Runas Nórdicas: significado, cosmologia viking, alfabeto e mais!

As Runas Nórdicas são um sistema alfabético utilizados pelos povos Germânicos. Inicialmente, cada letra era utilizada para registrar a língua destes povos, mas este sistema tem sido usado popularmente nas últimas décadas, como um método divinatório.

Ao alfabeto utilizado pelos povos germânico, dá-se o nome de Futhark, devido as letras iniciais dos nomes das primeiras runas: Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raido e Kennaz. O alfabeto rúnico possui variações, cada uma delas depende da região ou do momento histórico em que era utilizada.

Como instrumento divinatório, é comum utilizar um sistema de 24 runas mais uma runa branca, incluída recentemente com os movimentos esotéricos. Além de servirem como alfabeto e oráculo, as runas também são instrumentos de magia que remetem ao mito do Pai de Todos, Odin.

Neste artigo, apresentaremos uma breve introdução à mitologia nórdica e às origens das runas. Incluímos também seus significados para que você possa usá-las como um método divinatório poderoso.

O nome runas significa mistério ou segredo e sua história possui duas grandes vertentes: a científica e a mitológica. Segundo a visão mitológica, os segredos das runas envolvem o mito do sacrifício de Odin na árvore da vida, Yggdrasil. Continue lendo para saber mais sobre a cosmologia dos nórdicos.

De acordo com o Edda em Prosa, no princípio de tudo existia um lugar de fogo chamado Muspellheim, e outro lugar com névoa chamado Niflheim. Em Niflheim existia uma fonte, Hvergelmir, a partir da qual fluíam muitos rios que se tornaram gelo devido a uma substância neles.

Esta substância evaporou e se tornou orvalho congelado e as camadas de gelo se solidificaram e se tornaram um vazio chamado Ginnungagap. Assim, o gelo entrou em contato com o fogo e criou Ymir, um gigante, a partir do qual surgiram um casal de gigantes, que geraram filhos.

Ymir se alimentava do rio de leite das tetas da vaca Audhumbla que, ao lamber o sal sobre o orvalho congelado, libertou Búri, o primeiro humano. Búri se casou com uma giganta e gerou Odin, Vili e Vé, que criaram a terra, os céus e os oceanos com o corpo de Ymir no centro de Ginunngagap.

Yggdrasil uma árvore de freixo, cujos galhos se estendem até os céus e sustentam vários reinos, que representam o universo ou até mesmo o multiverso. Ao redor de Yggdrasil existem várias criaturas que habitam seu tronco, dentre elas uma águia, um dragão e veados.

Yggdrasil é apoiada em três raízes: Urdarbrunnr, um poço nos céus; Hvergelmir, uma fonte; e Mímisbrunnr, outro poço. Yggdrasil possui 9 reinos atestados na Edda Poética e Edda em Prosa:

1) Asgard: reino dos Aesir;
2) Alfheim: reino dos elfos;
3) Hel: reino dos mortos por doenças ou idade;
4) Jötunheim: reino dos gigantes;
5) Midgard: reino dos humanos;
6) Muspelheim: reino do fogo;
7) Nivadavellir / Svartalfheim: reino dos elfos negros;
8) Niflheim: reino da neve, névoa e do gelo;
9) Vanaheim: reino dos Vanir.

Na mitologia nórdica existiam duas raças de deuses: os Vanir e os Aesir. Os Vanir são considerados uma linhagem de deuses relacionados à fertilidade e os Aesir, deuses relacionados aos céus.

Essas duas raças de deuses geraram um episódio mitológico chamado a Guerra dos Aesir e dos Vanir, que resultou na unificação dos Aesir e dos Vanir num único panteão. Dentre os Vanir estão os deuses Frey, Njörd e a Deusa Freya. Já os Aesir incluem Odin, Thor, Frigga e Baldr.

As 24 runas do Futhark não são apenas um alfabeto, como também um código de conexão divina. Através delas, você tem acesso a três dimensões distintas: o som, uma imagem e um conceito, ligados aos planos espiritual, físico e mental, respectivamente.

O som está atrelado ao seu valor fonético, através do qual podemos entoar cânticos para se conectar com o divino através da essência dessa runa. A imagem te auxiliará a ancorar o conceito, ligado ao plano mental, no plano físico. Por isso, ele é um código poderoso e eficaz para te conectar com o divino.

O alfabeto rúnico é composto por 24 letras que eram utilizadas pelos povos germânicos antes de adotarem o alfabeto latino que usam até hoje. Cada runa possuem um valor sonoro, mas também são nomeadas através de conceitos que cada letra representa.

As variantes escandinavas das runas são conhecidas por Futhark, contendo as iniciais das seis primeiras letras do alfabeto. Já a versão anglo-saxã do alfabeto rúnico é chamado de Futhorc. Presentemente, as runas do Futhark são mais difundidas para seu uso divinatório, mas existem duas versões dele: o Futhark Antigo e o Futhark Novo, sendo o primeiro o mais utilizado.

A runa branca é uma runa sem desenho e opcional, incluída no Futhark apenas com fins divinatórios, provavelmente por Ralph Blum em 1983. Ela representa os segredos de Odin que devem ser retidos. Continue lendo para entender sua relação com Odin e seus significados no amor, trabalho e o seu lado negativo.

A Runa de Odin é um nome alternativo para runa em branca encontrada em alguns conjuntos de runas à venda. Ela também é chamada de a runa do Wyrd. Ela significa os segredos do Deus Pai de Todos e senhor das runas, Odin, que devem ser mantidos guardados.

Quando ela surge, ela lembra que há parte do destino que precisa estar guardada e que o consulente não deve ter a respostas para todas as suas perguntas ainda. Como consequência, ela representa incerteza, ambiguidade, desfecho desconhecido e segredos.

Ela também pode ser interpretada como o vazio, o silêncio e a possibilidade infinita. Por isso, ela é a sensação de ambiguidade, uma vez que pode representar tanto a escuridão da ignorância ou a luz do conhecimento.

A Runa Branca no amor significa incerteza. Ela pode indicar um período tenso, que pode gerar ansiedade, medo e sensações ruins como ciúmes.

No entanto, mesmo com sensações ruins, o desfecho é incerto: existem a mesma probabilidade de ter um resultado bom, ou um resultado ruim. Odin carrega toda a sabedoria da vida e por isso, confie nele. Tente viver a sua vida intensamente e esteja confiante de que, o quer que aconteça, é para o seu bem e faz parte do seu destino.

Mais uma vez, existe um segredo envolvendo a resposta para sua pergunta. Esta runa exige que você tenha total confiança e esteja ciente de que você chegou a um ponto de sua vida que está intimamente ligado com a sua missão nesta vida. Tudo depende de suas ações do passado. Ela indica mudanças, mas é importante que você evite falar sobre elas.

O lado negativo da runa de Odin é a incerteza. Quando ela surge, existem complicações com a sua pergunta. Ela pode indicar que ela foi mal formulada ou que a resposta para ela ainda está mantida em segredo.

Por isso, é importante esperar. E isso é o lado mais negativo desta runa para a maioria das pessoas: a espera, hoje em dia, gera muitas sensações negativas como a ansiedade. Tente meditar sobre a atual situação que é tema da pergunta. Se necessário, tire outra runa do seu saco para compreender a raiz desta questão.

Ela pode indicar também uma morte simbólica de uma parte da sua vida. Mas não tema: lembre-se que a resposta está atrelada ao seu destino.

As runas são divididas em grupos de oito, chamados aettir que refletem o misticismo do Norte da Europa. Cada aett é nomeado de acordo com o nome da primeira runa que abre o grupo. O primeiro Aett é regido por Feoh e, no esoterismo, é considerado como o grupo da necessidade.

Fehu é a primeira runa do primeiro Aett. Seu significado é o gado ou riqueza. Uma vez que na Europa antiga, possuir gado era um sinal de propriedade e de riqueza, esta runa está intimamente ligada aos bens materiais, especialmente riqueza móvel. Além disso, essa runa incorpora a força básica da fertilidade.

Em posição invertida, ela indica problemas, frustrações e perdas relacionadas às finanças, bem como projetos inacabados. As palavras-chave são abundância, criação, energia, fertilidade, fortuna, oportunidade, prosperidade, riqueza e sorte.

Uruz é a segunda runa do primeiro Aett. Ela representa o auroque, uma espécie de bovino selvagem europeu que está extinto. Ela significa força, resistência, dedicação, perseverança, motivação e trabalho duro.

Indica também um período positivo para obter energia, com uma previsão de boa saúde e agilidade. Uma vez que os auroques eram animais fortes, ela indica também o aumento da virilidade e do poder.

Quando invertida, seus significados são mais negativos, pois indica perda de saúde, submissão ou até mesmo um bloqueio. As palavras-chave são coragem, força, organização, perseverança, resistência, saúde, vitalidade, vigor e virilidade.

A terceira runa do primeiro Aett é Thorn, também conhecida por Thurisaz. Ela representa o martelo de Thor, o deus do trovão, chamado Mjöllnir. Ela significa o poder de direcionar suas energias para defesa, ataque ou destruição, por isso pode indicar conflitos.

Thurisaz também possui dentro de sim as polaridades masculina e feminina, contendo também a energia da vida e da morte. Assim como um raio, ela pode indicar regeneração e fertilização. Na posição, invertida, ela indica vulnerabilidade, compulsão, ranço ou até esmo traição. As palavras-chave são ataque, conflito, defesa, desafio, força, perigo, proteção e regeneração.

Ansuz é a quarta runa do primeiro Aett. Ela é a runa que representa a boca e por isso está intimamente ligada à comunicação. Ela representa o cajado de Odin e sua a sabedoria divina, indicando que uma mensagem importante está a caminho. Ansuz é também o poder ancestral.

Ela pode significar também sabedoria, inspiração, conselhos, verdade e até mesmo indicar entusiasmo. Quando invertida, ela indica pessoas falsas, traição, mal-entendidos, mentiras, problemas de comunicação e manipulação. As palavras-chave são ancestralidade, comunicação, conhecimento, inspiração, mensagem, recepção, revelação, sabedoria.

Rad ou Raido é a quinta runa do primeiro Aett. Ela é a lei cósmica do universo e seu significado está associado às mudanças e viagens, podendo ser uma viagem a trabalho ou férias, ou até mesmo uma jornada espiritual, na qual você aprenderá lições importantes para a sua vida.

Por representar uma roda, ela indica ciclos da vida, evolução e que as coisas farão sentido se analisadas sob uma nova perspectiva. Quando invertida, ela significa injustiça, irracionalidade, perturbação, rompimento e rigidez. As palavras-chave são ação, ciclos, evolução, jornada, lei, movimento, mudança, perspectivas, ritmo, viagens.

Kenaz é a sexta runa do primeiro Aett. Ela simboliza a chama ou a tocha e por isso sinaliza uma luz que guiará seu caminho, trazendo à tona fatos escondidos e com eles a verdade. Por isso, revela segredos e indica que você está indo na direção certa para encontrar a verdade.

Como significados alternativos, Kenaz está associada ao conhecimento que dissipa as sobras, criatividade, inspiração vitalidade, bem como a regeneração e energia trazidas pelo elemento fogo. Ela também é o fogo que incita o sexo.

Quando está invertida, ela indica falta de perspectiva de vida, bloqueio criativo, falsa esperança e instabilidade. As palavras-chave são compreensão, conhecimento, desejo sexual, habilidade, ideia, iluminação, inspiração, propósito, transformação.

Gebo é a sétima e penúltima runa do primeiro Aett. Ela é a runa que significa presentes e os dons que se recebe. Ela é um bom sinal indicando que você possui muitos talentos e que foram concedidas muitas bênçãos a você.

Ela também está intimamente ligada à generosidade, ao equilíbrio e aos relacionamentos saudáveis, pois indica união, incluindo sexo. Gebo também indica sacrifício. Uma vez que seu formato é semelhante a um ‘X’, ela não possui uma posição invertida. As palavras-chave são auxílio, caridade, dons, generosidade, parceria, serviço, sorte, talentos.

Wynn ou Wunjo é a oitava e última runa do primeiro Aett. Seu significado está associado ao bem-estar, triunfo, pertencimento, bem como à felicidade, segurança, estabilidade e celebração. Ela é um sinal de um tempo harmonioso, com ganhos materiais e espirituais, em que é possível aproveitar os deleites da vida.

Quando está invertida, ela significa assuntos ligados à perda emocional, tristeza, infelicidade e alienação. As palavras-chave são bem-estar celebração, conforto, comunidade, felicidade, festejos, pertencimento, prazer, sucesso.

O segundo Aett é o Aett de Heimdall. Na mitologia nórdica, Heimdall era o guardião dos deuses, que vigiava, de sua morada, a ponte Bifröst, que dava acesso à Asgard, o lar dos deuses. Este conjunto de 8 runas é formado por Hagall, Nied, Is, Jera, Eoh, Peorth, Eohl e Sigel.

Hagall ou Hagalaz é a primeira runa do segundo Aett e simboliza o granizo. Assim como o granizo que surge do nada, destruindo plantações, esta runa indica mudança repentina. No mundo esotérico, costuma ser associada à carta Torre do tarot, pois ela indica uma mudança inevitável, cujos resultados dependerão de como se encaram estas mudanças.

Hagalaz indica mudanças na vida que estão presente para limpar o caminho. Por isso, ela significa evolução. Devido ao seu formato, ela não possui uma posição invertida. As palavras-chave são destruição, forças incontroláveis, influências externas, mudança brusca.

Nied ou Nauthiz é a segunda runa do segundo Aett. É uma runa que simboliza necessidade e que mostra que é importante refletir sobre o que é preciso para se sentir pleno e estável nas áreas mais importantes da sua vida.

Ela pode indicar também atrasos, restrição e resistência, o que exigirá de você muita paciência. Quando está invertida, ela indica estresse, exaustão e até mesmo depressão. As palavras-chave são discordância, falta, necessidade, resistência, restrição, sobrevivência.

Is, também chamada de Isa, é a terceira runa do segundo Aett. Seu nome significa gelo. Ela indica uma pausa. Como alguém que fica preso no gelo, é chegado o tempo de parar o que se está fazendo para entender melhor o que está acontecendo e, em seguida, poder agir após ponderar a situação através de diferentes ângulos.

Ela pode indicar também frustração ou bloqueios emocionais e psicológicos causados por influências externas. No tarot, Isa corresponde à carta do Enforcado. Devido ao seu formato, esta runa não possui uma posição invertida. As palavras-chave são acúmulo, atraso, bloqueios, ego, espera, frustração, pausa, quietude, suspensão.

Jera é a quarta runa do segundo Aett. Seu nome significa ano e ela representa a colheita, indicando que é momento de colher o que foi plantado. Ela pode indicar também uma importante descoberta que está prestes a ser revelada ou que é momento de agradecer por todas as benções que foram concedidas a você.

Ela significa os ciclos da natureza e a natureza cíclica da vida. Devido à sua forma, ela não pode ser invertida. As palavras-chave são abundância, ano, ciclo da vida, colheita, conclusão, crescimento, fins, inícios.

Eoh, ou eihwaz, é quinta runa do segundo Aett. Ela simboliza o teixo, uma árvore sagrada perene. O teixo é uma árvore venenosa, e por isso ela está ligada à energia da morte.

Eoh é a força doadora e mantenedora da vida e está relacionada aos sues ciclos, representando também confiança, dependência, segurança, esclarecimento e conexão, já que ela estabelece ligações entre todos os mundos. Muitos runólogos costumam associar esta runa com a carta da Morte do tarot.

Na posição invertida, Eihwaz significa isolamento, desconexão e confusão. As palavras-chave são ciclos da vida, conexão, conhecimento sagrado, inspiração, proteção, resistência, segurança.

Peorth, ou Perthro, é a sexta runa do segundo Aett. Ela é a runa das apostas, do acaso, da causa e do efeito, do destino e da sorte. Quando ela surge, indica que a sua vida depende do acaso, de modo que ela pode tanto se encaminhar para uma coisa boa, como desandar de vez. No tarot, ela está relacionada à Roda da Fortuna.

Ela pode significar também segredos, mudanças e mensagens escondidas nas entrelinhas. Na posição invertida, ela indica perda de fé, surpresas desagradáveis e estagnação. As palavras-chave são acaso, desconhecido, destino, fertilidade feminina, oculto, mistérios, misticismo, sorte.

Eohl, também chamada de Algiz, é a sétima runa do segundo Aett. Seu nome significa alce, um símbolo de proteção e de defesa. Geralmente ela está atrelada ao poder de realizar sonhos e indica também proteção de seus guias espirituais. Ela pode ser um sinal de que haverá um despertar ou até mesmo que você possui uma forte intuição.

Na posição invertida, ela indica perigo oculto e inimigos. As palavras-chave são coragem, defesa, despertar, instintos, proteção, perigo.

Sigel, também chamada de Sowulo, é a oitava e última runa do segundo Aett. Ela simboliza o sol, representando também um momento de felicidade, abundância, vitória e boa sorte. Ela indica que suas metas foram cumpridas, e que você está num período auspicioso, gozando de uma ótima saúde e energia.

Devido ao seu formato, não possui posição invertida. No mundo esotérico, Sowulo é equiparada à carta do Sol do Tarot. As palavras-chave são abundância, alegria, felicidade, inspiração, justiça, sol, sucesso, vitalidade, vitória.

O terceiro e último dos aettir, é o Aett de Tyr, deus da justiça e da guerra. Ele é composto pelas runas Tyr, Beorc, Eow, Mann, Lagu, Ing, Daeg e Othila. Confira seus significados e simbologias a seguir.

A primeira runa do terceiro Aett é Tyr, também conhecida por Tiwaz. Como o próprio nome sugere, ela simboliza o deus Tyr. Ela representa superação, habilidades de liderança, honra, racionalidade e autoridade. Quando ela surge, é indício de vitória e autoconhecimento, especialmente relacionado ao autossacrifício.

Na posição invertida, Tiwaz indica bloqueio de energias, excesso de análises, frieza, desmotivação e desequilíbrio. As palavras-chave são bravura, coragem, força, honra, liderança, perseverança, racionalidade, resistência, vitória.

Beorc, também conhecida por Berkana, é a segunda runa do terceiro Aett. Ela é a runa que indica gestação, nascimento, abundância e multiplicação. Seu nome se origina de uma deusa representada por uma árvore de bétula, símbolo da fertilidade e da criação.

Berkana simboliza também crescimento físico e emocional, além de conter em si poderes regenerativos que indicam recomeço. Quando invertida, ela significa problemas familiares, ansiedade, controle, infertilidade, escassez e até aborto. As palavras-chave são crescimento, criação, fertilidade, gravidez, nascimento, novos começos, novos projetos, renovação.

Eow, também conhecida por Ehwaz, é a terceira runa do terceiro Aett. Seu nome significa cavalo. Ela representa um período de mudança gradual, provavelmente auxiliada por alguém. Por isso, pode significar trabalho em equipe, lealdade e confiança, além de indicar também a natureza instintiva. Muitas vezes, ela é associada à carta dos Enamorados no tarot.

Quando invertida, Ehwaz significa desejo por mudança, inquietação, desconfiança e desarmonia. As palavras-chave são amizade, auxílio, confiança, dualidade, harmonia, instintos, lealdade, movimento, mudança.

Mann, ou simplesmente Mannaz, é a quarta runa do terceiro Aett. Ele representa a humanidade e significa identidade e o relacionamento com as outras pessoas. Ela aparece quando indica cooperação e evoca noções como morais, valorais e tudo relacionado à ordem social.

Na sua posição invertida, Mannaz indica isolamento, manipulação, falsidade, egoísmo e desilusão. As palavras-chave são coletividade, comunidade, humanidade, morais, mortalidade, relacionamentos, valores.

Mann, ou simplesmente Mannaz, é a quarta runa do terceiro Aett. Ele representa a humanidade e significa identidade e o relacionamento com as outras pessoas. Ela aparece quando indica cooperação e evoca noções como morais, valorais e tudo relacionado à ordem social.

Na sua posição invertida, Mannaz indica isolamento, manipulação, falsidade, egoísmo e desilusão. As palavras-chave são coletividade, comunidade, humanidade, morais, mortalidade, relacionamentos, valores.

Lagu, também conhecida por Laguz, é a quinta runa do terceiro Aett. Esta runa representa o elemento água e por isso está relacionada à intuição, aos sonhos e às emoções. Ela significa poderes psíquicos, mistérios, segredos e até mesmo o desconhecido e o submundo.

Quando invertida, ela indica frieza, medo, mal julgamento, falta de criatividade, ilusão, confusão e evasão. As palavras-chave são: água, cura, ilusão, imaginação, intuição, instinto, sabedoria, sonhos.

Ing, também conhecida por Ingwaz, é a sexta runa do terceiro Aett. Ela é a runa da fertilidade, coragem e está relacionada ao deus de terra, relacionado a um dos epítetos do deus Frey.

Seu significado se refere à virilidade, fertilidade masculina, senso comum, bem-estar, força, família, descanso e desfecho. Devido à sua forma, não possui posição invertida. As palavras-chave são crescimento interior, fertilidade, harmonia, paz, virilidade.

Daeg, também conhecida por Dagaz, é a sétima runa do terceiro Aett. Daeg representa o amanhecer. Como um novo dia, ela marca o fim de uma etapa e início de um novo ciclo. É uma runa de novos inícios, do despertar da consciência e de uma fase de otimismo.

Além disso, simboliza, esperança, podendo ser interpretada como um momento de segurança e de certeza. No Tarot, Daeg está ligada à carta do Mundo. Devido à sua forma, ela também integra o grupo de runas que não possuem posição invertida. As palavras-chave são clareza, consciência, crescimento, despertar, dia, equilíbrio, esperança, novos ciclos.

Othila, comumente conhecida por Othala, é a oitava e última runa do terceiro Aett, finalizando também o alfabeto rúnico. Ela é a runa que simboliza herança, legado, herança espiritual e prosperidade em conjunto. Ela fala dos valores fundamentais e se alinha com a energia da verdade.

Quando está invertida, ela significa preconceito, tradicionalismo, fundamentalismo e azar. As palavras-chave são abundância, contribuição, crescimento espiritual, herança, legado, valores.

Sim: as runas nórdicas são fonte extremamente confiáveis de conexão com o divino. Isso ocorre, pois, quando o Mestre das Runas, Odin, se enforcou na árvore da vida, Yggdrasil, Ele permitiu que seus ensinamentos pudessem afastar a ignorância desse mundo, utilizando este código sagrado para desvendar os véus do tempo e do espaço.

Com as runas, o Pai de Todos teve acesso à representações de sons e conceitos, que, quando alinhados com as imagens inscritas em cada runa, funcionam como chaves que dão acesso aos 9 reinos no qual o Universo está dividido em Yggdrasil.

Por isso, ao utilizar as runas, você poderá ter acesso ao segredo de cada um desses reinos, se conectando com a essência sagrada que existe em você e estabelecendo pontes, como uma verdadeira Bifröst, que atuarão como elos entre você e o divino.