Considerações gerais sobre a depressão pós-parto
Desânimo, cansaço e irritabilidade são característicos do período de gestação e pós-parto. Independente da alegria que se sinta com a chegada de um bebê, algumas mulheres podem até mesmo experimentar a tristeza como sinal das modificações de seu corpo ou, ainda, sentimento de incapacidade e insegurança na lida com a criança.
No entanto, quando essa tristeza evolui para um quadro de depressão pós-parto, o cuidado deve ser redobrado pois o quadro pode ser prejudicial tanto para o recém-nascido quanto para a própria mãe. Amigos e familiares devem estar junto dessa mulher, oferecendo todo o apoio possível, inclusive para ajudar na identificação dos sintomas.
Nesse texto, vamos falar sobre essa importante condição clínica que tem atingido muitas brasileiras. Com a falta de atenção, a depressão pós-parto pode ser facilmente confundida com o período normal de gestação ou ser gravemente negligenciada. Por isso, continue o texto para saber mais.
Entenda a depressão pós-parto
Embora muito falada nos últimos tempos, poucas pessoas sabem o que, de fato, significa a depressão pós-parto. Nos tópicos a seguir você vai saber um pouco mais sobre o quadro clínico, incluindo suas causas, sintomas e a possibilidade de cura. Continue a leitura para entender.
■O que é a depressão pós-parto?
A depressão pós-parto é uma condição clínica que ocorre após o nascimento do bebê e pode surgir até o primeiro ano de vida da criança. O quadro é caracterizado por estados depressivos, marcados por sentimentos de intensa tristeza, redução de disposição, pessimismo, visão negativa das coisas, diminuição da vontade de cuidar do bebê ou proteção exagerada, entre outros sintomas.
Em alguns casos, essa condição clínica pode evoluir para uma psicose pós-parto, que é um quadro muito mais grave e exige tratamento psiquiátrico. Mas raramente essa evolução acontece. Com o cuidado específico, a depressão pós-parto é tratada e a mulher pode seguir tranquila, com a devida atenção para o seu bebê.
■Quais as suas causas?
Inúmeras causas podem levar ao quadro de depressão pós-parto, desde fatores físicos, como alterações hormonais, característicos do período de puerpério, até histórico de doenças e transtornos mentais. A qualidade e o estilo de vida da mulher também podem influenciar o surgimento do quadro.
De modo geral, as principais causas da condição clínica são: ausência de uma rede de apoio, gravidez indesejada, isolamento, quadros de depressão antes ou durante o período de gravidez, alimentação inadequada, alteração de hormônios depois do parto, privação de sono, histórico de depressão na família, sedentarismo, transtornos mentais e contexto social.
É importante ressaltar que essas são as causas principais. Como cada mulher é diferente da outra, fatores singulares podem desencadear o quadro depressivo.
■Os principais sintomas da depressão pós-parto
A depressão pós-parto é parecida com o quadro de depressão comum. Neste sentido, a mulher apresenta os mesmos sintomas de um quadro depressivo. No entanto, a grande diferença é que no período de pós-parto ocorre a relação com o bebê, que pode ser afetiva ou não. Por isso, os sintomas de depressão podem ser negligenciados.
Sendo assim, a mulher pode sentir grande cansaço, pessimismo, choro recorrente, dificuldade para se concentrar, alterações na alimentação, falta de prazer de cuidar do bebê ou de realizar atividades diárias, muita tristeza, entre outros sintomas. Em casos mais graves, a mulher pode apresentar delírios, alucinações e pensamentos suicidas.
■A depressão pós-parto tem cura?
Ainda bem que sim. A depressão pós-parto tem cura, mas depende de um posicionamento da mãe. Com o devido tratamento e adoção de todas as prescrições médicas, a mulher pode se ver livre do quadro depressivo e seguir nos cuidados com o seu bebê. É importante ter em mente que o quadro clínico é uma condição que pode e precisa ter fim.
Além disso, para a completa cura da mulher, sem que seja um pré-requisito para isso, é bom que haja a presença de uma rede de apoio. Ou seja, familiares e amigos precisam estar ao lado dessa mãe para que ofereçam todo o auxílio possível.
Dados e informações importantes sobre a depressão pós-parto
A depressão pós-parto é uma condição clínica que acomete algumas mulheres. É importante conhecer mais de perto essa condição para desmentir algumas informações falsas e encarar o quadro com mais tranquilidade. Veja dados relevantes nos tópicos abaixo.
■As estatísticas da depressão pós-parto
Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, somente no Brasil estima-se que 25% das mulheres apresentam depressão pós-parto, o que corresponde a presença da condição em uma a cada quatro mães.
No entanto, com o aumento das demandas da mulher que, por vezes, precisam se dividir entre trabalho, casa, outros filhos e a chegada de um novo bebê, estados depressivos podem ocorrer com qualquer mulher.
Levando em consideração o estado natural de fragilidade e sensibilidade, característicos do próprio período de gestação, a grávida precisa receber todo o apoio possível, principalmente depois do nascimento da criança.
■Em quanto tempo se manifesta após o parto
Com uma diversidade de sintomas, a depressão pós-parto pode surgir até o primeiro ano de vida do bebê. Durante esses 12 meses, a mulher pode sentir todos os sintomas do quadro depressivo ou apenas alguns deles. É importante se atentar também à intensidade dos sintomas sentidos nesse período.
Se após o primeiro ano de vida da criança, a mãe começar a apresentar sintomas de depressão, o quadro não se configura como consequência da gestação. Nesse caso, um tratamento deve ser procurado para que a condição não interfira em outras áreas da vida da mulher.
■É possível que ocorra tardiamente?
É importante ficar atento aos sinais de uma depressão pós-parto, pois o quadro pode ocorrer de forma tardia. Neste caso, a condição se desenvolve durante 6, 8 meses ou até mesmo em até 1 ano após o nascimento da criança. Os sintomas são característicos do quadro, com possibilidade de ocorrer na mesma intensidade do que se fosse iniciada no puerpério.
É fundamental que a mulher receba todo o apoio de amigos e familiares para lidar com a situação, pois até 1 ano de vida da criança, o bebê ainda está em grande conexão com a mãe, dependendo dela para tudo. A escolha de profissionais capacitados e acolhedores também é essencial.
■Há relação de depressão pós-parto e bebês prematuros?
Mulheres que tiveram bebês prematuros podem enfrentar períodos de insegurança e um nível alto de estresse. Podem se sentir incapazes de cuidar da criança. Mas ainda assim, esse estado não significa que elas desenvolverão depressão pós-parto. É apenas um comportamento comum de toda mãe.
Com uma equipe médica humana e responsável, a mãe que teve bebês prematuros receberá toda a orientação para cuidar de seu filho. Dicas e diretrizes serão passados para que essa mulher fique mais calma, tranquila e segura. Por isso mesmo é muito importante que a escolha dos profissionais seja bem feita.
■Há relação entre depressão pós-parto e o tipo de parto realizado?
Não há nenhuma relação entre depressão pós-parto e o tipo de parto realizado. Seja cesárea, normal ou humanizado, qualquer mulher pode passar pela condição clínica. A única coisa que pode acontecer é a mulher criar expectativas com um tipo de parto e no momento de dar à luz, não ser possível realizá-lo.
Isso pode gerar estados de frustração e estresse, mas ainda assim não se configura como um fator para desencadear depressão. Para um parto tranquilo, a mãe pode conversar com o seu médico e expor suas expectativas com o momento, mas entendendo que uma alteração emergencial pode ocorrer e deve manter-se calma quanto a isso.
Depressão gestacional e baby blues
Depressão pós-parto pode ser facilmente confundida com depressão gestacional e a fase baby blues. Para identificar corretamente os sintomas de cada período, é importante saber a diferença de todos esses momentos. Confira abaixo informações importantes.
■A depressão gestacional ou pré-parto
A depressão gestacional é o termo médico para o que é conhecido como depressão pré-parto, período em que a mulher fica mais frágil emocionalmente durante a gravidez. Nesta fase, a gestante sente os mesmos sintomas de uma depressão enquanto gesta a criança, ou seja, ela enfrenta o pessimismo, visão negativa das coisas, alterações no apetite e sono, tristeza, entre outros.
Inclusive, em alguns casos, o que se observa como depressão pós-parto é, na verdade, uma continuação da depressão gestacional. A mãe já apresentava um quadro depressivo durante a gestação, mas foi negligenciada por acharem a condição normal. Por acreditar que alterações no apetite e no sono, cansaço e insegurança são absolutamente normais na gestação, o quadro depressivo pode passar despercebido.
■Baby Blues
Assim que a criança nasce, o corpo feminino começa a enfrentar algumas modificações geradas pela variação de hormônios. Essa transformação acontece na fase chamada puerpério, período após o parto que dura 40 dias, conhecida também como quarentena ou resguardo. Após os 40 dias, essas mudanças começam a apresentar uma queda.
Nas duas primeiras semanas do puerpério, a mulher pode desenvolver o baby blues, que é uma etapa temporária de intensa sensibilidade, cansaço e fragilidade. Neste momento, a mulher precisa de total apoio para que possa se recuperar. O baby blues dura no máximo 15 dias e, se passar disso, o quadro de depressão pós-parto pode surgir.
■A diferença entre depressão pós-parto e baby blues
Independente de como se vive a gestação e o puerpério, toda mulher enfrenta mudanças em seu corpo, seja nos seus hormônios ou nos aspectos emocionais. Por conta disso, a depressão pós-parto pode ser facilmente confundida com o período baby blues. Afinal, ambos apresentam sensibilidade, cansaço e fragilidade, com perda significativa de energia.
Entretanto, a grande diferença entre os dois fenômenos está na intensidade e no tempo dos sintomas. Enquanto no baby blues a mulher fica sensível, mas não perde sua alegria e vontade de cuidar do bebê, na depressão pós-parto, a mãe apresenta fadiga, falta de prazer, choro frequente, tristeza e desânimo em grande intensidade.
Além disso, mesmo que o baby blues venha com grande força, o período chega ao fim dentro de 15 dias. Se passar disso, é preciso se atentar pois pode ser o início de um quadro depressivo.
Diagnóstico e prevenção da depressão pós-parto
Como um quadro clínico, a depressão pós-parto conta com diagnóstico e prevenção. É muito importante que a identificação precoce seja feita para evitar o agravamento do quadro. Continue a leitura para saber como diagnosticar e prevenir.
■Identificando o problema
Antes de identificar os sinais da depressão pós-parto, é importante ter em mente que, independente da condição clínica, é de se esperar que após a gestação, a mulher enfrente um cansaço, estado de irritabilidade e muita sensibilidade.
Afinal, nos primeiros dias do puerpério a mãe sente todas as mudanças e alterações no seu corpo. Entretanto, no quadro depressivo, ocorre uma grande dificuldade de ficar feliz com o nascimento do bebê.
A mulher não consegue criar vínculos com o recém-nascido ou pode apresentar uma proteção tão grande, a ponto de não deixar ninguém chegar perto dele, nem mesmo os familiares. Além disso, ela sente todos os sintomas de uma depressão.
■O diagnóstico
O diagnóstico é feito da mesma maneira que uma depressão comum. O médico responsável por diagnosticar, isto é, o psiquiatra, avalia a intensidade e persistência dos sintomas, que devem ocorrer por mais de 15 dias.
Para configurar a depressão pós-parto, a mulher deve apresentar anedonia, que é uma diminuição ou perda total de interesse em atividades diárias, humor depressivo e, no mínimo, 4 sintomas de uma depressão. Lembrando sempre que esses sinais devem ser constantes por mais de duas semanas.
Além disso, o profissional também pode solicitar o preenchimento de um questionário relacionado a triagem de depressão e exames de sangue para identificar a presença de alguma alteração de hormônios anormal.
■Prevenção
A melhor maneira de prevenir a depressão pós-parto é ficar alerta aos primeiros sinais do quadro. Assim que perceber a presença de alguns sintomas, o médico deverá ser notificado. Mulheres que fazem tratamento para cuidar de algum transtorno psicológico também devem avisar o seu médico para tomar as devidas providências.
Outra atitude que pode ser tomada como prevenção é conversar com obstetras, amigos, familiares e mães para receber dicas de como se preparar melhor para o período de gestação.
Além disso, considerando as mudanças que a chegada de um bebê causa, pessoas da mesma residência devem conversar para definir o papel de cada um, principalmente no período de sono, onde o bebê acorda de madrugada para se alimentar.
■Como ajudar alguém que está sofrendo de depressão pós-parto
Acolhimento é a palavra-chave para ajudar uma mulher que está sofrendo com a depressão pós-parto. Ela precisa ser ouvida em suas queixas e compreendida quando não estiver completamente feliz com o bebê. Julgamentos e críticas não devem existir. Até porque, algumas podem se cobrar pelo atual estado e piorar ainda mais a situação.
Ajuda para realizar as tarefas domésticas e nos cuidados com a criança também é fundamental para auxiliar essa mulher. Lembre-se de que, além do quadro clínico, o período pós-parto gera um cansaço natural no corpo feminino. Por isso, a mãe precisa descansar para que possa ter energia suficiente para o seu bebê.
■Os níveis de depressão pós-parto
A depressão pós-parto apresenta alguns níveis, com sintomas específicos. É fundamental se atentar ao nível em que a mulher está, pois isso vai impactar diretamente no tipo de tratamento que deverá ser aderido. Existem três níveis do quadro, a leve, moderada e grave.
Nos casos leves e moderados, a mulher se torna um pouco mais sensível, com sentimentos de tristeza e cansaço, mas sem grandes comprometimentos de suas atividades. Terapia e medicação são suficientes para a melhora do quadro.
Já nos casos mais graves, que são mais raros, a mulher pode até mesmo ser internada. Sintomas como alucinações, delírios, ausência de conexão com as pessoas e o bebê, alterações de pensamento, vontade de fazer mal a si e aos outros e perturbação do sono são muito comuns.
■A diferença entre a depressão pós-parto e depressão comum
Tanto a depressão pós-parto quanto a comum apresentam características semelhantes entre si. A única diferença é que a condição clínica após o nascimento do bebê, ocorre exatamente nesta fase e há a presença do vínculo da mãe com a criança.
Além disso, a mulher pode ter muita dificuldade de cuidar do bebê ou desenvolver uma proteção excessiva. A depressão comum pode ocorrer em qualquer fase da vida e por múltiplos fatores.
Fato é que a presença do quadro clínico antes da gestação pode contribuir para o surgimento da depressão pós-parto, mas não é uma regra. Até porque, a gravidez é um momento de muitas representações, em que para algumas mulheres, pode significar uma fase de grande alegria.
O tratamento da depressão pós-parto e uso de medicações
A ausência de tratamento da depressão pós-parto pode trazer prejuízos para o bebê, principalmente nos casos mais graves do quadro clínico. Aos primeiros sinais da depressão, o médico deve ser procurado para iniciar os cuidados. Veja abaixo mais informações sobre isso.
■O tratamento
A depressão pós-parto é passível de tratamento, mas vai depender da orientação do médico e do nível da condição clínica. Quanto mais grave for o caso, mais intenso terá que ser o cuidado.
Mas de modo geral, a mulher com quadro depressivo após a gestação, pode se submeter a intervenções medicamentosas, com prescrição médica, participação de grupos de apoio e psicoterapias.
No caso de utilização de medicamentos, a mãe não precisa se preocupar, pois hoje em dia há remédios que não fazem mal à criança, seja no período de gestação ou durante a amamentação. Em todo caso, o tratamento da mulher é fundamental para garantir a proteção e saúde do bebê.
■Há medicamentos seguros para o feto?
Felizmente, com o avanço da medicina, hoje em dia há muitos medicamentos seguros para o feto. Eles não alteram o desenvolvimento motor e nem psíquico da criança. As medicações utilizadas para o tratamento de quadros depressivos devem ser específicas. Seja para depressão pós-parto ou comum, o médico deve ser consultado para realizar a prescrição.
Anos atrás era utilizado o tratamento com eletrochoque como escolha para as mães. No entanto, devido a intensidade deste tipo de intervenção, ele só é utilizado em casos mais graves, em que há o risco de suicídio. Afinal, casos assim exigem uma resposta muito mais rápida.
■Medicamentos tomados durante a amamentação podem prejudicar o bebê?
Dentro do útero o bebê não realiza esforço respiratório. Por isso, os medicamentos para depressão não geram efeitos sobre o desenvolvimento do feto. Entretanto, depois que a criança nasce, o efeito sedativo dos remédios pode passar para o leite, sendo ingerido pelo bebê.
Por esse motivo, é importante a utilização de antidepressivos específicos com baixo poder de transferência para o leite materno. Também, todo o esquema deve ser discutido entre o médico e a mãe.
Além disso, é recomendável que após a ingestão dos medicamentos para depressão pós-parto, a mulher espere duas horas, pelo menos, para colher o leite. Assim, reduz a exposição do bebê ao agente antidepressivo.
■O uso de medicamentos é sempre essencial para tratar a depressão pós-parto?
Se um caso de depressão pós-parto não apresentar como causa o histórico familiar ou pessoal do quadro, o uso de medicamentos é indispensável para tratar a condição. Até porque, se não tratado, o quadro pode evoluir ou deixar resíduos que podem interferir em outras áreas da vida. Lembrando sempre, que a medicação deve ser receitada pelo psiquiatra.
No entanto, se a mulher já apresentava quadros depressivos ou vem de um contexto social estressante, é muito importante que não falte o tratamento psicológico. É na terapia, onde serão colocados os conflitos, questões e inseguranças que afetam não só a relação com o bebê, como também outros setores da vida.
Caso identifique os sintomas da depressão pós-parto, não hesite em buscar ajuda!
Um dos pontos principais para tratar o quadro de depressão pós-parto é identificar os sintomas o quanto antes e se submeter aos cuidados médicos. Ainda que você esteja sozinha, sem o auxílio de pessoas importantes, tenha em mente que você pode contar com o apoio de profissionais, que são capacitados e experientes para isso.
Além disso, a mulher com quadro depressivo não deve se sentir culpada por não conseguir cuidar de seu bebê. Com tantas demandas e representações errôneas da mulher em sociedade, é quase impossível não se sentir sobrecarregada, cansada ou mesmo desanimada com a vida.
Mas ainda bem que o cuidado com a saúde mental tem sido cada vez mais visto, principalmente quando se trata de gestantes. Tanto a gravidez quanto o período de nascimento do bebê, se constituem em um desafio para a mulher, onde a sensibilidade e fragilidade devem ser naturalizadas. Portanto, cuide-se, mas sem culpa.
Psicóloga, com linha terapêutica baseada na psicanálise. Ingressei na carreira de redatora freelancer em 2018 e, desde então, não parei mais.
Já me aventurei na redação jornalística e na escrita de diversos temas em uma agência de marketing. Atualmente mergulho no significado dos sonhos, acreditando que eles tem muito a dizer sobre os nossos caminhos por essa vida.