O que é a ansiedade?
A ansiedade é uma reação natural do corpo quando vivenciamos situações desafiadoras, como falar em público, participar de uma entrevista de emprego, fazer uma prova e outros eventos importantes. Entretanto, para alguns, a ansiedade é muito intensa e constante, o que pode sinalizar o início de uma enfermidade.
Vale lembrar que essa é uma das doenças que mais prejudica a qualidade de vida no mundo, portanto você não está sozinho. Logo, é importante ficar de olho nos sintomas e na frequência, já que nem sempre é fácil identificar esse transtorno. Continue lendo e descubra quais são os indícios de que a situação está ultrapassando os limites.
Sobre a ansiedade
O transtorno de ansiedade se diferencia de um sentimento natural porque é excessivo e persistente. Além disso, ele atrapalha bastante a vida do paciente, já que, normalmente, vem acompanhada de outras enfermidades. Confira a seguir.
■Ataque de ansiedade
Um ataque de ansiedade ocorre quando há um aumento na intensidade das manifestações dessa enfermidade. Alguns dos sintomas típicos são coração acelerado, respiração rápida e ofegante, e sensação de que algo terrível pode acontecer.
O indivíduo ainda pode vivenciar:
- Calafrio;
- Boca seca;
- Tontura;
- Inquietação;
- Angústia;
- Preocupação exagerada;
- Medo;
- Formigamento, especialmente nos braços e pescoço;
- Sensação de que vai desmaiar a qualquer momento.
Durante uma crise, é muito comum que a pessoa acredite que está morrendo. Por isso, frequentemente busca o pronto socorro mais próximo. No entanto, ao realizar os exames, o médico consegue confirmar que se trata de um episódio do transtorno de ansiedade.
■Ansiedade e depressão
A associação entre ansiedade e depressão é frequente, pois as doenças costumam andar de mãos dadas. Contudo, os transtornos em si são diferentes, já que possuem sintomas, causas e tratamentos distintos.
Porém, vale ficar de olho, porque há a possibilidade de que ansiedade e depressão se manifestem ao mesmo tempo, podendo até se confundir. Com isso, é configurada uma espécie de transtorno misto, com alternância entre sintomas ansiosos e depressivos.
■Ansiedade e estresse
Pode-se dizer que a ansiedade e o estresse estão intimamente ligados. Afinal, o excesso de estresse é um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de crises de ansiedade. O estilo de vida pode influenciar muito.
Por exemplo, um trabalho exaustivo, com exigências demais e sem tempo para relaxar é a combinação perfeita para desencadear transtornos. Logo, o medo de passar por uma situação ruim leva ao estresse, que, por sua vez, leva à ansiedade. Isso se transforma em um ciclo infinito e altamente prejudicial.
Tipos de ansiedade
A ansiedade pode ser dividida em várias categorias, de acordo com suas manifestações, causas e frequência das crises. No entanto, existem 5 tipos principais, por serem mais comuns. Descubra a seguir.
■Transtorno de ansiedade generalizada
O transtorno de ansiedade generalizada (conhecido também como TAG) é uma das enfermidades psicológicas mais comuns no mundo. É caracterizado por episódios de estresse recorrente e preocupação excessiva, interferindo diretamente no dia a dia do indivíduo.
Os sintomas dessa doença podem variar, mas frequentemente envolvem:
- Tensão muscular;
- Coração acelerado;
- Fadiga;
- Sudorese (suor excessivo);
- Dor de cabeça;
- Problemas gastrointestinais;
- Insônia;
- Irritabilidade;
- Inquietação;
- Dificuldade de concentração;
- Perda de memória.
Além disso, o transtorno geralmente é desencadeado pelo medo de que algo ruim aconteça com entes queridos, ou o pavor de não conseguir pagar as contas. É muito comum que o foco da preocupação mude ao longo das crises de ansiedade.
■Transtorno de pânico
O transtorno de pânico, ou síndrome do pânico, como é popularmente conhecido, está ligado à ansiedade. Essa enfermidade apresenta crises inesperadas de medo, desespero e insegurança, mesmo quando não há nenhum risco aparente.
Dessa maneira, o indivíduo sente que está perdendo o controle e vai morrer a qualquer momento. Logo, as atividades cotidianas ficam prejudicadas, já que sempre existe a preocupação de que um novo episódio aconteça.
Aliás, a qualidade do sono de quem sofre com a síndrome do pânico também é afetada, pois as crises podem tomar conta inclusive enquanto a pessoa está dormindo.
■Fobia social
A fobia social, também conhecida como ansiedade social, é muito comum e sempre acontece quando o indivíduo está em público. É um tipo de transtorno que faz com que as pessoas sofram com antecipação, só de imaginar que os outros o estão julgando ou observando atentamente.
Quem tem fobia social se preocupa demais com a opinião alheia, por isso, fica pensando como suas ações serão interpretadas. Geralmente, eles imaginam os piores cenários possíveis e tentam evitá-los a qualquer custo.
Num discurso em público, por exemplo, a pessoa acredita que vai ficar vermelha, suar de maneira excessiva, vomitar, gaguejar e tremer bastante. Outro temor frequente é não conseguir encontrar as palavras certas e fazer papel de boba. Assim, eles acabam se isolando, para evitar qualquer situação de destaque.
■Transtorno obsessivo-compulsivo
O transtorno obsessivo-compulsivo, mais conhecido como TOC, é um distúrbio marcado por movimentos obsessivos e repetitivos. Essa pessoa sofre com o medo de perder o controle, já que se sente culpada se algo ruim acontecer, mesmo em situações sabidamente incontroláveis, como uma tragédia.
Vale lembrar que o indivíduo com TOC é incapaz de controlar pensamentos negativos e obsessivos. Por isso, acaba fazendo atos repetitivos, numa tentativa desesperada de eliminar os sentimentos ruins. Esses “rituais” acontecem várias vezes por dia, de forma sistemática, prejudicando muito a qualidade de vida como um todo. Para essas pessoas, não cumprir os rituais implica em consequências terríveis.
■Transtorno de estresse pós-traumático
O transtorno de estresse pós-traumático (conhecido pela sigla TEPT) é causado por um evento traumatizante. Isso acontece porque algumas memórias são tão intensas que passam a atormentar o indivíduo, dando o pontapé para que um distúrbio de desenvolva.
O indivíduo normalmente entra em crise quando se depara com um gatilho, que pode ser uma situação semelhante ao trauma, um cheiro ou até mesmo uma música. Com os gatilhos, ele se lembra dos sentimentos experienciados durante o trauma e revive todo o ocorrido.
Infelizmente, estamos sujeitos ao trauma todos os dias, através do bullying na escola, um acidente de carro ou um ato violento, como um assalto ou estupro.
Causas da ansiedade
As causas da ansiedade podem variar muito de pessoa para pessoa, já que cada um tem uma experiência de vida única. No entanto, existem alguns fatores que podem até mesmo facilitar o surgimento desse distúrbio. Confira a seguir.
■Genes específicos
Um dos fatores de risco para o desenvolvimento do transtorno de ansiedade está na genética. Existem alguns genes específicos que são associados a esse distúrbio e podem ser passados por várias gerações, apresentando um ciclo infinito na árvore genealógica.
Pode-se dizer que a influência genética do transtorno de ansiedade corresponde a aproximadamente 40% dos casos. Logo, é possível afirmar que, se um parente de primeiro grau apresentou esse distúrbio, infelizmente há uma grande chance de que você também seja afetado.
É importante lembrar também que, em algumas pessoas, a ansiedade é completamente determinada pela genética.
■Fatores ambientais
Os fatores ambientais influenciam muito no desenvolvimento de qualquer tipo de transtorno de ansiedade. Um posto de trabalho estressante e uma rotina agitada demais estão entre os gatilhos mais comuns para enfermidades mentais.
Além disso, as chances desse distúrbio ter início já na infância são grandes, pois é na escola que temos o primeiro contato com provas e o bullying pode acontecer. Isso faz com que os níveis de estresse de uma criança aumentem significativamente.
Assim, os traumas vividos durante a infância levam a um grande impacto na vida adulta. Isso porque o transtorno de ansiedade não é algo que surge da noite para o dia, mas um processo a médio e até mesmo longo prazo.
■Personalidade
A personalidade pode ser um fator determinante para desencadear o transtorno de ansiedade. Algumas pessoas, infelizmente, já nascem com características que aumentam o risco de sofrer com enfermidades ligadas à mente.
Geralmente, são indivíduos introvertidos, inibidos e tímidos, com a autoestima baixa. Além disso, costumam se magoar facilmente ao ouvir uma crítica, sendo também muito sensíveis a rejeições.
Desse modo, eles tendem a se sentir desconfortáveis e ansiosos em eventos sociais, por estarem fora de sua zona de conforto, fugindo da rotina. Em situações de destaque social, ficam tensos, apreensivos e até mesmo assustados, atingindo níveis elevadíssimos de estresse.
■Gênero
Para se ter uma ideia do alcance do transtorno de ansiedade, dados de 2015 da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que aproximadamente 3% da população mundial sofre com algum tipo dessa patologia.
Um fato curioso do transtorno de ansiedade é que ele parece “preferir” as mulheres. O gênero importa bastante quando se trata desse distúrbio mental, já que o sexo feminino conta com aproximadamente o dobro de chances de desenvolver a enfermidade. A explicação está nos hormônios.
Somente no continente americano, por exemplo, mais de 7% das mulheres foram devidamente diagnosticadas com esse distúrbio mental, enquanto a porcentagem entre os homens é cerca da metade: 3,6%.
■Trauma
O trauma, ou seja, um evento que traz alto impacto emocional negativo, é um dos fatores de risco e figura entre as principais causas do transtorno de ansiedade. Passar por uma situação terrível faz com que o indivíduo apresente constantemente pensamentos invasivos e perturbadores. Além disso, flashbacks e pesadelos aterrorizantes também são comuns, o que prejudica muito a qualidade de vida.
No Brasil, a violência urbana está intimamente ligada aos traumas. Situações traumáticas, como discriminação, tortura, agressão, sequestro, assalto e abuso sexual frequentemente se transformam em gatilhos para desencadear esse transtorno.
Sintomas da ansiedade
Os sintomas do transtorno de ansiedade podem se manifestar de maneira física, emocional ou uma combinação das duas. Continue lendo o artigo e descubra como identificar alguns traços da doença a seguir.
■Perigo em tudo
Um dos sintomas mais comuns de quem sofre com o transtorno de ansiedade é sempre imaginar o pior cenário possível em qualquer situação. Isso acontece porque essas pessoas superestimam o risco e o perigo, tendo esses sentimentos de maneira excessiva, totalmente fora de proporção.
Você provavelmente já conheceu alguém que tem medo de viajar de avião porque acredita que vai ser vítima de um terrível acidente aéreo. Outro episódio acontece quando o paciente vai ao médico, elaborando milhares de teorias em que ele é portador de uma doença gravíssima e está com os dias contados.
■Apetite desregulado
O transtorno de ansiedade afeta bastante o apetite de uma pessoa, que fica completamente desregulado. Para alguns, a fome simplesmente desaparece, fazendo o indivíduo emagrecer demais, o que o deixa fraco, debilitado e suscetível a outras doenças.
Já para outros, a vontade de comer aumenta significativamente em momentos angustiantes. Desse modo, quando a pessoa fica preocupada, corre para se deliciar com vários docinhos para diminuir o estresse. O problema é que esses indivíduos mastigam pouco, o que facilita a ingestão exagerada de alimento em poucos minutos. Então, vale tomar cuidado para não desenvolver transtornos alimentares.
■Disfunção do sono
O transtorno de ansiedade provoca a disfunção do sono e, nesse caso, os indivíduos que sofrem com essa enfermidade sentem muita dificuldade para dormir, apresentando crises frequentes de insônia. Esses episódios ocorrem principalmente antes de um evento importante, como uma reunião de trabalho ou uma prova escolar.
Eles não conseguem relaxar e se desligar dos acontecimentos do dia, passando a noite inteira em claro, planejando o que deve ser feito na manhã seguinte. Por vezes, o distúrbio de ansiedade faz com que as pessoas sonhem com algum problema e acordem pensando nas possíveis soluções para o tema em questão.
■Tensão muscular
Um dos sintomas físicos mais comuns do transtorno de ansiedade é a tensão muscular constante. Esse distúrbio costuma deixar os músculos tensionados e preparados para reagir a qualquer risco ou ameaça. Nesse caso, quanto maior for a preocupação e o estresse, maior será a tensão, principalmente na região cervical. Dessa maneira, as dores nas costas, ombros e nuca são frequentes e podem ser bem fortes.
Em alguns pacientes, a tensão muscular é tanta que é praticamente impossível virar a cabeça para o lado. A dor é enorme e chega a ser incapacitante; por isso, é preciso tomar um cuidado especial para não consumir relaxantes musculares de forma excessiva.
■Pavor de falar em público
O transtorno de ansiedade tem como um dos principais sintomas emocionais o pavor de falar em público. Para muitas pessoas, imaginar a necessidade de fazer uma apresentação diante de uma plateia é sinônimo de estresse e pânico.
Nessas situações, o indivíduo fica extremamente nervoso, começa a suar bastante, sente o coração bater mais forte e acelerado, fica com as mãos geladas e apresenta a respiração ofegante, com falta de ar em vários momentos.
Além disso, a ansiedade aumenta a tal ponto que pode prejudicar o encadeamento dos pensamentos. Esse sentimento de medo costuma estar associado ao pavor de ser humilhado e ao receio de ser julgado por suas ações.
■Preocupação excessiva
A preocupação excessiva é um dos sintomas mais conhecidos do transtorno de ansiedade, já que essas pessoas estão constantemente inquietas, pensando no futuro. Essa preocupação, aliás, é a principal causa de úlceras, gastrite, estresse e dores de cabeça nos pacientes ansiosos.
É preciso ficar atento, pois tudo isso pode afetar também o sistema imunológico. Além disso, a angústia e a tormenta mental com que esses indivíduos convivem faz com que eles tenham muita dificuldade de se concentrar, porque milhões de coisas estão passando em sua cabeça, é impossível focar.
Desse modo, a eficiência dessas pessoas é extremamente afetada, o que aumenta a preocupação. Assim, a vida se transforma em um ciclo infinito de desespero e aflição.
■Se aproximar de ataques de nervos
Quem sofre com o transtorno de ansiedade costuma atingir uma linha tênue entre razão e emoção com certa frequência, especialmente quando está próximo de ter um ataque de nervos. Esses indivíduos passam por mudanças de humor de uma hora para outra e ficam bastante irritados, aparentemente sem uma explicação lógica.
Os episódios que levam a um ataque de nervos geralmente surgem em situações estressantes, quando há muita pressão. Quando uma pessoa está próxima de um ataque de nervos, a mente já foi extremamente prejudicada, o que faz com que algumas regras e limites sejam ultrapassados.
■Medos irracionais
Os medos irracionais fazem parte dos sintomas mais prejudiciais do transtorno de ansiedade. Nesse quadro, as pessoas antecipam uma ameaça futura, que talvez nem aconteça de verdade.
Dessa forma, muitos indivíduos têm pavor de fracassar, ficarem sozinhos ou serem rejeitados. Com isso, acabam perdendo várias oportunidades e não conseguem aceitar momentos de dúvida ou incerteza, pois geralmente são dominados por pensamentos negativos.
No trabalho, aliás, são campeões de autocrítica, porque acreditam que não são capazes ou suficientemente bons para assumir um projeto. Logo, pode-se dizer que esses medos e inseguranças comprometem o desenvolvimento de uma carreira, que poderia ser de enorme sucesso.
■Constante inquietação
A inquietação, ou seja, a dificuldade de ficar parado ou descansar a mente é um sintoma que pode aparecer nos transtornos de ansiedade. No entanto, vale ressaltar que nem todos os pacientes experimentam esse sentimento.
Mas quando se trata de crianças e adolescentes, a inquietação constante acompanhada pela gesticulação excessiva é um forte indicativo da doença. Quando esses indivíduos ficam inquietos, perdem a capacidade de se concentrar e se sentem profundamente angustiados.
Eles podem, ainda, ficar desesperados, caminhando de um lado para o outro, dando voltas, sem sair do lugar. A propósito, esse é um sintoma que pode atrapalhar a qualidade de vida não só da própria pessoa, mas também de quem está ao seu redor, que acaba ficando preocupado com a angústia que o ente querido está sentindo.
■Pensamentos obsessivos
Os pensamentos obsessivos fazem parte dos sintomas mais destrutivos e prejudiciais do transtorno de ansiedade. Neste estado mental, é impossível controlar os pensamentos, que surgem de forma recorrente e angustiante.
Alguns estudos mostram que esses ciclos repetitivos de ideias e imagens no cérebro estão ligados a uma disfunção neurológica, com causa ainda desconhecida pela comunidade científica.
Essa manifestação de ansiedade é um importante sinal e está presente em vários tipos do distúrbio, como no TAG (transtorno de ansiedade generalizada), TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), síndrome do pânico, entre outros.
■Perfeccionismo
O perfeccionismo em excesso é um importante sintoma para identificar um possível transtorno de ansiedade. Ele se caracteriza pelo preciosismo exagerado, com o estabelecimento de padrões altíssimos e a busca por algo perfeito em todas as situações da vida.
Por isso, alguns indivíduos costumam ficar procrastinando de maneira consciente, buscando se autossabotar para evitar um projeto que não sairá perfeito. Não se pode negar que os perfeccionistas apresentam um desempenho invejável, porém, o preço cobrado pelo sucesso pode ser muito elevado.
Vale ressaltar que a perfeição é praticamente impossível de ser alcançada e as consequências dessa busca levam direto para a ansiedade. É preciso tomar muito cuidado para que essa característica não traga um caminho de infelicidade, insatisfação e medo excessivo de fracassar.
■Problemas digestivos
O sistema digestivo é um dos mais afetados pelo transtorno de ansiedade, já que sintomas como dores, azia, má digestão e diarreia são excepcionalmente frequentes em pacientes que sofrem com esse distúrbio.
Quando uma pessoa passa por uma situação muito estressante, com ansiedade excessiva, as funções gastrointestinais ficam alteradas por conta da ação do sistema nervoso. Ou seja, os reflexos não estão só na mente, mas no corpo como um todo.
Portanto, crises de gastrite, úlcera, refluxo gastroesofágico, síndrome do intestino irritável e outras doenças inflamatórias ligadas à digestão são uma consequência dos altos níveis de ansiedade.
■Sintomas físicos
O transtorno de ansiedade provoca várias manifestações emocionais, mas também interfere no funcionamento do organismo como um todo. Durante as crises, alguns sintomas físicos podem surgir. Confira quais são eles:
- Dores musculares, geralmente na região cervical;
- Cansaço ou fadiga;
- Tontura;
- Tremores;
- Falta de ar ou respiração rápida e ofegante;
- Coração acelerado, sensação de arritmia;
- Sudorese (suor excessivo);
- Boca seca;
- Náusea;
- Diarreia;
- Dor ou desconforto abdominal;
- Sensação de estar engasgando;
- Dificuldade para engolir alimentos;
- Calafrios ou ondas de calor;
- Mãos muito frias e suadas;
- Hiperatividade da bexiga (necessidade constante de urinar).
Como evitar a ansiedade
Evitar e controlar a ansiedade sozinho é um desafio, mas algumas táticas e mudanças no dia a dia te ajudam a amenizar esse sentimento que pode ser tão prejudicial. Confira algumas dicas para colocar em prática hoje mesmo.
■Ir para a cama cedo
A primeira dica é ir para a cama mais cedo, já que a privação do sono é um fator de risco para o desenvolvimento do transtorno de ansiedade. Uma qualidade de sono ruim amplia as reações antecipadas do cérebro, elevando os níveis de estresse.
Dormir bem ajuda a mente a relaxar. Por isso, crie uma espécie de rotina saudável para dormir: pare de usar o celular 1 hora antes e vá diminuindo o ritmo aos poucos, sinalizando para o corpo que está chegando a hora de descansar.
■Utilize música para relaxar
A música é uma grande aliada para relaxar e combater a ansiedade. As canções estão presentes em vários momentos, já que nos ajudam a extravasar, dançar, celebrar e até mesmo descansar depois de um dia intenso.
Pode-se dizer que a música é terapêutica, pois funciona quase tão bem quanto um medicamento e não tem contraindicações. É impossível não ficar mais feliz ou sair cantando ao escutar sua música favorita.
A propósito, estudos demonstram que ouvir música diminui os níveis de ansiedade em 65%. As canções são capazes de liberar uma série de neurotransmissores ligados ao prazer, como a dopamina, que traz a sensação de recompensa. Ou seja, use música sem moderação.
■Acorde 15 minutos mais cedo
Acordar 15 minutos mais cedo é uma prática altamente recomendada para pessoas ansiosas, já que permite que esses indivíduos desacelerem um pouco. Assim, eles podem tomar um banho relaxante e se preparar para um dia mais produtivo, sem se sentir constantemente atrasados.
Quando a pessoa inicia a jornada com calma, diminuindo o ritmo, o restante do dia se torna menos estressante e, consequentemente, mais feliz. Isso acontece porque a lista de tarefas pode ser feita tranquilamente e com eficiência, pois há tempo de sobra.
■Reduzir cafeína, açúcar e alimentos processados
Reduzir o consumo de café, açúcar e alimentos processados ajuda a amenizar os sintomas do transtorno de ansiedade e manter a saúde do cérebro. Isso acontece porque a cafeína e a oscilação dos níveis de açúcar no sangue podem causar palpitações cardíacas, o que pode ser preocupante para uma pessoa ansiosa.
Pode-se dizer que um cérebro saudável é essencial para combater a ansiedade. Tudo o que ingerimos se reflete no corpo e na mente, portanto, uma dieta equilibrada é fundamental para o controle da doença.
■Faça atividades físicas
Fazer atividades físicas regularmente ajuda a aumentar a sensação de bem-estar, aumentando também a disposição e a produtividade. Os exercícios auxiliam, ainda, no combate à insônia, amenizando os sintomas do transtorno de ansiedade.
A curto e médio prazo, os exercícios físicos regulam o sono, já que a prática libera endorfina, um hormônio natural que proporciona uma sensação muito prazerosa. Com isso, há uma melhora significativa na saúde mental.
Movimentar o corpo e ter a prática esportiva como um hobby contribuem bastante para uma jornada menos ansiosa e mais divertida.
■Não se cobre tanto
É muito difícil para uma pessoa ansiosa parar de se cobrar tanto, mas é preciso. Vale lembrar que os sentimentos negativos atraem pensamentos igualmente negativos, se transformando em um ciclo muito prejudicial.
Logo, não seja tão exigente, já que a autocrítica só faz com que as crises de ansiedade aumentem. O perfeccionismo é seu maior inimigo nessa situação. Comece a ser mais gentil consigo mesmo, realizando as tarefas no seu tempo, sem pressa e, principalmente, sem pressão.
■Procure ajuda
Assim que você notar qualquer sintoma do transtorno de ansiedade, procure um profissional habilitado, como um psicólogo ou psiquiatra. Ele vai te ajudar a identificar os padrões de comportamento e pensamento nocivos, promovendo o autoconhecimento e a libertação da sua mente.
Um dos possíveis tratamentos é a psicoterapia, baseada no diálogo. Nela, o psicólogo cria um ambiente de apoio neutro, onde o paciente poderá falar abertamente de todas as aflições que está passando, sem medo de ser julgado.
Lembre-se de que consultar um especialista não é motivo de vergonha, mas sim de orgulho, pois mostra uma pessoa que se cuida e, acima de tudo, ama a si mesma.
■Pratique meditação
A meditação é, comprovadamente, uma prática que ajuda a aumentar a região do córtex pré-frontal esquerdo, local do cérebro responsável pela felicidade. É, ainda, uma das intervenções mais poderosas para diminuir o estresse e a ansiedade.
Ao iniciar as sessões, a meditação pode não ser fácil, mas cinco minutos diários observando a respiração são suficientes para incluir esta prática em sua rotina. Quando se sentir mais adaptado, vá aumentando a duração das sessões de meditação.
A ansiedade tem cura?
O transtorno de ansiedade não tem cura, mas não se desanime, porque o tratamento é muito eficaz e seguramente vai te ajudar a conviver numa boa com a doença. Vale ressaltar que o diagnóstico e o tratamento devem ser feitos por um profissional devidamente habilitado.
Em alguns casos, a psicoterapia costuma ser efetiva, mas em outros, a combinação com um medicamento ansiolítico pode ser necessária. Se você estiver sentindo qualquer sintoma de ansiedade, não hesite em buscar ajuda médica. Infelizmente, há um grande preconceito quando se trata de saúde mental.
Mas lembre-se de que somente um profissional será capaz de esclarecer todas as suas dúvidas, melhorando sua qualidade de vida significativamente.
Jornalista, apaixonada por astrologia e todos os mistérios que envolvem o universo