Exus e suas falanges: veja como atuam na umbanda, seus orixás e mais!

Antes de mais nada, é necessário entender o que é um exu e qual a sua função nas religiões iorubá. No Candomblé, Exu é o mensageiro dos outros orixás. Segundo a história da religião, ele fez um acordo com os demais para que, cada vez que alguém precisasse do intermédio deles, deveria entregar seu despacho antes. E assim é até hoje.

Dentro da Umbanda, o conceito é quase o mesmo, porém, cada orixá tem vários exus, identificados com vestimentas diversas e comportamentos variados. Essas falanges são aquelas que, normalmente, se incorporam nas pessoas em terreiros e conversam sobre a vida espiritual. São de grande valia quando falamos sobre Umbanda e esclarecimentos em geral.

Os exus na Umbanda são entendidos como o ‘povo de rua’ ou ‘catiço’, que são espíritos que já foram humanos, morreram e hoje auxiliam na direção espiritual de outros seres humanos. Um exemplo, que não é um exu, mas segue esse mesmo conceito, é o famoso Zé Pilintra, que foi um homem e hoje é uma entidade auxiliadora.

Continue lendo para saber quais são os exus de cada orixá e qual é seu direcionamento de ajuda para os seres que o procuram!

A Quimbanda é uma religião iorubá que, embora não seja tão citada como a Umbanda e o Candomblé, tem ritos muito conhecidos e praticados pelo exercício da fé iorubá. É ela, por exemplo, que traz o conceito de ‘povo de rua’ para dentro da Umbanda.

É válido dizer que é nela que trabalham os exus e pombagiras e que, em vários dos casos, eles fazem uso de força negativa para ser e estar presente, mas isso não quer dizer que os seres são negativos, apenas frequentam espaços onde podem estar espíritos obsessores.

Dentro do Candomblé, Exu é um dos maiores orixás que há. Isso porque é muito respeitado dentro de qualquer ritual. Ele é o intermédio entre os humanos e as divindades, o equivalente ao Hermes dos gregos, tornando possível todo tipo de feito, por isso é muito respeitado.

Sua personalidade é entendida como de alguém que, embora brincalhão e travesso, é justo, fiel e de palavra. Quando sua parcela no trato é cumprida de forma certa, ele realmente faz sua parte. Exu é muito querido no Candomblé e sua fama o precede sempre.

A Jurema é uma religião tipicamente nordestina, que tem um conceito bem parecido com os iorubás. Quem é devoto dessa religião é chamado de juremeiro e suas influências são, principalmente no xamanismo indígena e na pajelança.

Também conhecida como Catimbó, a religião traz Exu como uma entidade responsável pelo auxílio da linha de esquerda, coordenando os trabalhos feitos. Sua representação pode ser parecida com a do Candomblé, já que é entendido como uma entidade grande e única, diferente da Umbanda.

Usando-se da base religiosa da Quimbanda, os exus na Umbanda são entendidos como o ‘povo de rua’ que auxilia na realização de trabalhos feitos para orixás. Esse povo de rua é composto de exus, que são as entidades masculinas, que, depois de terem sido encarnados, trabalham na evolução de outros seres humanos.

Quando essas entidades são femininas, são conhecidas como pombagiras e suas funções são determinadas de acordo com cada orixá para quem ‘trabalham’, a única diferença é que, quando eram seres terrenos, eram mulheres. De forma geral, a missão dos exus e pombagiras é muito bonita.

Ogum é o orixá guerreiro, conhecido por sua força e coragem e, assim como a maior parte deles, tem seus exus. Os Exus de Ogum são, inclusive, bem conhecidos na Umbanda. Eles são: Tranca Ruas das Almas, Exu Veludo, Exu Tira-Toco, Exu Porteira, Exu Limpa-Tudo, Exu Tranca-Gira e, por fim, Exu Tira-Teima.

Confira a função e personalidade de cada um no plano espiritual e entre os humanos!

Conhecido por usar uma capa preta com detalhes em vermelho, além de, claro, seu tridente pontiagudo, o Tranca Rua das Almas é uma das subdivisões da falange do Exu Tranca Ruas. Sua energia é um pouco mais densa e ele tem um caráter mais sério.

Ele, normalmente, defende as pessoas e o ambiente onde está, sendo muito respeitado quando desce em uma gira. Exu Tranca Ruas é ligado à Ogum, porém o Exu Tranca Ruas das Almas é ligado também à Oxalá e a Omolu.

Exu Veludo é identificado por usar um turbante na cabeça. Esse turbante, inclusive, é feito por tecidos orientais, dando assim seu nome, veludo. Esse exu é muito voltado para feitiços, de vários tipos, e lida muito bem com objetos para a execução dessas magias.

Esse exu limpa e abre os caminhos de quem pede seu auxílio. Ele é um grande auxiliador quando precisa-se quebrar um feitiço realizado em algum cemitério. E, quando incorpora, ele normalmente pede por whisky e charutos.

Quando falamos do Exu Tira-Toco (ou Arraca-Toco) é importante dizer que ele pode ser confundido com o Caboclo Arranca Toco, que é uma entidade de direita da Umbanda. O Exu Tira-Toco é, no campo astral, um índio que tem o símbolo de Ogum ‘tatuado’ no peito, além de trazer consigo um manto verde e vermelho.

Ele, normalmente, prefere trabalhar nas matas, descalço, e tem, como uma de suas funções primárias, cuidar de todos os cemitérios clandestinos espalhados pelas matas. Quando um corpo é enterrado em um lugar inadequado, é ele que se ocupa de encaminhar essa alma perdida.

Porteira nas religiões iorubás, ao contrário do que pareça, significa portais. Os portais com o outro mundo são, portanto, os cemitérios. Sendo assim o Exu Porteira é, nada menos, que o senhor dos portais, dos cemitérios.

Ele auxilia na passagem de um plano para o outro, como um guardião que cela pela chegada no mundo espiritual. Exu Porteira tem uma missão fundamental entre os exus, que é guiar os humanos no pós-morte. Sua história começa na Europa e, quando vivo, Exu Porteira era um grande aristocrata.

O Exu Limpa-Tudo ainda é um mistério e, de acordo com alguns médiuns, ele não é real. O que se diz é que ele é da linha de Ogum e que trabalha para Caboclo Ogum Megê. Não se sabe sobre o que foi em vida e como suas vestimentas, apenas que ele trabalha com a limpeza espiritual de ambientes, como o próprio nome sugere.

Existem algumas entidades que são tão raras que há toda uma discussão sobre a existência delas. Quando falamos que um exu ou pombagiras raras, significa que pouco descem para ser incorporados. Exu Limpa-Tudo não é o único.

Exu Tranca-Gira é um dos mais queridos nas giras, pois é sincero e muito próximo dos humanos, principalmente quando dá conselhos, sendo considerado um dos melhores conselheiros. Normalmente, suas vestimentas são brancas e pretas quando está incorporado. Ele trabalha na linha de Ogum Iara, uma falange de Ogum com

Esse exu é muito leal e faz o possível e o impossível para proteger seus pupilos. Normalmente, ele faz um acompanhamento bem de perto dos protegidos e ajuda em cada passo para que a pessoa consiga estar definitivamente bem. Quem o tem como guardião espiritual, é muito grato por tudo que ele faz.

O Exu Tira Teima ou Tira-Teimas é um grande auxiliador quando falamos sobre a retirada de energias negativas e sobre desfazer coisas trabalhos realizados para te prejudicar. Ele é muito bom em detectar o que está errado, por isso essa grande facilidade em trabalhar na limpeza total de cada ser humano.

É importante dizer que, embora os exus tenham uma missão em comum, que é auxiliar os seres humanos a evoluir, cada um tem suas aptidões e particularidades. Quando vivos, cada um teve uma vivência e isso tem uma influência grande nas coisas que realizam quando se tornam exus e pombagiras.

O orixá Oxóssi, conhecido como o Rei das Matas, também tem seus exus de prontidão que auxiliam na harmonização do mundo, assim como na limpeza completa para que cada pessoa possa seguir sua jornada em paz. Oxóssi é conhecido por seu grande conhecimento, o que tem uma influência direta em seus exus auxiliares.

Confira agora um pouco sobre Exu Marabô, Exu Lonan, Exu Bauru, Exu das Matas, Exu da Campina, Exu Pemba e Exu Capa Preta!

Exu Marabô é uma entidade poderosa que trabalha, principalmente, para proteger quem recorre a ele. Ele tem um grande papel na quebra de magias das trevas e, trabalhando para Oxóssi, ele desfaz demandas negativas.

Além disso, Exu Marabô trabalha no processo de retirar os obsessores da vida de seus filhos, principalmente os chamados quiumbas, que são os causadores de alguns problemas, como crise financeiras e até de saúde.

O Exu Lonan é uma falange do conhecido Exu Tiriri. Esse exu é responsável por abrir caminhos e ajudar no crescimento da vida espiritual. Ele faz isso de forma muito paciente e acolhedora, sendo conhecido como o senhor dos caminhos.

Exu Lonan usa uma capa preta longa com a parte interna vermelha e o seu ponto mais famoso, que é a música usada para chamar a entidade para a incorporação, é no idioma iorubá, trazendo muito da tradição e da ancestralidade para o ritual.

Um dos grandes exus da linhagem de Oxóssi, o Exu Bauru é um daqueles espíritos sábios, com ótimos conselhos e com uma vontade imensa de ajudar seus ‘filhos’ nessa jornada difícil que pode ser a vida terrena.

Esse exu tem uma relação direta com a cabocla Jurema, que também é uma grande conselheira. Os conselhos de ambos os precedem, já que são conhecidos pela didática e sabedoria das frases. Exu Bauru realmente não passa despercebido e é muito buscado para incorporação.

Exu das Matas é uma entidade bastante curiosa, já que, além de ter os conselhos e a parte de atendimento para ajudar, ele é especialista em vários ramos da natureza, como sementes, frutas, algumas raízes e frutas.

Seu conhecimento é muito importante, pois esse exu sempre passa combinações de ervas que podem ser feitas para que todo o processo de evolução seja otimizado. Banhos, chás e amuletos de proteção com ervas são parte do processo de cura desse grande exu.

Conhecido como o exu que governa as matas, o Exu da Campina trabalha na chamada linha negativa de Oxóssi. Todo orixá tem sua linha negativa, que opera com outros tipos de trabalhos.

Como o Exu da Campina é o governador das matas, todo trabalho que é feito na natureza deve ser consentido por ele, como se o exu responsável pelo trabalho e ele tivessem uma sociedade. E, quando os trabalhos do Exu da Campina são realizados na natureza, eles sempre dão certo.

Uma peculiaridade do Exu Pemba é que ele trabalha com o preparo de seus filhos antes de ensinar suas lições valiosas. Seu preceito é simples: ninguém é obrigado a aprender uma lição que ainda não tem maturidade para entender.

Dessa forma, o aconselhamento do Exu Pemba acontece baseado no diálogo e no preparo espiritual. Além disso, esse exu é muito habilidoso com magias e rituais, que ajudam, e muito, na hora de trabalhar com as inseguranças de seus filhos. Crescer é uma escolha, esse é o principal pilar dos ensinamentos de Exu Pemba.

O Exu Capa Preta é uma entidade que faz o intermédio entre dois grandes orixás: Xangô e Oxossi. Sua linha de trabalho é muito alinhada aos valores deles, já que esse exu é justo, leal e forte, além de um grande estrategista.

Entre suas habilidades para auxiliar seus filhos, ele é poderoso e extremamente habilidoso com magia. Exu Capa Preta consegue desfazer trabalhos malignos e tem uma influência muito positiva na vida dos médiuns que o recebem. Sua postura forte e habilidades com magia são coisas que realmente precedem Exu Capa Preta.

O poderoso Xangô é o orixá da justiça, dos raios, do trovão e do fogo. Ele é conhecido por sua força, sua fúria e por sua personalidade forte de guerreiro. Ele pune aqueles que fazem mal aos outros, como ladrões, malfeitores e todo tipo de gente ruim. Como é o senhor dos raios, dizem que toda casa ou local atingido por um, de alguma forma, desrespeitou Xangô.

Confira agora os exus deste grande orixá e como eles trabalham para que seu senso de justiça seja ainda mais presente entre os encarnados!

O Exu Giramundo trabalha para Xangô na parte conhecida como negativa. Esse negativo nada mais é do que a parte justiceira de Xangô, e é importante isso ser dito, pois o nome pode assustar bastante.

Além disso, Exu Giramundo opera cortando trabalhos feitos para prejudicar e manuseia alguma magia. Seu poder é usado, principalmente, para reparar problemas de origem astral. Ou seja, quando a vida de seus ‘filhos’ está desalinhada e não se sabe o motivo, ele faz toda a parte de realinhar e reavivar a parte astral da pessoa afetada.

O Exu Meia-Noite é um homem com uma longa capa preta, que ama beber uísque, conhaque e licor, além de amar cigarros e charutos. Ele trabalha diretamente com as pombagiras, o que deixa seu trabalho dinâmico.

Ele pertence à chamada Linha das Almas e é chefe de falange e esse exu também trabalha na corte negativa de Xangô, aplicando a justiça e disciplinando quem precisa de limites. Exu Meia-Noite é bem conhecido nas giras e sua guia, normalmente, é branca e preta. Porém, alguns médiuns usam um pouco de vermelho também.

Embora não se tenha muita informação sobre o Exu Quebra Pedra, já que ele é bastante raro de se incorporar, o que se sabe é que ele trabalha na falange do Exu Gira-Mundo, que também serve Xangô, porém, ele faz o intermédio entre ele e Ibejada.

A Ibeijada, nada mais é, que a Legião das Crianças dentro da Umbanda. Essa legião recebe seu nome em homenagem à Ibejis, que são orixás gêmeos, que têm suas imagens muito assemelhadas aos católicos Cosme e Damião.

O Exu Ventania é um grande exu, conhecido por sua bondade, proteção e sabedoria imensa. De maneira quase didática, ele auxilia no crescimento e jornada espiritual daqueles que acolhe. Ele é justo e leal e não mede esforços para ajudar os que precisam de ajuda.

Embora essa seja a missão de grande parte dos exus e pombagiras, a maneira como Exu Ventania é diferenciada, porque ele auxilia voltando-se para a proteção de quem pediu sua ajuda. Ele quase desenha os próximos passos, mas seu trabalho também depende muito do empenho de cada um. Mas seus conselhos valiosos fazem toda a diferença.

O Exu Mangueira é muito popular e querido nas giras, já que ele tem um imenso poder de cura, que faz toda a diferença no processo de evolução. Ele também auxilia e muito na limpeza para abertura de caminhos e quando a pessoa está com algum espírito obsessor, o que faz dele um grande exu.

O Exu Mangueira trabalha na linha negativa de Xangô, sendo um dos responsáveis pelo cumprimento da justiça instaurada por esse grande orixá. Justo, tudo que foi feito de bom, ou de ruim, pode ser e será cobrado. E Exu Mangueira pode ser aquele que vai cobrar.

Muitos exus são carismáticos e simpáticos, mesmo que seja para corrigir seus filhos e ajudá-los a seguir pelos caminhos corretos. Outros, nem tanto, mas são igualmente eficientes. Esse é o caso de Exu Corcunda, que é um dos mais sérios da linha de Xangô.

Ele trabalha na execução da justiça por Xangô, conhecida como ‘polo negativo’ e realiza seus trabalhos sempre priorizando a seriedade e a verdade de quem ele auxilia. Para esse exu, é fundamental que a pessoa não seja hipócrita e nem negligente com seus erros, porque nada passa despercebido.

Quando falamos sobre o Exu Pedreira, é importante dizer que ele é um dos exus mais aconselhadores sobre os problemas éticos que a vida traz. De maneira única, esse exu auxilia, sem passar pela linha do livre arbítrio, as pessoas a tomarem grandes decisões em sua vida. Ele também trabalha com vários oferendas para trazer sabedoria.

Uma particularidade desse exu é que, seu nome é dado em homenagens às pedreiras, que são lugares muito voltados com a figura de Xangô, que é o orixá das rochas. Sendo assim, eles estão intimamente ligados e você sente muito a presença de ambos quando visita uma pedreira.

Yorimá é um grande orixá primário, que é o responsável pelo elemento Terra e tem uma força cósmica que rege várias entidades , sendo considerado um dos Senhores da Experiência. A sua principal característica é orientar os chamados filhos de fé para que sigam no caminho da evolução, usando-se da sabedoria e do cuidado com o próximo.

Confira quais são os principais exus de Yorimá e como cada um deles auxilia nessa missão tão linda que esse grande orixá carrega!

Quando falamos sobre exus poderosos, devemos, com toda certeza, falar sobre o Exu Pinga-Fogo que trabalha desfazendo magia negativa em todas as suas formas e dimensões. E, exceto desmanchar, ele tem uma função fundamental no processo de organização da vida daquela pessoa novamente, pois a magia precisa ser desfeita e a pessoa precisa de um acompanhamento.

Muitos desses trabalhos, são realizados em cemitérios, assim como toda a forma de trabalhar desse grande exu, já que ele está fortemente ligado à Omolu, que trabalha com as curas de todas as mazelas.

O Exu do Lodo tem uma história incrível, já que foi um médico muito soberbo que negligenciava pessoas pobres quando encarnado. Depois de sua morte, sua estadia no Umbral, foi marcada por lodo, que era símbolo da sua fortuna em vida. Depois de sair de lá, ele prometeu ajudar os que mais necessitavam.

Hoje, ele auxilia com trabalhos no planos espirituais, pelo lado das almas. Ele parece um homem jovem, com roupas cinzas e marrons. Fica próximo de lagos e pântanos e ajuda os espíritos que precisam de luz a encontrarem seus caminhos.

Sendo alinhado com o elemento de Terra, de Yorimá, o Exu Brasa trabalha primordialmente com o elemento do fogo e tem uma linha muito única de trabalho, já que ele tem uma frente mais motivacional, que auxilia pessoas que sabem o que querem a chegarem nesse objetivo tão desejado.

Esse exu é dinâmico e faz de tudo para proteger seus filhos, porque ele faz toda a parte espiritual para que essas pessoas, com seus objetivos em mente, consigam realizá-los. Seu trabalho no plano espiritual é realmente poderoso e louvável.

Assim como a maioria dos exus de Xangô, o Exu Come-Fogo é um grande cumpridor da justiça que ecoa no universo. Ele trabalha para manter o equilíbrio cármico que existe e atua na orientação de como essa justiça retorna para cada um.

Além disso, ele tem um papel fundamental na quebra de demandas negativas e opera de maneira efetiva para promover o amor e a caridade na vida dos seus filhos, sempre visando seus valores de justiça e moralidade, que são partes fundamentais da personalidade desse exu.

Sendo um intermédio entre Yorimá e a querida Iemanjá, Exu Alebá trabalha com espíritos menos evoluídos para ensinar-lhes os caminhos certos para a evolução, atuando em umbrais e recantos de espíritos sem luz. Esse exu trabalha sob a 'jurisdição' de Pai Benedito das Almas

Esse exu também trabalha com o desmanche de magias negativas, operando, inclusive, com as mais pesadas e profundas. Ele protege quem está sob seu cuidado, ensinando a pessoa a se defender no mundo carnal e protegendo-a no mundo espiritual.

Exu Bará não é bem uma entidade, mas é parte de uma conceito cósmico maior, que incorpora parte do orixá Bará, que trabalha com a conexão de corpo e mente. Exu Bará, nesse entendimento, é a parte física de Bará.

Essa entidade trabalha de uma forma dinâmica, por meio de uma força espiritual muito grande, priorizando muito pela generosidade e a bondade dentro de cada um de seus filhos, ainda mais sendo profundo quando falamos de evolução da matéria e como o espírito e o corpo estão ligados para a posteridade.

Exu Caveira é, talvez, um dos exus mais conhecidos e cultuados dentro da Umbanda e da Quimbanda. Segundo a história iorubá, o Exu Caveira é a alma mais velha que já caminhou pela Terra e ele já reencarnou várias vezes para entender as dores e as delícias que a experiência humana traz.

Esse exu lida diretamente com as pessoas mortas e sua especialidade é ajudar na travessia dos recém desencarnados para que sigam seus caminhos em paz. Exu Caveira também é muito importante quando falamos sobre a Eguns, que são os espíritos sem luz e prejudiciais. Dessa forma, se a pessoa estiver sendo influenciada por alguma entidade, encaminha ambos para o lugar correto.

Sendo o maior orixá da Umbanda, representando a vida, Oxalá é a paz, o amor, a bondade e tudo que há de mais precioso e puro no mundo. Ele é o positivo que a vida pode oferecer, tendo sua imagem vinculada, no cristianismo, a Jesus Cristo.

Confira agora quais são os exus deste grande orixá e qual é o caminho usado por eles na missão de Oxalá para os mortais!

O Exu Sete Encruzilhadas é um chefe de falange muito poderoso e respeitado entre os exus e, quando incorporado, ele gosta de ser bem servido, já que é chefe de uma legião de espíritos. Sua visão astral é de um homem com vestimentas pretas e vermelhas, que são suas cores.

Sua linha de trabalho é voltada, principalmente, para o desenvolvimento evolutivo de médiuns, que são pessoas que também precisam de evolução, ainda que tenham recebido uma missão divina de auxiliar os outros humanos em suas jornadas, através de suas mediunidades.

Chefe da terceira linha de esquerda dentro da Umbanda, comandada majoritariamente por Ogum, o Exu Sete (7) Porteiras atua de forma fundamental na frente de trabalho de exus e pombagiras, já que ele é responsável por limpar os caminhos que separam o mundo espiritual do mundo material, sendo imprescindível.

Esse exu é muito fechado e sério, falando somente o essencial, mas sempre com muita sabedoria e lições preciosas para quem pede sua ajuda. Exu 7 Porteiras também é muito cuidadoso com os seus médiuns, ajudando na harmonização desses seres para sua própria evolução espiritual.

Extremamente poderoso, principalmente como um grande mago e conhecedor da magia em seu grau mais profundo, Exu Sete Capas consegue executar praticamente todos os pedidos que lhe são feitos, embora tenha discernimento ético para avisar que tudo que pode ser feito, nem sempre deve ser feito.

Sua relação com o cemitério é íntima, tendo a maioria dos seus trabalhos ofertados por lá. Assim como alguns outros exus, Exu Sete (7) Capas trabalha para o mundo carnal e o mundo espiritual, ajudando com magia os desencarnados também, mas, claro, sempre vendo se é válida ou não a execução da magia.

O Exu Sete (7) Chaves é um exu que trabalha, principalmente, com a abertura de caminhos e a proteção de seus filhos. Ele tem uma energia muito intensa, e isso faz com ele seja muito requisitado para afastar influência de espíritos negativos da vida de seus protegidos.

Sua figura astral está associada com um homem de roupa escura, normalmente marrom, com detalhes em ouro, que carrega consigo um cordão com as sete chaves que dão seu nome. Ele ainda leva consigo uma longa capa preta, com a parte interna vermelha, cobrindo-o e protegendo-lhe o corpo.

Sob a vigilância da Pombagira Rainha dos Sete Cruzeiros e do Exu Rei dos Sete Cruzeiros, o Exu Sete (7) Cruzes é um trabalhador, principalmente, em cruzeiros de cemitérios, como seu nome indica. Exceto suas funções, ele trabalha em parceria com outros exus.

Isto porque ele faz uma espécie de limpeza no caminho das encruzilhadas, auxiliando que os outros exus consigam enviar suas demandas ‘livremente’ através deste grande portal, que é o cruzeiro dos cemitérios.

Exu Sete Pembas é um daqueles exus que trabalha fazendo ponte entre dois orixás, que são Oxalá e Iemanjá, promovendo comunicação e harmonia entre ambos. Esse equilíbrio em sua função primordial faz com que seja um exu muito centrado e competente quando falamos sobre auxílio no campo evolutivo.

Promovendo uma grande abertura de caminhos, ele é muito sábio em seus conselhos e, de modo muito pacificador e brando, ele ajuda seus protegidos com um grande poder energético que acolhe e abre caminhos, promovendo o crescimento espiritual.

Conhecido por ser um dos exus com a personalidade mais forte de toda a hierarquia, Exu Sete Ventanias trabalha com a ajuda exata para a pessoa que o solicita. É sábio e atua na proteção espiritual e física dos seus, ajudando inclusive na proteção contra doenças.

Muito exigente com todas suas exigências, Exu Sete Ventanias prepara seus médiuns desde a infância, já que, para compreendê-lo em toda sua magnitude, é necessário anos de aprendizagem para que seu espírito esteja realmente familiarizado com o corpo e essência daquele que nasceu destinado à recebê-lo.

Uma das mais queridas e populares orixás dentro do Candomblé, Iemanjá é a conhecida rainha das águas salgadas, tendo seu nome lido, no iorubá, ‘a mãe dos filhos peixes’. Exceto dos peixes, ela é conhecida como a mãe de todos os orixás. Porém, segundo a tradução

Conheça agora os exus e pombagiras dessa grande orixá que é muito querida na crença popular!

Pombagiras são as entidades que auxiliam os orixás, assim como os exus, porém, recebem esse nome por serem do sexo feminino. Um exu feminino é uma pombagira. Com essa missão espiritual muito importante, elas são muito conhecidas nas giras.

E, por se tratarem de mulheres fortes, a imagem da pombagira é sempre ligada com uma grande sensualidade, que elas exalavam em vida. São conhecidas pelas saias longas, perfumes e vestidos.

Exu Maré é uma conexão espiritual entre vários orixás, como Oxum, Iansã, Oxalá e, claro, Iemanjá. Segundo a cultura iorubá, ele foi tirado do mar e, apenas com uma adaga enferrujada, conseguiu enfrentar tubarões e sobreviver.

Na linha de trabalhos, Exu Maré é especializado em tirar eguns, trabalhar reversão de obsessões e magia negativa. Além disso, ele consegue localizar e ajudar as demandas negativas, o que as traz, ou quem, e faz o trabalho para o corte dessas quiumbas da vida de seus protegidos.

Assim como alguns exus específicos, Exu Má-Canjira é um intermediário entre Iemanjá e Yori, sendo um grande representante do elemento de Terra, como Yori, que varia de Yorimá, a energia celeste do elemento que envolve todos os seres carnais e espirituais.

Mas essa falange, ainda assim, pertence à Rainha dos Mares, mesmo com toda sua predominância no elemento de Terra. E, por fim, em algumas leituras e interpretações, esse exu também faz parte da linha negativa de Ibeji.

Exu Carangola ganha esse nome por conta de um povoado de mesmo nome, que era índigena e foi pólo de colonização quando os europeus, sendo majoritariamente espanhóis, portugueses, franceses e ingleses começaram a invadir o continente africano em busca de terras e riquezas.

Esse exu é muito conhecido, principalmente porque, como diversão, pode deixar as pessoas perturbadas, meio errantes, rindo de coisas sem graça de maneira histérica e fazer coisas simples sem consentimento, como dançar danças típicas e cabalísticas sem a própria vontade.

Não se sabe muito sobre Exu Naguê, apenas que ele recebe várias nomenclaturas, como Exu Nage e Nagô, mesmo falando da mesma entidade. Ele está sob os trabalhos de Iemanjá, trabalhando na segunda linha de trabalho da Umbanda.

Essa linha é conhecida por ser do Povo d’Água e é uma das poucas que tem a presença de mulheres (pombagiras) com seus trabalhos. Dentro desse misticismo, esse campo, o de Iemanjá, opera muito alinhado com o chamado ‘Sagrado Feminino’, com uma energia maternal que vigora.

Responsável pelas falanges Maria Mulambo das Almas e Maria Mulambo da Estrada, a pombagira Maria Mulambo é bonita, elegante e extremamente charmosa, além de amar cigarros de boa qualidade, vinhos suaves, licores e até de um pouco de champanhe. Sua elegância, faz toda a diferença na incorporação.

Como linha de trabalhos, ela atua na limpeza espiritual dos seus protegidos, desfaz uma gama grande de magias negativas e, depois disso, opera em uma limpeza profunda para a abertura de caminhos dessa pessoa. É importante dizer que ela não trabalha com amarrações, apenas com abertura de caminhos nesse sentido, mas não algo que vá prender outra pessoa que não quer.

Líder de uma falange composta por sete outras pombagiras, Maria Padilha é muito conhecida por ser uma mulher extremamente sensual e bonita, que usa-se de sua força espiritual para auxiliar no bem e na evolução dos seres.

Segundo a história, ela teria sido uma amante de Dom Pedro I e, depois da morte da esposa legítima, o rei teria passado a se relacionar com ela, tornando-a rainha. Depois de sua morte, causada pela peste, ela se tornou uma das pombagiras mais conhecida dentro da Umbanda e do Candomblé.

Quando falamos sobre Iori, é importante ter em mente que não estamos falando exatamente de um orixá, como Xangô e Iemanjá, mas sim de uma energia maior, um espírito simbólico e poderoso, que embala e nutre as crianças, que são fomentadas e cultuadas dentro das religiões iorubás.

Confira agora os principais exus dessa linha tão especial dentro dessas religiões e como essas entidades se organizam!

O Exu Tiriri é o chefe de uma falange bem importante dentro da linha de Iori, que é braço da chamada ‘Sete Irradiações Divinas’, que dão origem aos exus que têm o número 7 em seus nomes. Além disso, ele tem uma ligação intrínseca com o Exu Mirim.

O papel desses dois exus é, na verdade, contraposto, já que Exu Tiriri atua no polo negativo com Ibeji (orixá menino), sendo a manutenção da força negativa que circula dentro da energia Iori. Ele quebra demandas negativas e trabalhos feitos para atingir essas crianças, embora também atenda adultos.

Exu Mirim, ou Exu-Mirim, é uma entidade que é conhecida por ser muito travessa nas noites, que é seu horário de trabalho. Ele trabalha junto com Exu Veludo e, diferente dele, é brincalhão e divertido.

A história desses dois exus começa junta, já que ambos foram irmãos em um de suas vidas passadas, então a missão deles também é interligada, assim como foi a vida. A personalidade contraposta dos dois é o que chama a atenção já que, apesar disso, eles se dão bem e se respeitam mutuamente.

Exu Toquinho é uma variação infantil de alguns exus e recebem esse nome por ser uma forma carinhosa de chamar crianças. Normalmente, são travessos e têm suas histórias entrelaçadas com as de seus exus mais velhos, tendo sido, normalmente, filho deles nas vidas encarnadas.

São curiosos, espertos e têm um potencial energético voltado, principalmente, para desfazer trabalhos feitos e a proteção, além de, claro, a abertura de caminhos, que é uma das missões primordiais dos exus, crianças ou não.

Quando falamos sobre Exu Ganga, estamos falando de um dos maiores exus que trabalham nos cemitérios, seja com despachos ou oferendas. Sua linha principal de trabalho é salvar aqueles que estavam com seus dias ‘contados’ devido a feitiços prejudiciais para a saúde e vida de alguém.

Sua figura astral é um tanto quanto curiosa, já que ele se apresenta com roupas pretas e cinzas e sua carne está em estágio avançado de putrefação, deixando um odor de decomposição, bem desagradável, diga-se de passagem, ao caminhar.

Trabalhando também alinhado com Iemanjá, o Exu Manguinho é um exu mirim que trabalha majoritariamente para limpar os ambientes e tirar energias negativas de quem pede sua proteção, sendo a conexão de Iori e a Rainha das Águas Salgadas.

Além disso, ele atende também às orientações da chamada Pombagira Rainha, que é designada por Iemanjá para várias, trabalhando em sua linha dentro da Umbanda, como uma das principais entidades.

Exu Lalu é um exu com uma ligação primordial com Oxalá, mas está na linha de Iori. Uma das suas características mais peculiares é o poder de dominar o sono dos corpos físicos. Isso mesmo, ele consegue, em seus processos de cura, fazer com que as pessoas durmam, deixando tudo mais fácil e, quiçá, indolor.

Normalmente, as pessoas protegidas por esse poderoso exu são sinceras e muito extrovertidas, seja falando ou até mesmo na hora de pensar. Eles procuram não criar conflitos, são pacíficos e prezam pela harmonia, independente de qualquer coisa.

Exu Veludinho é uma variação mirim do Exu Veludo. Em vida, ele chamava-se Jean Paul e vivia na Inglaterra, sendo o herdeiro de uma grande fazenda na região de Monte Carlo. Sendo o irmão mais velho, com a morte do pai, ele assumiu o irmão e cuidou de tudo.

Como linha de trabalho, esse exu poderoso trabalha desfazendo demandas negativas, que foram feitas apenas para prejudicar. Ele também neutraliza eguns e consegue abrir os caminhos depois de toda uma limpeza preparatória.

Os exus e pombagiras são fundamentais para que todo o trabalho de evolução e proteção que os orixás desejam e prospectam para o mundo sejam realizados. Mesmo que as religiões sejam marginalizadas e não muito queridas em alguns espaços, a preciosidade dos detalhes é inegável e deve ser levada em consideração.

Cada um com a sua função. Essas entidades, que nos aproximam da evolução espiritual, trabalham dia e noite para que nossa vida flua, operando, principalmente, em nossos campos energético de forma singular.

Entender a hierarquia de trabalho deles também ajuda, e muito, na hora de pedir algum auxílio dessas entidades que, no fim, só querem ajudar.