Orixá Obá: história, qualidades, dia, saudação, oferendas e mais!

Obá é conhecida como guerreira e Orixá de força muito grande. Chamada de rainha do Rio Niger, ela aparece sempre com a sua espada em uma mão e o seu escudo na outra, munida do que é necessário para lutar pelo que acredita.

Devido a essas características, Obá é conhecida por fornecer a força para que as mulheres consigam vencer obstáculos, pois também é vista como a mãe que consegue entender todas as dores do coração e sempre está disposta a ajudar.

Filha de Iemanjá e Oxalá, Obá é encontrada nas águas doces revoltadas, mas as suas características mostram um Orixá que luta e busca o equilíbrio ao mesmo tempo em que é grande defensora da justiça. Leia mais sobre Obá a seguir!

Por ser conhecida como rainha das águas doces revoltosas, sempre que um local com quebras fortes ou pororocas é visto, ele é tido como a casa de Obá. Ela anda ao lado de Nanã e assim como essa Orixá, tem o controle a respeito das enchentes e do barro.

Obá também é vista como uma Orixá cheia de força física e é por essa representação que ela se tornou um símbolo de poder feminino de luta. Também se atribui a ela outros poderes distintos em relação aos alimentos.

A sua representação de guerreira também faz com que Obá seja vista como uma Orixá de aparência menos feminina e a sua beleza está ligada a outros aspectos, como as suas batalhas e a forma como ela se porta nesses momentos. Ficou curioso? Conheça mais sobre Obá a seguir!

Existem muitas lendas que falam a respeito das histórias e origens de Obá e, em geral, todas elas são cercadas de mistérios nunca solucionados. Sempre destemida, uma das lendas da Orixá indica que ela já foi capaz de derrotar Exu, Oxumaré, Iansã, Oxalá, Orunmila, Oxóssi e Omolú. A única vez que perdeu foi contra Ogum, que acabou sendo mais esperto do que ela no combate.

Na batalha contra Ogum, ele seguiu os conselhos dados por Ifá, que fez uma previsão indicando que para ganhar, ele deveria fazer uma pasta com 200 espigas de milho e quiabo. Isso deveria ser colocado em um canto da arena. Então, Ogum superou Obá na batalha e essa foi a primeira vez que a guerreira perdeu.

Em geral, Obá é vista como uma mulher que tem um semblante triste. Em todas as suas qualidades ela aparece dessa mesma forma. A sua aparência também demonstra que ela carrega muitos ressentimentos. Mas mesmo diante disso é uma guerreira incomparável.

Obá aparece nas suas representações portando uma espada e um escudo. A sua espada é chamada de Ofange. Ela também pode aparecer munida de arco e flecha, chamado Ofá.

A ligação entre Obá e Oxum é mostrada pela rivalidade criada entre as duas pelo amor de Xangô. Obá sempre buscou roubar os segredos das receitas de Oxum para que pudesse prepara-las para Xangô. Irritada com isso, Oxum criou uma armadilha para ela e convidou Obá para participar da preparação de um prato que agradava muito a Xangô.

Oxum enganou Obá dizendo que o prato foi preparado com as suas próprias orelhas e quando Xangô provou e se sentiu muito satisfeito, Obá quis repetir, causando uma reação negativa no Orixá.

Assim, Oxum retirou o lenço que cobria as suas orelhas e mostrou a Obá que não havia arrancando-as. As duas travaram uma luta e Xangô, irritado, demostrou toda a sua fúria. As duas fugiram e se transformaram em rios.

O casamento com Xangô transformou Obá em ciumenta e possessiva e o seu amor pelo Orixá fazia com que ela fosse capaz de fazer tudo por ele. Ao lado de Xangô, Obá se mostra muito mais vulnerável, o que não é visto normalmente nas características guerreiras da Orixá.

Devido a essa postura, ela foi enganada por Xangô em vários momentos. A lenda aponta que a raiva inicial de Obá por Oxum foi devido ao ciúme que ela sentia da Orixá por ser a preferida do seu marido.

A relação de Obá com Ogum nasceu da batalha travada entre os dois. Ao seguir as orientações feitas por Ifá, Ogum conseguiu superar a Orixá, fazendo com que ela escorregasse na pasta feita por ele e colocada na arena.

No momento que conseguiu que ela escorregasse, Ogum não perdeu a oportunidade e a possuiu nesse lugar. Obá até então não havia vivido o amor verdadeiro, que veio a conhecer somente quando o seu caminho se cruzou com o de Xangô.

Diversas crenças reconhecem o poder de Obá. As principais são a Umbanda e o Candomblé, ambas religiões de matriz africana. Mas devido a algumas outras questões, como o sincretismo, Obá também é vista através de uma santa específica na Igreja Católica.

Portanto, a forma como ela é encontrada em religiões e culturas distintas pode sofrer algumas alterações. Mas há um símbolo central na Orixá que mostra a sua força e a garra com que ela encara as suas batalhas.

As suas atribuições nas religiões mostram a força da Orixá, principalmente por se mostrar um símbolo feminino que pode até mesmo ser refletido nos filhos de Obá.

Veja mais sobre Obá em várias crenças!

No Candomblé, Obá é vista como uma Orixá ligada à água e guerreira, que luta pelo acredita. As suas roupas possuem cores distintas e ela aparece sempre em posse de suas armas e com a sua coroa de cobre.

Obá é uma Orixá que não se manifesta muito e por isso as é difícil ter conhecimento elevado sobre ela. Sempre é associada à força e representação feminina, em ambas as religiões de matriz africana que a cultuam.

Assim como no Candomblé, na Umbanda Obá é vista como uma guerreira que representa a força da mulher. Por ter essa força toda, ela costuma ser temida pelos outros Orixás com quem já travou e venceu diversas batalhas.

O seu estereótipo de guerreira faz com que ela seja vista como menos feminina, por mais que ela seja a própria representação da força das mulheres. Ao longo das suas batalhas, Obá é vista pela sua beleza principal: as suas capacidades na luta e por ser uma verdadeira combatente de injustiças, algo que é visto nos seus filhos.

O sincretismo de Obá com a Igreja Católica mostra que essa Orixá tem uma ligação muito forte com Joana D’Arc, conhecida por ser uma guerreira. As duas dividem semelhanças muito fortes em relação aos seus traços, que fazem com que ambas sejam vistas de uma forma masculinizada.

Joana D’Arc é considerada uma figura polêmica e marcante. Ainda jovem, aos 13 anos de idade, ela afirmou ter ouvido vozes. O que, segundo ela seria São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida, que apareceram para lhe destinar quatro missões. Por esses motivos as duas são muito comparadas e houve o sincretismo.

Obá tem a sua origem nas religiões de matiz africana e por isso é cultuada em locais onde essas religiões nasceram. Um dos termos para se referir a Orixá, inclusive, destaca essa ligação porque ela é conhecida como rainha do Rio Niger ou também pode ser referido como Oba, assim como seu nome, que é conhecido como o principal rio da África Ocidental.

Dessa forma, os primeiros cultos dedicados a essa Orixá possuem as suas origens em localidades da África Ocidental nas quais ela passou a ser cultuada, exaltada e mais tarde outras culturas e locais, como o Brasil passaram, também passaram praticar as religiões em questão.

Nas religiões de matriz africana, como Candomblé e Umbanda, é comum que os Orixás sejam vistos de formas distintas por alguns detalhes ou práticas. O termo para se referir a essa questão é qualidades ou também arquétipos.

Por isso, quando se referem aos arquétipos ou qualidades de um Orixá, são essas definições distintas ou formas diferentes que ele se mostra. Em geral, as qualidades mostram uma ligação com um elemento ou com outro Orixá específico.

No caso de Obá, todos os seus arquétipos possuem ligação com outros Orixás que cruzaram o seu caminho. Para conhecer todas as 7 qualidades de Obá, continue lendo!

Nessa qualidade de Obá, conhecida como Gìdéò, tem-se o caminho no qual ela se conecta com Xangô, o seu primeiro marido. Mesmo que possuam diferenciações devido à sua forma de agir.

A guerreira destemida que Obá sempre se mostrou aparece de forma forte, mesmo que seja uma Orixá muito ressentida pelos acontecimentos da sua vida, principalmente pelo seu relacionamento com Xangô, que a transformou em uma pessoa ciumenta e possessiva com o tempo.

Nesse caminho, Obá Syió mostra a sua ligação com Xangô e Oyá, conhecida também como Iansã. Obá vivia uma angústia constante devido à ligação de Oyá e Xangô porque acreditava que o seu marido tinha predileção pelas suas duas outras esposas, que seriam Oxum e Oyá.

Cada vez mais isso consumia Obá, que se tornava mais ciumenta e possessiva. Por muito tempo, ela se esforçou e se dedicou a chamar a atenção do marido, mas Xangô não resistia aos mimos das suas outras duas esposas, o que alimentava mais os ciúmes de Obá.

Obá possui uma forte ligação com as Iyami, que são chamadas de grandes mães da ancestralidade.

Essa associação vem do fato de que Iyami é um símbolo ancestral do feminino e por Obá carregar a mesma simbologia pela sua forma de guerreira que vence todas as batalhas, a Orixá nessa qualidade segue pelo caminho das Iyami, que também podem ser vistas como poderosas feiticeiras de acordo com as histórias.

Obà Lóké vem junto com Odé, que é conhecido por ser o deus caçador e senhor das florestas. Por isso, a ligação. Obá é uma guerreira que vive próximo às águas doces e Odé também é conhecido por ser filho de Iemanjá e Oxalá, assim como Obá, e por isso, ele é Oxóssi.

Portanto, sua ligação vem do fato de que o Orixá é filho dos mesmos pais e, assim, a qualidade de Obá segue o caminho do seu irmão, conhecido como rei de Ketu devido aos seus feitos de salvar a população do local.

A qualidade Obá Tèrá de Obá mostra a ligação que a Orixá tem com Ogum, que cruza o seu caminho em diversas vezes. O principal momento que ela se liga a Ogum é quando ele se mostrou mais esperto e armou para que ela perdesse a batalha.

Esse foi o primeiro momento da história da Orixá que ela perdeu. A partir desse ponto, o caminho dos dois se cruzou pela a eternidade. Após perder para Ogum, os dois tiveram um envolvimento antes que Obá conhecesse seu marido Xangô.

Obá Lomyìn tem uma ligação com Oxalá, que é pai de Obá e também de Oxóssi. Esse caminho mostra a ligação da Orixá com o seu pai, que é um dos Orixás mais poderosos de todos.

Ele é considerado como o Orixá da vida, como pai de todos e o maior, aquele para quem todos se curvam. Entre os seus atributos, Oxalá também é visto como o responsável por ter criado todos os seres humanos. Ele se manifesta na vida das pessoas através de fé e paz.

Nessa qualidade de Obá, ela vem junto com Ewá, que é conhecida como a deusa da intuição e da vidência. A Orixá é símbolo de beleza e sensualidade e também mostra muita sabedoria, que vem a ela devido ao seu forte dom de vidência, pelo qual ela passou a ser conhecida.

Ewá também é conhecida como a virgem, protetora de tudo o que é puro no mundo, dos seres humanos às flores. Entretanto, muitos podem confundir a sua pureza com ingenuidade e não é o caso porque essa Orixá carrega consigo uma sabedoria que vai além do que os olhos podem ver.

Pela força de Obá e a sua determinação como guerreira, os seus filhos também acabam por associar algumas das suas características principais. As pessoas que recebem uma forte influência dessa Orixá e são chamadas de filhos, demonstram as características de Obá através das suas atitudes ao longo da vida.

Se baseando pela vida da Orixá e nos acontecimentos da sua história, há de se entender algumas das heranças que os seus filhos acabam por receber nas suas características.

Por isso, por muitas vezes são pessoas que não sabem muito como interagir com as demais ou que contam com um forte medo em relação a isso por não se sentirem de alguma forma adequados às situações ou até mesmo para falar com determinadas pessoas dos seus caminhos.

Veja como são os filhos de Obá!

A forma de agir dos filhos dessa Orixá pode ser vista como antissocial porque não se envolvem muito com as pessoas ao seu redor devido ao medo, já que se sentem muito inferiores aos demais, algo que é claramente um a herança de Obá.

A Orixá também assume essa postura devido à sua história, principalmente em relação ao seu casamento com Xangô e as outras esposas do Orixá. Por esse medo, os filhos de Obá acabam por agir de forma ríspida e seca com as pessoas ao seu redor, mesmo que às vezes não queiram.

Os filhos de Obá não sabem medir as suas palavras quando precisam falar sobre algo. Não fazem rodeios e nem ficam disfarçando o assunto. Por isso, são pessoas de muita sinceridade e vão logo dizendo o que precisam.

Essa atitude, por mais que possa ser visto como algo positivo, para muitas pessoas pode ser uma ofensa porque nem sempre as opiniões serão adequadas e assim os filhos de Obá acabam sendo vistos como grosseiros ao invés de sinceros.

Por serem pessoas que não se entregam muito aos que estão ao seu redor, os filhos de Obá possuem poucos amigos, mas são extremamente fiéis quanto se trata de amizade.

Isso também se aplica aos seus relacionamentos amorosos, o que vem totalmente da personalidade e das características dessa Orixá, que se dedicou inteiramente ao seu primeiro marido e se mostrou fiel a ele. Assim, os filhos da Orixá se comportam da mesma forma: estão sempre dispostos e a postos para as pessoas que amam e enfrentarão o que for preciso ao lado delas.

Assim como essa é uma característica de Obá, os seus filhos também podem apresentar comportamentos muito possessivos com as pessoas, principalmente nos seus relacionamentos.

Esse tipo de ação é uma característica muito clara vinda da Orixá. Após os seu casamento com Xangô, ela passou a acreditar que o marido preferia as suas outras duas esposas e cultivou uma visão ciumenta e possessiva da relação que tinha com ele, algo que os filhos da Orixá herdaram e contam com uma forte tendência em repetir as suas ações na vida.

As pessoas também possuem uma forte tendência a se tornar submissas. Essa é uma característica herdada de Obá, que por amor a Xangô se tornou submissa a ele e mudou a sua forma de agir em diversos aspectos, mesmo que fosse uma guerreira forte e que representasse a força feminina.

Portanto, por mais que as filhas de Obá sejam mulheres que possuem uma garra muito grande e determinação, podem acabar caindo nos mesmos caminhos que a Orixá e acabam por se entregar ao amor de forma tão intensa que se tornam submissas e inteiramente dedicadas a isso.

Conhecer mais a respeito de Obá, como os seus detalhes, datas relacionadas a ela e outros pontos, é importante para que os devotos de religiões como Umbanda e Candomblé e os filhos dessa Orixá possam se manifestar, cultuar a sua existência, exaltar os seus poderes e agradecer pelas ações de Obá.

Assim, existem diversas formas de manifestar os seus agradecimentos e saudar a existência dessa Orixá tão forte e cheia de determinação.

Nas religiões de matriz africana, nas quais ela é cultuada, existem oferendas, símbolos, orações e saudações que são dedicadas para esses momentos e conectam os devotos e os filhos de Obá com ela.

Aprenda um pouco mais a seguir!

O dia dedicado a celebrar Obá é 30 de maio, o mesmo que é comemorado o dia de Santa Joanna D’Arc, a santa a qual a Orixá foi sincretizada na Igreja Católica. Portanto, esse é o dia de celebrar a força não somente de Obá como também da santa que demonstrou ter a mesma força que a Orixá.

Apesar de existir um dia para celebrar a existência de Obá, ela também possui o seu dia da semana, que é quarta-feira. Nesse dia, nos terreiros, podem ser feitos eventos e giras que celebram a poderosa Orixá.

Obá é sempre vista de vermelho e branco. As suas vestes também podem possuir alguns detalhes em amarelo. As armas usadas pela Orixá, um escudo e uma espada, são ambos de cobre.

As cores de Obá são para impor o respeito a Orixá porque o vermelho traz muito da força vista nas ações de Obá. Algumas qualidades de Obá, entretanto, podem usar tons mais claros nas suas vestes, voltadas para o rosa.

Os principais símbolos que representam Obá são a espada e o escudo que ela carrega consigo a todo o momento, mas também pode ser vista em posse de um ofá e ioruquerê. Os seus símbolos reforçam a força de Obá porque como é uma guerreira destemida, é lembrada pelas suas armas usadas em combate. A sua espada pode ser chamada de ofarange.

Algumas ervas usadas se relacionam com Obá e podem ser usadas por Iansã. Entretanto, as ervas e folhas comuns para a Orixá são: a alface, que é utilizada nas suas obrigações com Egun; a altéia que é usada para banhos de descarrego; e a angico-da-folha-miúda, que é utilizado pela medicina caseira, servindo como estimulador de apetite.

São várias as ervas e folhas que aplicadas e dedicadas para Obá. Também podem ser citados alguns outros exemplos, como cambuí amarelo, cordão-de-frade, dormideira sensitiva, espirradeira e eucalipto-limão.

Obá é uma forte guerreira defensora dos injustiçados. Por isso, é vista como uma mulher de força que não teme a ninguém. A saudação feita a essa Orixá remete a isso porque a coloca em uma posição acima, sendo saudada da seguinte maneira: Obá Siré! Que significa Rainha Poderosa!

Essa é uma forma de exaltar o poder da Orixá, que tem como único ponto fraco o amor, capaz de fazê-la perder a cabeça e acabar mudando a sua forma de agir em vários momentos da sua história.

Para agradecer Obá e valorizar as suas ações de guerreira, uma oração é feita nos terreiros e nos momentos de celebração da Orixá. Confira a seguir:

Obá Siré! Senhora das águas tempestuosas, ajudai-me a vencer os obstáculos em minha vida profissional e financeira
Obá Siré! Com vosso ofange, afasta meus inimigos e todos aqueles que desejam o mal para meus caminhos e daqueles que tanto amo
Obá Siré! Poderosa Orixá que rege o amor, protege minha vida amorosa e traga sempre o entendimento ao meu relacionamento
Obá Siré! Poderosa guerreira, dai-me coragem e força para enfrentar os desafios diários e permanecer serena com todos os que cruzarem meus caminhos
Obá Siré!

Para agradecer pelas ações de Obá, muitas pessoas dedicam a ela oferendas que estão ao seu gosto. É preciso destacar, entretanto, que o preparo de uma oferenda é uma prática de muita responsabilidade, algo feito dentro de religiões como Umbanda e Candomblé e que exige cuidados.

Todos esses cuidados estão ligados às preferências dos Orixás e é preciso que haja certa orientação para os preparos corretos. As particularidades devem ser sempre respeitadas no preparo dos pratos que serão ofertados aos Orixás.

Obá adora os sons das águas, tanto do mar quanto do rio. Por isso, as suas comidas preferidas são aquelas que vêm das águas, principalmente das salgadas. Logo, os seus pratos possuem muita ligação com esses ingredientes.

Saiba como preparar uma oferenda para Obá!

As oferendas são feitas em agradecimento para os Orixás e em geral são preparadas em momentos de celebração ou para agradecer algum feito deles na vida de uma determinada pessoa.

A escolha do momento de fazer a oferenda vai depender desses aspectos. Também podem ser feitas nos dias de comemoração dos Orixás, no caso de Obá, o dia que se comemora essa Orixá é o dia 30 de maio. As escolhas devem se basear nessas questões e nas preferências do Orixá de modo geral.

Para o preparo da oferenda que será dedicada a Obá, alguns ingredientes são essenciais para agradá-la, devido às suas preferências. Portanto, para uma das oferendas para Obá, feita com moranga, os ingredientes serão: 500gr de camarões frescos, 1 moranga, azeite de dendê, um maço de língua de vaca e 1 cebola.

Para o preparo é preciso cozinhar a moranga inteira e quando esta estiver pronta, corte a parte de cima como se fosse uma tampa. Em seguida, abra e retire todas as sementes. Em uma frigideira, refogue a cebola junto com o dendê e coloque os camarões posteriormente, junto com a língua de vaca, que deve estar cortada em tiras. Logo após, o recheio deve ser colocado todo dentro da moranga.

Outra oferenda que também é comum para Obá é feita com camarões secos e feijão. Esses ingredientes são muito aparecidos pela Orixá, mas devem seguir uma linha de preparo adequada.

É comum que alguns Orixás sejam intolerantes a certos ingredientes devido às suas origens e outros detalhes. Alguns não suportam o uso de dendê e outros, como Obá, valorizam esse uso no preparo das suas oferendas.

Portanto, atente-se os detalhes e busque conhecer mais a respeito dos preparos que mais agradam os Orixás antes de oferecer qualquer tipo de oferenda. Veja mais um preparo dedicado a Obá a seguir!

Da mesma forma que os outros preparos, esse prato também pode ser oferecido a Obá nos dias de comemoração da Orixá, seja em maio ou também no dia da semana dedicado a ela. Nos terreiros, durante os seus eventos e momentos especiais, os filhos de Obá também podem dedicar esses pratos para a mãe.

Os ingredientes para o preparo desse prato são: farinha de mandioca, 500gr de camarões secos socados, azeite de dendê, 1 cebola e feijão fradinho. Todos esses ingredientes são muito apreciados por Obá e devem ser preparados da forma correta para que ela se sinta agradada.

Primeiramente é preciso cozinhar o feijão. Esse processo deve ser feito somente com o uso de água. Em seguida, refogue a cebola com o azeite de dendê e coloque os camarões e a água. Assim que o feijão estiver pronto, coloque-o junto com o refogado e em seguida coloque a farinha até que a mistura assuma a consistência de um pirão.

Obá é a Rainha Poderosa que protege e defende todos os injustiçados. Essa Orixá representa a garra da mulher e a força que ela tem para vencer todas as suas batalhas sem se preocupar se o alvo é homem ou mulher.

O único ponto fraco de Obá é o amor e ela acaba cedendo. Muitas vezes se mostra como submissa, assim como foi no seu relacionamento com Xangô, que fez a Orixá se modificar completamente. Mas essa forma de agir de Obá é entendível e as suas filhas acabam por mostrar atitudes similares visto que são muito mais sensíveis ao amor e acabam se envolvendo demais.

Mesmo que tenham esse ponto fraco, a representação feminina de Obá mostra a força da mulher para enfrentar os maiores obstáculos e a coragem de vencer mesmo enfrentando o mundo!