todas as áreas da vida, as mulheres ainda figuram com um índice maior. A cobrança da sociedade principalmente relacionada no padrão da beleza é algo muito prejudicial porque afeta como um todo a maioria das mulheres.
Felizmente a sociedade vem evoluindo e a mulher conquistando cada vez mais o seu espaço como uma igual, além disso o padrão de beleza vem mudando cada vez mais para beleza sem padrão. A beleza única vem se tornando cada vez mais valorizada e assim empoderando muitas mulheres que antes sofriam de autoestima baixa.
■Autoestima na gravidez
Um momento mágico para uma mulher é o seu período de gravidez onde o processo de ser mãe está acontecendo, isso não significa que não seja também um momento extremamente desafiador porque em tese a mulher se sente mais “feia” e sente as mudanças do corpo e dos hormônios com mais intensidade, além do medo natural de todo esse processo.
Um agravante que pode acontecer nesse momento é a atitude do parceiro, mulheres que vivem em um relacionamento abusivo, tendem a sofrer ainda mais nesse período. Mas a verdade é que esse momento é sim mágico e empoderador, gerar uma vida é algo único para mulheres e apesar dos desafios no final vale muito a pena.
■Autoestima no relacionamento
Um dos postos de maior dificuldade talvez seja uma pessoa manter em sua individualidade a sua autoestima, hoje uma discussão que permeia o mundo são os relacionamentos abusivos que na prática o abusador retira a autoestima do parceiro a fim de ter aquela pessoa presa para si, com o debate vindo à tona muitas pessoas se libertaram.
Entender que uma pessoa no relacionamento tem o papel de agregar tanto quanto a outra é essencial. Procure e se relacione com alguém que vai te desafiar a ser melhor e que vai construir junto, através de uma parceria sólida, o futuro que você tanto deseja.
Um relacionamento saudável é um campo fértil onde a autoestima de cada indivíduo floresce e uma árvore de amor e confiança é erguida, duas individualidades formando algo maior.
■Autoestima infantil
A importância da autoestima vem assumindo um papel de destaque no debate público como um todo, porém uma coisa que pouco é observada é que os eventos que levou um adulto a ter uma autoestima baixa, em sua grande maioria aconteceram na infância. Um grande erro é achar que uma criança não entende as coisas ou esquece com o tempo.
Alguns especialistas dizem que a personalidade de uma criança é moldada até os seus 7 anos de vida, e isso é muito importante para entender o quanto de padrões e ideias uma criança pode carregar. Um trauma ou um abuso na infância pode retirar a capacidade dela se sentir confiante ou importante.
■Autoestima na adolescência
Essa é uma fase onde muitas mudanças acontecem, onde uma criança passa pelo processo de amadurecimento e se prepara para a vida adulta. O fato de descobrir um novo mundo pode por si só ser traumatizante, mas ainda tem a mudança física no corpo, o aumento da responsabilidade e a socialização mais profunda entre os iguais.
Esse é o momento onde as opiniões dos outros começam a ser importantes e a competição começa a acontecer, o fato é que nem todas as opiniões vão ser positivas e cabe um acompanhamento profundo dos pais para que o entendimento correto das coisas seja feito e esse adolescente saiba interpretar e aceitar as mudanças com confiança e discernimento.
■Autoestima na terceira idade
O momento precioso da vida também conhecido como “melhor idade” é um desafio como todas as fases da vida, pois muita coisa está diferente no mundo e a pessoa já não se sente a mesma, nesse momento assim como nos outros, entender a fase é o grande segredo. A sabedoria e a experiência ajudam a clarear melhor as ideias, mas é preciso pensar.
Estimular a autoestima desde a infância é o ponto principal para a vida de uma pessoa, porque se ela entende a sua individualidade e importância para o mundo como ela é desde cedo, ela vai adaptando com o passar dos anos, amadurecendo e fortalecendo cada vez mais, chegando na terceira idade com uma saúde mental e física mais plena.
Sinais de que autoestima está baixa
Por mais que você entenda o conceito e tenha fortalecida a sua autoestima, a vida não segue uma constante e diversos fatores podem te levar a ter quedas na sua autoestima, principalmente em momentos de mudança e de desafio, isso é normal e vai acontecer com todo mundo em algum momento, o segredo é entender, aceitar e superar esses momentos.
A autoestima baixa é um problema que vem acarretando outros problemas, na vida social, profissional, física e mental. Por isso é extremamente importante manter a sua confiança em alta e não deixar que alguns momentos se tornem algo contínuo. Alguns sinais vão se apresentando nesses momentos, indicando que alguma coisa não está correta. Veja abaixo quais são os principais sinais.
■Autocrítica excessiva
A autocrítica precisa acontecer, essa é até uma ótima ferramenta para se adquirir confiança, porém quando ela toma um tom extremo ela passa a ser prejudicial e mostra que a autoconfiança pode estar abalada. Um sinal claro é quando apenas o erro por menor que seja, é a única coisa que realmente importa para pessoa.
Olhar a vida apenas pelos erros é um problema porque isso vai minando a autoconfiança e principalmente gerando muitas frustrações no meio do caminho, além de ser um ciclo onde quanto mais você olha apenas para o erro mais erros você comete e mais minada se torna a sua autoestima, até que se torna algo paralisante.
■Medo excessivo de cometer erros
O medo talvez seja um dos mecanismos do nosso cérebro de maior importância, uma pessoa sem medo não é uma pessoa corajosa, acaba sendo imprudente e irresponsável. O medo manteve o ser humano vivo desde a época dos seres das cavernas. Porém o mesmo medo que te impede de perder também pode te impedir de ganhar.
Quando a pessoa começa a sentir um medo excessivo de errar isso significa que a sua autoestima está baixa, principalmente se é em algo que ela sempre fez, isso geralmente acontece depois de algum erro que a pessoa cometeu e devido a sua autocrítica extrema foi evoluindo até se tornar um medo paralisante das funções.
■Pensar demais antes de agir
Pensar antes de agir significa ter sabedoria porque se assume os riscos e consequências de determinada ação, porém determinadas decisões são quase naturais, principalmente quando envolvem áreas que a pessoa conhece e domina. Apesar desse domínio, uma pessoa com baixa autoestima se sente insegura de tomar a decisão correta.
O problema visto em uma pessoa com autoestima baixa é um problema que pode ser observado em qualquer pessoa, mas a diferença é que envolve as áreas de atuação e competência que a pessoa tem o conhecimento e expertise para fazer de uma maneira quase natural, mas pela falta de confiança não consegue.
■Criticar demais os outros
Esse sinal é uma arma de defesa contra as suas próprias inseguranças, quando ser eficiente e ter valor a agregar não parece algo que a pessoa consiga fazer ela pode desenvolver um mecanismo de defesa que é atacar e evidenciar os erros de outras pessoas para se sentir melhor ou para não ter os seus erros evidenciados.
Criticar demais os outros é um sinal de autoestima baixo que começa a afetar diretamente as relações sociais do indivíduo e isso pode se manifestar dentro de qualquer relação. As pessoas têm a dificuldade natural de conviver com pessoas desta maneira e principalmente entender que esse é um mecanismo de fuga.
■Negligenciar as próprias necessidades
A autoestima é 100% olhar para si e se estimar como um indivíduo em meio ao todo, quando essa capacidade está baixa as necessidades primordiais passam a ser negligenciadas porque o pensamento que se segue é “se eu não sou bom, então pra que fazer coisas boas para mim?”, isso pode ser extremamente nocivo.
As necessidades básicas que são negligenciadas pode variar muito em todas as áreas da vida gerando ainda mais problemas, é possível negligenciar a saúde e ter doenças, é possível negligenciar o parceiro e vir a terminar, é possível negligenciar o emprego e deixar outra pessoa subir de cargo e mais uma série de problemas reais do dia a dia.
■Tentar agradar a todos
A vontade extrema de se sentir aceito é um grande problema visto retratado em diversos filmes adolescentes onde a menina excluída faz de tudo pela popular da escola para se sentir aceita em meio ao grupo onde ela nem se sente bem. Isso acontece porque a humanidade evoluiu para viver em comunidade e no fundo todos buscam ser aceitos.
Quem tem a autoestima baixa, sente uma necessidade patológica de agradar as outras pessoas independente do quanto nocivo isso possa ser para si, abrindo mão de seus princípios e até dos seus valores para não desagradar, além de ter uma dificuldade imensurável de dizer não, porque tem medo que isso possa chatear a pessoa.
■Se comparar a outras pessoas
Essa atitude tende a ser uma afirmação negativa para sustentar a baixa autoestima e alimentar o sentimento de inferioridade. A comparação com as outras pessoas em sua grande maioria tendem a ser apenas com as partes positivas da vida da pessoa, sem olhar para o todo e para os contextos envolvidos.
Pessoas com baixa autoestima tendem a olhar a vida da pessoa que está em uma fase muito acima da sua que às vezes só está começando e isso acaba sendo um impeditivo paralisante para iniciar ou tomar qualquer tipo de atitude. A grama do vizinho pode até ser mais verde, mas com certeza não cabe no seu quintal e você vê apenas o que é mostrado.
■Reclamar demais da vida
Todo mundo reclama da vida em algum momento ou em alguma situação, a capacidade de se sentir inconformado com a vida atual é o que impulsiona muitas pessoas a crescer e se desenvolver. Algumas pessoas dizem que o segredo da vida plena é viver constantemente inconformado, mas reclamar sem agir é apenas a lamentação sem ação.
Reclamar demais da vida é um sinal de baixa autoestima porque o único motivo da reclamação é reclamar. Essas pessoas tendem a mudar de reclamação em reclamação conforme a original é resolvida, porque o seu interno se encontra instável e isso pode se manifestar no externo onde nada nunca está bom o suficiente.
■Se preocupar demais com a opinião dos outros
É fato que o ser humano evoluiu para viver em comunidade, na antiguidade viver em comunidade era necessário para sobreviver e é exatamente por conta dessa herança genética que todos nós nos importamos com a opinião das outras pessoas, por mais que existam pessoas que dizem que não se importam isso não passa de balela.
Porém quando uma pessoa tem baixa autoestima esse se “importar com a opinião dos outros” passa a ser quase uma busca desesperada por aprovação, então cada micro decisão, até a cor da blusa que irá vestir vai precisar passar pela opinião de alguém e que se tiver uma opinião contrária é acatada imediatamente.
■Sensação constante de culpa
A culpa é por si só um sentimento negativo que com ou sem razão ela faz com que algumas reações químicas sejam liberadas no corpo gerando um desgaste emocional e até dor física. A culpa é também um alerta criado pelo nosso corpo para corrigir um comportamento que vai contra os padrões pré-definidos do que é certo ou errado para a pessoa.
A sensação de culpa constante que uma pessoa de autoestima baixa sente é em um nível capacitante ou por exemplo ela se sentir culpada por ter sido escolhida em uma entrevista de emprego ao invés da outra pessoa. São sentimentos geralmente ligados a não se sentir merecedor de receber determinado tratamento ou reconhecimento da vida.
Atitudes para melhorar a autoestima
A melhora de uma pessoa que está com baixa autoestima passa por um processo e esse processo está ligado diretamente com a visitação interna que a pessoa precisa fazer para descobrir o seu valor e o seu individualismo no mundo. Esse autoconhecimento se faz necessário não apenas para aumentar a autoestima, mas para saúde mental geral.
As atitudes necessárias para você aumentar a sua autoestima passam por um entendimento antes, esse entendimento é que você é a única pessoa que pode se ajudar nesse momento e que vem de você a responsabilidade de construir a sua melhora e a sua ascensão aos poucos, o segredo é sempre manter a constância, devagar e sempre.
■Autoaceitação
A primeira coisa que você precisa fazer é se aceitar exatamente como você é, entender a sua individualidade e tomar consciência do seu eu. Tenha consciência das suas falhas, mas acima de tudo entenda o poder das suas qualidades e o quanto de pessoas existem no mundo que não podem fazer aquilo que você faz e sentir gratidão por isso.
■Autorresponsabilidade
Assumir a responsabilidade das coisas que acontecem na sua vida é algo empoderador, porque se você assume as responsabilidades você tem o poder de mudar o que é preciso, se a culpa for apenas do outro ou do mundo, nada você pode fazer, mas se a responsabilidade cabe a você, o poder de fazer diferente está dentro de ti apenas.
■Autoafirmação
Você já ouviu a frase que uma mentira repetida várias vezes se torna verdade? Então, alguma coisa na sua vida mentiu para você várias vezes falando que você não é capaz.
Agora você precisa repetir para o seu cérebro acreditar em algo diferente disso e com isso algumas palavras chaves que fazem sentido para você podem te auxiliar, fale toda manhã: “eu quero” “eu posso” “eu consigo” “eu mereço” e “vale a pena”.
■Intencionalidade
Coloque a intenção de fato no seu processo de mudança, seja firme e assuma o controle de modo que você sinta que essa mudança faz parte de você. A firmeza de propósito é algo extremamente importante porque os desafios vão acontecer, a jornada não será fácil, mas quando você determina e realmente sente a intenção dentro de ti nada pode parar.
■Integridade pessoal
A integridade pessoal vai ser útil por diversos momentos e isso é independente da sua autoestima, construa uma base, um alicerce de quais são os seus princípios e valores e não abra mão deles por nada, não faça concessões e nem acordos, se mantenha firme porque assim você não vai mais se permitir ser usado de qualquer maneira.
■Comparações
Não entenda mal, aqui não vamos falar que você deve se comparar com outras pessoas, mas durante o seu processo é importante você se comparar consigo mesmo do passado, enxergue as pequenas vitórias que você conquistou e as pequenas coisas que você evoluiu desde o começo da sua longa jornada.
Por que é importante ter autoestima?
Por que a autoestima está ligada a todas as áreas da nossa vida? É ela que nos dá a bússola do que merecemos receber. Sem autoestima você aceita qualquer coisa por não se achar merecedor de algo melhor. Na maioria das vezes isso não está certo porque merecemos coisas incríveis em nossas vidas e merecemos também a oportunidade de melhorar e se dedicar para merecer sempre mais.