Significado geral da teoria de que os Signos mudaram
A ideia de que os signos mudaram surgiu de um estudo feito por astrônomos do Planetário de Minnesota. Os astrônomos observaram a mudança no alinhamento das estrelas, que aconteceu devido ao movimento de precessão. De acordo com a teoria, essa mudança alteraria em um mês a ordem dos signos.
Quando os signos astrológicos foram criados pelos babilônios há cerca de 3 mil anos atrás, a décima terceira constelação foi deixada de lado, para adequar as constelações (e signos referentes a elas) ao calendário de doze meses. A teoria, que trata da mudança, aborda exatamente a existência do possível décimo terceiro signo: Serpentário.
Quer saber mais sobre este novo singo? Então vamos começar pelos rumores.
Rumores, posição da NASA e informações sobre Constelações
Os rumores sobre a mudança astrológica levantaram reflexões e desencadearam diversos debates. A revelação colocou em pauta a possibilidade de mutabilidade no zodíaco, seguindo os fenômenos astronômicos. Entenda a possível mudança dos signos aqui:
■Os rumores sobre o Signo de Serpentário ou Ophiuchus
O décimo terceiro signo, que supostamente foi ignorado na criação do zodíaco astrológico, é chamado de Serpentário e pertence à constelação de Ophichus. A constelação se encontra entre Escorpião e Sagitário e, acredita-se que teria ganhado espaço no zodíaco a partir do novo alinhamento das estrelas.
Os rumores que envolvem o signo de Serpentário, presumiam que a mudança gerada pelo novo alinhamento afetaria a percepção da astrologia sobre os signos. Nesse caso, seria introduzido o décimo terceiro signo, Serpentário. Essa mudança atrasaria em um mês a ordem dos signos atuais. Assim, quem é atualmente taurino passaria a ser ariano, automaticamente.
■A posição oficial da NASA sobre o assunto
A divulgação da NASA sobre os novos dados acerca do alinhamento da constelação de Ophiucus deu início ao debate que poderia mudar os rumos da astrologia moderna.
Entretanto, a instituição afirma que não pretende interferir no campo dos estudos astrológicos, se atendo somente à astronomia.
Para a NASA, a astrologia não enxerga signos como constelações, e sim como trópicos fixos, que não se alteram independente das mudanças estelares. A explicação da instituição diz ainda que no período em que a astrologia foi criada, Ophiucus já existia, porém, a constelação fora deixada de lado. Portanto, Serpentário não afeta os demais signos.
■Astronomia
A astronomia é o campo das ciências naturais que estuda os corpos celestes que compõem o universo, assim como, estuda as movimentações e mudanças que acontecem com os elementos. Os astrônomos são responsáveis por acompanhar as mudanças e calcular os impactos que elas exercem sobre os demais componentes do espaço ao longo do tempo.
Na atualidade a astronomia se difere da astrologia. No entanto, no Antigo Egito e em outras civilizações antigas, como a da Babilônia, os dois temas não se diferenciavam. Assim, a observação do céu noturno era uma prática que se aplicava de forma prática e mística, simultaneamente.
■Astrologia
Astrologia é a arte esotérica dedicada a estudar os astros, suas movimentações e as possíveis influências que exercem sobre a vida das pessoas, com base no zodíaco. Para a astrologia, existem doze signos do zodíaco: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.
Com base nos signos zodiacais e nos principais astros que compõem o sistema solar, a astrologia desenvolve reflexões sobre a interferência dos elementos na vida dos terráqueos. Para isso pode ser analisado o mapa astral natal, o mapa registra a posição dos astros no exato momento e local de nascimento dos indivíduos.
■As constelações para Astronomia
Para a Astronomia, as constelações não representam signos, embora sejam homônimas em alguns casos. As constelações são astronomicamente definidas como conjuntos de estrelas ou corpos celestes. Segundo a União Astronômica Internacional, existem atualmente 88 constelações oficiais, mas essa lista tem sua primeira composição feita pelas constelações do zodíaco.
A composição das constelações zodiacais se refere aos grupos que se encontram ao longo do caminho percorrido pelo Sol ao longo do ano. Desde 1930 a União Astronômica Internacional determinou a divisão das constelações em treze partes, inserindo os signos que são usados também na astrologia e adicionando a constelação de Ophiuchus.
■As constelações zodiacais
As constelações se referem aos grupos de corpos celestes, ou estrelas, que se encontram ao longo da faixa celeste conhecida como Zodíaco. São elas: Áries ou Carneiro, Touro, Gêmeos, Câncer ou Caranguejo, Leão, Virgem, Libra ou Balança, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.
As constelações zodiacais definem, para a astrologia, os doze diferentes signos que equivalem a trechos percorridos pelo Sol ao longo de seu trajeto anual. A criação das constelações zodiacais que são conhecidas na atualidade se deu há mais de 3 mil anos atrás, na Babilônia, possuindo também menções na cultura do Egito Antigo e na Grécia Antiga.
■Adição de Câncer e Libra no passado
Até o período de II a.c. a constelação de Libra era apenas uma parte da composição de Escorpião, especificamente as garras do animal. Nesse período, sacerdotes egípcios dividiram os elementos presentes na constelação de Escorpião e na Astrea (atual Virgem) e destacaram a balança, que deu origem ao símbolo presente no signo de Libra.
No caso de Câncer, sua inserção no zodíaco aconteceu no período da Grécia Antiga. O astrônomo Hiparco descobriu a constelação que tem seu nome inspirado nas patas de um caranguejo devido a imagem formada por suas estrelas. A constelação também está presente em mitos gregos.
■Precessão de Equinócios
A precessão é um dos movimentos que a Terra faz, como a rotação e a translação. No entanto, a precessão, diferente das movimentações mais conhecidas, não acontece em alta velocidade, levando mais de 26 mil anos para se concluir. O impacto da precessão pode ser observado na prática por meio da alteração dos equinócios.
A cada ano, são antecipados 20 minutos dos equinócios. Dessa forma, ao longo do período de 2 mil anos, os equinócios sofrem a antecipação de 1 mês. Além do impacto na mudança dos equinócios, a precessão interfere também no ângulo que as constelações são vistas da Terra.
■Era de Aquário e perfeição zodiacal
Era de Aquário é o período de 2 mil anos em que os elementos de Aquário ficam em evidência. Para a astrologia, é marcada pela busca de liberdade individual, liberdade de expressão, combate ao autoritarismo e avanço tecnológico.
O signo de Aquário é regido pelo planeta Urano. O astro é um dos planetas geracionais, sendo assim, aborda questões que impactam em gerações inteiras, como quebras de preconceitos ou novas perspectivas sobre os valores sociais.
Após a Era de Aquário ocorrerá a de Capricórnio, mantendo assim o ritmo de perfeição zodiacal. Nessa Era, as transformações aquarianas encontram a solidez de Capricórnio.
O signo Serpentário, suas origens e supostas características
O signo de Serpentário tem origem na constelação de Ophiuchus e se relaciona com o egípcio Imhotep. Descubra quais seriam suas possíveis características caso fosse inserido no zodíaco junto aos demais signos:
■ O suposto Signo Serpentário
Serpentário, o suposto décimo terceiro signo, seria relativo a constelação de Ophiuchus, recém incluída no zodíaco astronômico devido a descoberta da NASA sobre o impacto da precessão dos equinócios ao longo dos milênios. Caso Sespentário fosse incluído na lista dos signos do zodíaco astrológico, repercutiria na ordem dos doze anteriores.
Nessa situação, astrólogos acreditam que o signo representaria as características que estão presentes nos seus signos vizinhos: Sagitário e Escorpião. Dessa forma, a personalidade de um nativo de Serpentário seria formada pelo alto astral e bom humor sagitariano e carregaria o típico ar de mistério e sedução presente nos escorpinanos.
■O homem que representa a figura do signo
O signo de Serpentário tem como seu símbolo um homem carregando uma serpente que tem seu corpo dividido em duas partes. Esses elementos remetem aos símbolos usados atualmente na medicina, além de serem uma homenagem a figura histórica Imhotep. No Egito Antigo acreditava-se que fora concedida a imortalidade ao polímata, sendo eternizado pelos deuses na constelação de Ophiuchus.
O egípcio eternizado nos céus marcou seu período histórico, sendo considerado o primeiro médico, engenheiro e arquiteto da História Antiga. Sua figura teve tamanha relevância que o colocou no mesmo patamar dos faraós, que eram considerados próximos de divindades no Egito Antigo.
■Apesar de conhecida, qual motivo levou às teorias recentes?
As teorias recentes que poderiam inserir o décimo terceiro signo na lista do zodíaco astrológico surgiram devido à divulgação de cálculos elaborados por astrônomos que abordam o resultado da mudança causada pelo impacto da precessão dos equinócios ao longo dos 2 mil anos.
No entanto, os astrólogos contestam a teoria dos astrônomos. Para a astrologia, a contagem de signos zodiacais não possui relação com a movimentação das constelações, sendo apenas relacionada às doze divisões originais do zodíaco. Mesmo assim, a inserção da constelação de Ophiuchus no zodíaco astronômico e a precessão dos equinócios se tornou motivo para debates também no campo astrológico.
■Ausência de elementos categorizadores dificulta definir características
Para aqueles que tiveram sua curiosidade aguçada com a possibilidade de mais um signo zodiacal e desejam entender melhor quais são as possíveis características do polêmico Serpentário, existe uma má notícia.
Devido à ausência de elementos que possam facilitar a sua categorização zodiacal como elemento da natureza relacionado ou a energia relativa a ele, Serpentário permance um mistério.
Por não ser oposto a nenhum dos signos, Serpentário possui definição ainda mais precária, cabendo apenas o desenvolvimento de teorias e deduções. Para isso, podem ser explorados os temas e as características dos signos próximos a ele, que são Escorpião e Sagitário.
■Posição entre Escorpião e Sagitário dá pistas de como seria a personalidade
Caso Serpentário fosse, de fato, inserido na lista dos signos do zodíaco astrológico, sua posição estaria entre os Escorpião e Sagitário, pois as data referente ao mesmo seria de 29 de novembro a 17 de dezembro. Com base nisso, é possível especular as características que estariam relacionadas ao signo, a partir dos outros dois.
Assim, a possível personalidade de um nativo de Serpentário poderia carregar os traços leves de Sagitário como o amor por liberdade e o senso de humor afiado, ou mergulhar na profundidade emocional presente em Escorpião, tendo sentimentos intensos e duradouros ou mesmo tendência a interesses místicos.
■As supostas qualidades e defeitos do Signo Ophiuchus
A dualidade presente em defeitos e qualidades da personalidade é explorada pelos arquétipos apresentados nos signos astrológicos. Cada signo apresenta aspectos positivos e negativos, podendo ser usados como instrumento de autoconhecimento e aperfeiçoamento pessoal. No caso de Ophiuchus, ou Serpentário, tanto os defeitos quanto as qualidades ainda são supostas com base nos signos vizinhos: Sagitário e Escorpião.
Caso se estabeleça que as qualidades sagitarianas prevalecerão para Ophiuchus, o nativo pode apresentar bom humor e sorte, tendo a ingenuidade como defeito. Já observando os aspectos de Escorpião, as qualidades são a sedução e a intuição, em contrapartida a possessividade seria um defeito.
Signo Ophiuchus para a Astrologia atual, mudança dos signos e influências
O suposto surgimento do signo de Serpentário, ou Ophiuchus, virou de ponta cabeça a mente dos apaixonados por astrologia. Porém, a inclusão da constelação de Ophiuchus no zodíaco astronômico não afeta os signos. Entenda aqui:
■O que o Signo Serpentário altera para a Astrologia atual
Na prática, o signo Serpentário não afeta os demais signos do zodíaco astrológico ocidental. Isso acontece porque a existência da constelação de Ophiuchus já era conhecida no período em que a Astrologia foi criada, mas a mesma foi excluída da lista de signos, mantendo assim a sequência que se inicia em Áries e termina em Peixes.
Entretanto, o debate que foi levantado sobre a possibilidade de alteração do zodíaco astrológico por meio da inclusão do décimo terceiro signo pode colocar em pauta o método de criação da Astrologia.
Assim, a possibilidade de uma alteração tão drástica pode incentivar a busca por conhecimentos sobre a metodologia astrológica.
■Quais seriam, então, as datas dos novos signos
Caso a constelação de Ophiuchus fosse oficialmente inserida na lista das constelações que inspiram signos e Serpentário se tornasse o décimo terceiro dos signos, a alteração na lista dos demais seguiria sendo adiantada em 1 mês. Devido à precessão do equinócio, a alteração transformaria taurinos em arianos, geminianos em taurinos, cancerianos em geminianos, e assim por diante.
O signo de Serpentário se localizaria no calendário astrológico entre os signos de Libra e Escorpião. Seus nativos seriam nascidos entre 29 de novembro e 17 de dezembro e sua inserção criaria um efeito dominó em todos os demais signos, atrasando em 1 mês.
■Mas afinal, os Signos mudaram?
Não. A ordem do zodíaco astrológico não foi alterada pela precessão dos equinócios. Apesar do movimento impactar na angulação da Terra e antecipar em um mês o equinócio, seu efeito se direciona apenas às constelações zodiacais astronômicas, que passaram também a incluir Serpentário. As constelações, para a astrologia, não são o mesmo que signos.
As os signos do zodíaco não são afetados pelas mudanças nas constelações, pois são a representação de uma área fixa, que é analisada de forma trópica, não constelacional. Apesar do debate gerado pelo rumor levantar dúvidas astrológicas, os signos seguem os mesmos, assim como a ordem deles.
■O “novo signo” causa alguma influência real no Mapa Astral?
Não. Ophiuchus, ou Serpentário, não interfere na forma que o Mapa Astral natal foi construído, pois na sua criação já existia a constelação, porém a mesma fora excluída das constelações componentes do zodíaco astrológico. Desta forma, sua influência para a astrologia é praticamente irrelevante.
A constelação de Ophiuchus possui importância somente para os astrônomos, que a incluíram no zodíaco astronômico. Já para a astrologia, mesmo que os corpos celestes estejam se movimentando e mudando de posição ao longo dos séculos, os signos permanecem estáveis, pois o seu conceito é fixo, sendo referência a uma zona geométrica, não a uma constelação.
A polêmica de que os Signos mudaram pode favorecer a Astrologia?
Pode sim. Ao mesmo tempo que surge o debate acerca da possibilidade dos signos terem sido construídos com uma base errônea, o esclarecimento sobre a origem da construção zodiacal astrológica pode favorecer a divulgação dos métodos pelos quais a astrologia opera. Podendo assim se tornar uma oportunidade de disseminação dessa área de conhecimento esotérico e desmistificação.
Apesar dos rumores terem sido recebidos de forma confusa pela opinião do público leigo, os mesmos podem se transformar numa oportunidade para a quebra de preconceitos que existem relacionados à astrologia. Dessa forma, a polêmica sobre a possível mudança astrológica pode ganhar uma repercussão positiva.
Jornalista cultural apaixonada pela arte de sonhar e pela descoberta dos mistérios da alma.