O que é a enxaqueca com aura? Sintomas, tipos, tratamento e mais!

Muito provavelmente você já teve dores de cabeça e sabe como essa situação incomoda. Dores de cabeça recorrentes podem ser enxaqueca, uma doença neurológica que demanda cuidados específicos.

A enxaqueca com aura, por sua vez, é caracterizada por sintomas visuais e sensitivos antes da crise de enxaqueca propriamente dita. Muitas pessoas sofrem desse mal e não sabem e, por isso, acabam não fazendo o tratamento adequado.

Nesse artigo vamos explicar detalhadamente o que é a enxaqueca com aura, quais são suas fases, as causas e os tratamentos recomendados. Caso você suspeite que possui essa condição, ou conheça alguém que tenha, continue a leitura para saber como lidar com esse problema!

A enxaqueca com aura é uma condição neurológica bem característica. As pessoas que possuem esse problema relatam alterações na visão, além da cefaleia propriamente dita. Sabia que a enxaqueca com aura possui quatro fases e que identificá-las é essencial para auxiliar no tratamento? Leia e entenda!

A primeira fase da enxaqueca pode ocorrer até 72h antes da dor de cabeça surgir. A fase premonitória traz sintomas como fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, bocejos frequentes e vontade de comer doces.

A fase da aura é que caracteriza esse tipo de enxaqueca. Nesse momento o indivíduo gradualmente passa a observar pontos pretos ou brilhantes e imagens em ziguezague. Além da aura visual, é possível também sentir as alterações sensitivas que incluem dormência e formigamento em apenas um lado do corpo e que se espalham progressivamente.

Outro tipo de aura é a de linguagem, que se manifesta através da dificuldade de pronunciar algumas palavras, fenômeno chamado de disartria. É possível também que a pessoa tente falar algumas palavras, mas os sons saiam de maneira diferente da habitual e incompreensíveis.

O momento seguinte à fase da aura é, de fato, a dor de cabeça. A chamada cefaleia surge após os sintomas visuais, sensitivos e de linguagem. Ela pode ocorrer de diversas formas, mas geralmente acontece em apenas um lado da cabeça e de forma latejante e intensa.

É comum que as pessoas nessa fase tenham sensibilidade à luz, sons e cheiros. Se sentindo irritada com qualquer estímulo visual, sonoro ou olfativo. Logo, elas buscam se isolar em locais escuros e silenciosos na tentativa de aliviar as dores de cabeça.

A cefaleia pode durar até 3 dias e é nesse momento que a maioria das pessoas busca o atendimento médico. Em alguns casos a dor de cabeça é tanta que outros sintomas como enjoo e vômitos podem surgir.

A última fase da enxaqueca com aura surge logo após a melhora da cefaleia. Nessa fase os sintomas apresentados são semelhantes à primeira, a pessoa se sente indisposta, fatigada e sonolenta. Ela também é conhecida como “ressaca” da enxaqueca e esses sintomas podem durar até dois dias.

Como visto, a enxaqueca com aura é composta por várias fases, mas muitas pessoas só buscam atendimento médico no momento de dor de cabeça intensa. Para facilitar o diagnóstico, e consequentemente o tratamento, é preciso conhecer a fundo cada sintoma desse tipo de enxaqueca. Continue lendo para entender!

A enxaqueca com aura é um dos tipos de dor de cabeça que afetam as pessoas. Ela se diferencia pelos seus sintomas visuais e sensoriais, que incluem luzes, imagens luminosas ou em ziguezague. Esses sintomas antecedem a fase da cefaleia, antes do aparecimento da dor de cabeça em si.

Tipo de enxaqueca também é considerada uma doença neurológica que deve ser diagnosticada e tratada com acompanhamento médico. Afinal, seus sintomas são extremamente debilitantes.

Ao contrário do que muitos pensam, a enxaqueca com aura acomete cerca de 30% da população que sofre com enxaqueca, e na sua maior parte são mulheres. Logo, seus sintomas são considerados bem comuns para aqueles que possuem esse quadro clínico.

São vários os sintomas da enxaqueca com aura e eles dependem da fase da enxaqueca. Num primeiro momento, a fadiga, irritabilidade e sonolência são os sintomas mais comuns. Depois, as marcantes luzes, flashes e manchas costumam afetar os pacientes.

Na fase sensorial, relata-se formigamentos e dormência nas mãos, braços e rosto. Os sintomas de linguagem incluem dificuldade para pronunciar algumas palavras. Por fim, a cefaleia intensa em um dos lados da cabeça, é o sintoma mais terrível da enxaqueca.

Outros sintomas que podem acompanhar a enxaqueca com aura são:

- Pressão arterial baixa;
- Calafrios;
- Náusea;
- Vômitos;
- Sensibilidade a luz, sons e cheiros;
- Perda de apetite;
- Transpiração excessiva;

Lembrando que alguns dos sintomas podem permanecer por alguns dias, mesmo após a dor de cabeça ter melhorado.

Para confirmar que uma pessoa possui enxaqueca com aura, um médico neurologista fará uma análise clínica e alguns exames. Provavelmente ele questionará a frequência da dor de cabeça; quanto tempo ela dura; se ocorre nos dois lados da cabeça; e se há sintomas visuais, sensoriais e linguísticos.

Para garantir que não há uma doença ainda mais grave por trás da enxaqueca com aura, é possível que o médico solicite exames de sangue e de imagem, como tomografia, raio-X e ressonância.

Ademais, outras questões devem ser abordadas na anamnese como o histórico familiar do paciente, alergias, utilização de medicamentos, rotina do paciente e outros hábitos que possam influenciar na frequência da enxaqueca com aura.

O primeiro passo para prevenir a enxaqueca com aura é descobrir os gatilhos responsáveis por desencadear as crises. Depois dos exames descartarem possíveis doenças, é o momento de analisar cuidadosamente quais hábitos causam a enxaqueca.

O Autoconhecimento nessa fase se torna fundamental para descobrir as possíveis motivações que despertam essa crise. Isso ajudará a identificar se essa cefaleia foi causada por algum alimento, medicamento, gatilhos emocionais, consumo de bebida ou drogas, e até mesmo fatores ambientais como mudança de temperatura e pressão.

Dessa forma, será possível evitar essas situações ou, caso seja impossível em alguns momentos evitar os gatilhos da enxaqueca com aura, poder utilizar a medicação em tempo hábil para evitar a cefaleia.

Não há uma causa única e exata para a enxaqueca com aura, mas os cientistas e médicos enumeram diversos fatores que podem desencadear ou aumentar esse tipo de enxaqueca. Caso você sofra desse mal, acompanhe essa seção e observe atentamente se a sua enxaqueca está relacionada com algum desses fatores!

O consumo de bebida alcoólica, principalmente quando frequente, pode desencadear crises de enxaqueca, inclusive a com aura. Outros alimentos que são colocados como possíveis causadores da enxaqueca com aura são:

- Frutas cítricas;
- Banana (principalmente da espécie d’água);
- Queijos;
- Linguiças, salsichas e outros alimentos muito condimentados;
- Frituras e gorduras;
- Café, chás e refrigerantes;
- Adoçante artificial, principal aspartame.

Uma forma de analisar se alimentos ou bebidas influenciam no aparecimento da enxaqueca aura, é elaborar uma tabela com a sua alimentação diária e observar na base da tentativa e erro quais alimentos podem estar influenciando no surgimento da crise.

Além dos alimentos em si, manter hábitos alimentares desregulares também pode desencadear a enxaqueca com aura. Portanto, é importante evitar o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas e de carboidratos, opte por alimentos saudáveis e in natura, além de fazer refeições a cada 3 horas.

Os hábitos do sono também são determinantes para o aparecimento ou não de crises de cefaleia. Dormir mais ou menos que o necessário desregula o organismo, levando a enxaqueca. Manter a sua rotina organizada permitirá que sua alimentação e sono estejam regulados.

Outro fator que é muitas vezes desconhecido pelas pessoas é a ação da mudança de pressão, temperatura e umidade. Sair de um ambiente quente e entrar em outro frio, ou ao contrário, pode causar crises de enxaqueca com aura.

Outra ação que pode causar essas dores de cabeça intensa é ingerir líquidos gelados com o corpo excessivamente quente. Portanto é interessante que se evite os choques térmicos, pois eles podem desregular o seu organismo e suas funções metabólicas.

As mulheres são as que mais sofrem com crises de enxaqueca. Isso acontece, principalmente, pelas variações hormonais que acontecem durante o ciclo menstrual. Principalmente no período pré-menstrual, ou durante a menstruação, as dores podem ser mais frequentes ou mais intensas.

Isso acontece devido a redução na produção do hormônio estrógeno, que ocorre principalmente no início do uso dos anticoncepcionais orais. Além disso, no período de menopausa e na reposição hormonal as mulheres também podem sofrer com essas crises.

O tratamento para enxaqueca com aura envolve diversas etapas. Elas incluem não somente a medicação, mas atitudes e hábitos que você pode incluir, ou retirar, da sua rotina. Continue a leitura e entenda quais os principais tratamentos para essa enxaqueca.

O primeiro passo para o tratamento da enxaqueca com aura é buscar um acompanhamento profissional. Só através de uma consulta médica e uma bateria detalhada de exames você conseguirá observar se a origem do problema é fisiológica ou psíquica.

Afinal, antes de tomar qualquer atitude, é preciso descartar outros problemas que possam estar desencadeando as crises de enxaqueca com aura. Feitos os exames e realizada a avaliação do paciente, o médico poderá construir a estratégia ideal para evitar as crises e minimizar os sintomas caso ela ocorra.

Caso o médico receite algum medicamento para controlar a enxaqueca com aura, certifique-se de sempre tê-lo por perto e tomar segundo a prescrição médica. Como visto, a enxaqueca com aura ocorre em quatro fases, e a atuação dos medicamentos é muito mais efetiva quando tomada logo no começo, até a segunda fase.

Caso a cefaleia já tenha se iniciado será muito mais difícil controlá-la, assim como os sintomas adjacentes como enjoos e vômitos. Os medicamentos mais comuns para enxaqueca com aura são os neuromoduladores, betabloqueadores, derivados da ergotamina, anti-histamínicos e anticonvulsivantes.

Contudo, eles devem ser tomados apenas com prescrição médica, visto que cada um possui uma ação diferente no organismo, a depender do que desencadeia a enxaqueca no indivíduo em questão.

Existem alguns tratamentos que não utilizam medicamentos para aliviar a sua dor. Eles são: massagens, homeopatia, acupuntura, terapia de biofeedback, compressas. Você pode recorrer a eles caso sinta-se prejudicado com os medicamentos.

Entretanto, vale lembrar que os agentes responsáveis por desencadear a enxaqueca podem variar de pessoa para pessoa. Para que se entenda o que alivia a sua dor é importante buscar a ferramenta mais eficiente para você. Comece pelo que te transmite mais confiança, esse já é um bom começo.

Os analgésicos são eficientes para tratar a dor da enxaqueca com aura, contudo, podem haver outros sintomas que precisam ser tratados. Então, para aliviá-los será necessário que você faça um tratamento separado.

É muito comum que você busque se afastar de ambientes barulhentos e com muita iluminação enquanto passa por uma crise de enxaqueca com aura. Uma vez que o som e a luz podem intensificar a sua dor, você precisará criar um ambiente ideal para lidar com o seu problema.

Portanto, buscar descansar em locais escuros e silenciosos pode aliviar a dor. Você encontrará conforto no isolamento e conseguirá repousar até que a dor passe.

Em muitos casos a enxaqueca com aura causa dores tão intensas ao ponto de causar náuseas e vômitos. Caso tenha chegado nesse ponto, busque se hidratar com bastante líquido e evite refeições pesadas para evitar o enjoo. A ingestão de água e frutas irão ajudá-lo a lidar com a dor de maneira a deixá-la mais leve.

Ainda não há um tratamento específico que seja indicado para todos os casos de enxaqueca aura. Pois, a depender do organismo das pessoas existirão medicamentos e formas diferentes de aliviar a dor. Entretanto, existem medicamentos comuns que podem ajudar a tratar da enxaqueca. Acompanhe e descubra quais são!

Os anti-inflamatórios são ótimos medicamentos para serem usados em crises de enxaqueca com aura mais leves ou moderadas. Eles são capazes de amenizar ou impedir reações inflamatórias no corpo, além de serem medicamentos muito utilizados no combate à dor de cabeça.

Pois, existem substâncias em sua composição como o ibuprofeno e acetaminofeno. Que irão atuar ativamente no alívio de inflamações nas membranas que cobrem o cérebro, reduzindo também a reprodução de substâncias responsáveis pela dor.

Já a codeína, que faz parte da família dos opióides, são perfeitos para os casos de enxaqueca com aura muito intensa. A codeína, também conhecida como fosfato de codeína, é muito utilizado em casos de dores agudas e crônicas.

Contudo, ela não costuma ser utilizada quando há outros tratamentos sendo feitos, podendo ser usada apenas como último recurso quando os outros remédios parecem não surtir efeito.

Triptanos fazem parte da família a base de triptamina e são muito utilizados nos tratamentos de enxaqueca e cefaleia. Embora eles sejam eficazes no combate a dores de cabeça, eles atuam somente na prevenção. Em relação aos triptanos como o rizatriptano, ou sumatriptano, eles são medicamentos com um efeito bastante positivo.

Essa substância possui a capacidade de reduzir a produção das substâncias que geram a dor nas crises de enxaqueca com aura. Portanto, são muito utilizados em crises moderadas, graves ou crônicas.

Os antieméticos, como o Plasil ou Dramin, são fármacos que são destinados ao alívio das náuseas e do vômito. Utilizados na prevenção das náuseas e vômitos da gestação, ou causadas por medicamentos, ou no pós-cirúrgico. Também sendo recomendado para as pessoas que são submetidas a radioterapia.

Geralmente, eles são administrados em conjunto com os anti-inflamatórios e os triptanos para auxiliar no alívio dos sintomas apresentados em uma crise de enxaqueca.

A enxaqueca com aura é uma condição que acompanha muitas pessoas durante toda a vida. Quando o diagnóstico não é feito e o tratamento é realizado de forma paliativa, torna-se muito difícil eliminar completamente os sintomas.

Existem ainda algumas curiosidades sobre essa enfermidade, como a melhora dela durante a gravidez e a representação da enxaqueca com aura em obras de arte. Leia para saber mais!

As crises de enxaqueca com aura costumam diminuir na gravidez por haver uma regulação hormonal de estrogênio no sangue, permitindo assim que ocorra a dilatação dos vasos e prevenindo as dores de cabeça.

Contudo, caso as crises voltem a acontecer durante o período da gravidez é recomendado que seja feito uma consulta com seu ginecologista. Ele ficará responsável por analisar as taxas hormonais em seu sangue, e se necessário será feito uma reposição do hormônio estrogênio.

Devido às diversas alterações visuais, sonoras e espaciais ocorridas antes de se iniciar a crise enxaqueca com aura. Estas distorções sensoriais se tornarão objetos de inspiração sendo reproduzidos por alguns autores e artistas reconhecidos no mundo inteiro.

Como, por exemplo, em obras como Alice no País das Maravilhas, escrito por Lewis J. Carroll, que descreve objetos e outros elementos com variações de tamanho, cor e formatos de maneira completamente absurda. Outra referência bastante conhecida é a maravilhosa obra "Noite Estrelada" de Van Gogh.

A enxaqueca crônica por si própria é benigna e não traz maiores riscos. Contudo, dores de cabeça fortes e frequentes podem ser sinais de problemas neurológicos que devem ser investigados o mais rápido possível. Caso sinta cefaleia com frequência, não deixe de consultar o seu médico.

Além disso, caso a enxaqueca com aura não seja tratada, pode aumentar o risco de infarto em alguns casos. Mulheres abaixo dos 35 anos que fazem uso de anticoncepcionais orais também devem procurar o seu ginecologista caso as dores de cabeça sejam frequentes.

O acidente vascular cerebral acontece quando o cérebro deixa de receber sangue com os nutrientes e oxigênio necessários para sua manutenção. Ele pode ser provocado por obstrução do fluxo sanguíneo, ou pelo rompimento dos vasos no cérebro, causando assim a morte das células cerebrais.

Alguns acreditam que a enxaqueca com aura pode causar um acidente vascular cerebral, o AVC. Porém, essa condição é rara e, caso esteja relacionada à enxaqueca, pode sinalizar a presença de outras doenças ou por hábitos degradantes para o organismo.

A relação que ocorre entre essas duas condições é que elas podem ser desencadeadas pelos mesmos fatores. Ou seja, uma pessoa que fuma, tem maus hábitos alimentares e do sono, ou uma mulher que faz uso de anticoncepcionais orais, encaram maior risco tanto de enxaqueca com aura quanto de AVC.

Então, cultivar hábitos saudáveis e realizar consultas de rotina é o segredo para evitar ambas as situações. Caso você sofra com a enxaqueca com aura, não deixe de buscar tratamento e identificar quais gatilhos, físicos e emocionais, desencadeiam as crises. Isso te ajudará a viver melhor!