Erva-Doce: para que serve, como usar, contraindicações e mais!

A planta conhecida popularmente como Erva-Doce também é chamada de anis, por causa do seu nome científico, pimpinella anisum. Essa erva tem sabor e aroma intensos e é muito utilizada em vários países, inclusive no Brasil, especialmente no preparo de chás.

No entanto, a especiaria também está presente em licores, óleos e essências. Além disso, pode ser degustada em saladas e como tempero de diversos pratos. Seu uso é, portanto, gastronômico, mas sobretudo medicinal.

Tem propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e combate flatulências, estufamento e cólicas, sendo também uma aliada contra a gastrite. Outro uso da Erva-Doce é como ativo em cosméticos e perfumaria. Leia o artigo para saber todos os benefícios e como utilizar essa erva tão versátil!

Vamos conhecer mais sobre a Erva-Doce, sua origem e história, assim como quais são seus principais benefícios, características e propriedades. Venha conferir.

O cultivo da Erva-Doce é antigo, remontando ao Mediterrâneo, há cerca de 4 mil anos. Há indícios de que essa planta era utilizada pelos egípcios com diversas funções, desde a medicinal até a gastronômica.

Como tempero, popularizou-se também por todo o Oriente Médio. Era uma planta valorizada na Grécia antiga, e os gregos atribuíam suas origens como presente dos deuses. Os romanos preparavam bolos com Erva-Doce para servir em banquetes de casamento, como um remédio digestivo.

Esse uso é a origem dos bolos de casamento. Com o passar dos séculos, a Erva-Doce foi difundida por toda a Europa. Chegou ao Brasil durante a colonização portuguesa e espanhola nas Américas.

A Erva-Doce é uma planta muito conhecida por trazer diversos benefícios à saúde. Dentre eles, destaca-se a sua atuação contra os distúrbios digestivos, e é principalmente com essa finalidade que ela vem sendo cultivada desde a Antiguidade.

Suas propriedades são analgésicas e anti-inflamatórias, atuando também no alívio de cólicas e inchaço abdominal, além de ser um remédio natural para gases. Pelo seu efeito calmante, a Erva-Doce é uma ajuda contra a insônia.

As folhas da erva contêm antioxidantes, como o kaempferol e a quercetina, que são fundamentais para a imunidade, tornando o seu consumo favorável à manutenção da saúde em geral.

A Erva-Doce é uma hortaliça que cresce até 60 cm de altura, apresentando um caule ereto e liso, com ramificações. Essa é uma planta composta por folhas fendidas, semelhante ao funcho.

Produz pequenos frutos secos de apenas uma semente e germina flores bem pequenas, de cor amarela ou branca. O bulbo da Erva-Doce é esbranquiçado e seu talo é verde-claro, lembrando o do aipo.

Suas folhas têm cor verde brilhante e uma textura suave. Exala aroma intenso, o que a tornou, desde a antiguidade, uma especiaria muito prezada por essa característica, mas também por ter um sabor igualmente marcante, adocicado e ligeiramente amargo.

Rica em potássio, ferro, cálcio, manganês, zinco, cobre, vitaminas A e C, vitaminas do complexo B e fibras, a Erva-Doce é conhecida por ter diversas propriedades que a tornam amplamente benéfica para o consumo humano.

Dentre essas propriedades, destacam-se as anti-inflamatórias, analgésicas, antidispépticas, antifúngicas, antioxidantes, antivirais, espasmolíticas, expectorantes e, ainda, como repelente de insetos.

Com finalidade digestiva, elimina inchaço e gases, combatendo a dor abdominal. Também evita a constipação e é eficiente no alívio da dor de cabeça e de cólicas menstruais. Sua propriedade antifúngica atua contra inflamações na boca e garganta. Como expectorante age contra o catarro e a coriza, aliviando também a tosse.

As propriedades extensivamente benéficas da Erva-Doce a tornam um excelente remédio natural contra diversos problemas, que vão desde distúrbios gástricos a resfriados e até mesmo insônia. A seguir, confira para que serve a Erva-Doce.

Um dos benefícios comprovados da Erva-Doce é a melhora das dores de barriga, como chamamos as cólicas abdominais. Os problemas intestinais podem ser aliviados pelo chá de erva-doce devido às suas propriedades calmantes e anti-inflamatórias.

A Erva-Doce, além de trazer alívio às dores causadas por gases e cãibras, estimula a digestão, regulando os fluídos intestinais, sendo eficaz inclusive contra a diarreia e a disenteria. As propriedades da erva também promovem a melhor absorção de nutrientes, prevenindo desconfortos gástricos.

É também um bom aliado contra o refluxo. O chá de Erva-Doce é uma excelente opção de chá digestivo, isto é, para se tomar sempre que se exagera na alimentação.

O chá de Erva-Doce é utilizado há muitos séculos, em todo o mundo, com a finalidade de reduzir ou aliviar o inchaço abdominal. Suas propriedades analgésicas e calmantes ajudam a eliminar a inflamação e os gases e promovem um bom funcionamento da digestão.

O consumo regular da Erva-Doce, especialmente o chá preparado com essa planta, garante uma digestão mais suave, desacelerando o processo de absorção dos alimentos pelo organismo.

Esse chá pode ser preparado inclusive misturado a outras ervas, de modo a potencializar seus efeitos, de preferência ervas como o boldo e a espinheira santa, que também contribuem para a limpeza do fígado.

O processo digestivo é muito beneficiado pelo consumo regular de Erva-Doce. Para essa finalidade digestiva, dê preferência aos chás, que são ingeridos após as refeições e que promovem efeitos calmantes, além de ação anti-inflamatória e antidispéptica.

A presença de um ácido chamado ácido málico garante que a erva-doce contribua para uma digestão mais saudável, pois essa substância fornece e regula o hidrogênio de maneira ideal para a acidificação estomacal.

O anetol é outra substância contida na Erva-Doce com ação positiva para a digestão, por reduzir os gases intestinais. O anetol, além disso, também tem propriedades antifúngicas e atua para eliminar as bactérias nocivas.

Além das propriedades benéficas para o sistema digestivo como um todo, a Erva-Doce é uma excelente opção fitoterápica para tratar a dor de cabeça.

Por ter efeitos analgésicos muito eficazes, o chá de Erva-Doce é uma ótima opção para aliviar essa dor, especialmente quando ela é do tipo tensional ou quando se origina por abusos alimentares.

Na verdade, o consumo dessa planta auxilia no relaxamento do corpo, de forma geral. Um modo de preparo interessante para quem quer potencializar os efeitos analgésicos da Erva-Doce é misturar, na infusão, a erva com outras plantas analgésicas, como a hortelã, o boldo ou o gengibre.

Dentre as variadas atuações benéficas da Erva-Doce para o organismo, para além do alívio dos sintomas digestivos, destaca-se a ação contra os espasmos musculares. Isso porque essa planta faz parte dos fitoterápicos espasmolíticos.

Assim, sua função em relação aos espasmos é a de suprimir a contração dos músculos, auxiliando no relaxamento, no caso, dos músculos do sistema digestivo.

A contribuição positiva da Erva-Doce para os espasmos musculares se dá especialmente por meio do óleo essencial extraído dessa planta, presente em medicamentos fitoterápicos, por exemplo. O chá de Erva-Doce também ajuda a aliviar esses sintomas devido aos seus efeitos calmantes.

A ação do chá de Erva-Doce demonstra ser positiva para combater as cólicas. Seja em forma de óleo essencial ou preparada como chá, essa planta é comprovadamente um remédio natural para as cólicas causadas pela má digestão, atuando também contra as cólicas menstruais.

A Erva-Doce ajuda na regulação do ciclo menstrual. Além disso, a ingestão do chá ou da essência, quando diluída e em baixa concentração, trata também os sintomas da TPM, devido às suas propriedades ansiolíticas e relaxantes.

No entanto, o óleo de Erva-Doce, assim como a ingestão do chá em excesso, deve ser evitado por gestantes ou pacientes que apresentam miomas ou endometriose.

Inflamações e dores de garganta causadas por alergia podem ser aliviadas com o consumo da Erva-Doce. A planta também apresenta ativos positivos para o tratamento e prevenção de outros problemas bucais, como o mau hálito e a presença de fungos.

Sabe-se que essa planta contém propriedades anti-inflamatórias, bem como antifúngicas, além de ter ação antioxidante, o que a torna uma aliada contra os problemas bucais.

Para o alívio das dores de garganta, o chá de Erva-Doce pode ser bebido ou utilizado para se fazer gargarejos, o que também é positivo para a limpeza da boca em geral, devido às suas propriedades antissépticas.

O combate de resfriados e gripes, de forma geral, encontra um potente aliado natural na Erva-Doce. Essa planta contém diversas substâncias benéficas para o organismo e eficazes em promover a imunidade.

Sintomas como tosse, catarro e coriza são reduzidos pela ingestão do chá de Erva-Doce, que reduz o muco e acalma a sensação de irritação ou dor na garganta. Além disso, a concentração de Vitamina C presente nessa planta auxilia na recuperação e na prevenção desse tipo de doenças.

Para essa finalidade, uma boa maneira de consumir esse chá é preparando-o misturado a outras especiarias, como o cravo, o limão, a canela e o mel.

Conhecida como um calmante natural, a Erva-Doce pode ser consumida com a finalidade de combater a insônia e até mesmo a ansiedade. A presença do ácido fólico na Erva-Doce auxilia no efeito de relaxamento e, por consequência, ajuda na indução do sono.

Com essa finalidade, a recomendação é de que se tome o chá à noite, de preferência puro, isto é, sem açúcar. Tenha o cuidado de não ingerir o chá em grande quantidade, já que ele também oferece ação diurética. Portanto, a ingestão noturna ideal é de uma xícara.

Pessoas que sofrem de distúrbios do sono devem procurar um profissional para receberem as instruções de tratamento mais adequadas.

Existem diversas maneiras de consumir a Erva-Doce. Conheceremos os modos mais tradicionais, como o chá e o óleo essencial, utilizados com finalidade fitoterápica. Além disso, aprenderemos como usar essa erva na culinária e como aromatizante de ambientes. Acompanhe!

O chá de Erva-Doce é uma excelente pedida para diversas ocasiões. Ele pode ser consumido simplesmente para ser saboreado, quando você quer ter um tempo para si mesmo, por exemplo.

O melhor é que a sua ingestão apresenta diversos benefícios para a saúde, trazendo alívio para sintomas intestinais e gástricos variados. Além disso, esse chá tem efeitos calmantes que ajudam a controlar a ansiedade e até mesmo a dormir melhor.

Vamos conhecer, a seguir, os ingredientes ideais para o preparo de uma versão especial do chá de Erva-Doce, assim como as instruções, isto é, o passo a passo de como fazer.

Os ingredientes para o chá de Erva-Doce tradicional podem ser facilmente encontrados em supermercados e lojas de produtos naturais. O chá de Erva-Doce pode ser comprado em sachês, mas é recomendável que seja feito em infusão, com as sementes da planta, a fim de aproveitar melhor seus nutrientes.

Você vai precisar de 2 colheres de chá de sementes de Erva-Doce. Elas podem ser utilizadas inteiras ou maceradas, isto é, esmagadas para a infusão. 480 ml de água filtrada devem ser fervidos, o que é o equivalente a duas xícaras de chá. Se quiser adoçar, adicione uma colher de chá de mel.

Separe os ingredientes, seguindo as medidas sugeridas para a receita. Se optar por macerar as sementes de Erva-Doce, para obter um sabor mais concentrado, esmague a quantidade separada com um pilão.

A água filtrada deve ser levada ao fogo até o ponto de fervura, ou seja, até ver a formação de bolhas na superfície. Coloque então as sementes em um infusor dentro do bule, deixando o conteúdo em repouso por 10 minutos.

Se não tiver um infusor, basta colocar as sementes na água. Agora é só coar o chá e servi-lo como preferir, adoçado com mel ou puro, quente ou frio.

O óleo essencial é extraído da Erva-Doce in natura e é muito utilizado em tratamentos fitoterápicos, especialmente a aromaterapia, podendo ser adquirido industrializado, em preparados vendidos em mercados livres ou em soluções desenvolvidas em farmácias de manipulação.

Além de utilizado com finalidade terapêutica, o Óleo essencial de Erva-Doce também costuma estar presente na composição de pastas de dente, como flavorizante, e em enxaguantes bucais.

Ele também aparece como ativo em produtos cosméticos e de perfumaria. Outra forma de se utilizar o óleo é em massagens, pois ele age com efeito calmante e relaxante para a pele e para os músculos.

A Erva-Doce é uma presença antiga na culinária, sendo utilizada no Egito, no Oriente Médio e no Mediterrâneo há milênios. Seu sabor marcante e aroma intenso garantiram o cultivo com essa finalidade gastronômica.

Com gosto adocicado e levemente amargo, pode ser utiliza no preparo de pratos doces como salgados. Além disso, todas as partes dessa hortaliça podem ser aproveitadas.

O bulbo e os talos, por exemplo, podem ser cortados e grelhados, para compor pratos inventivos. As folhas podem ser utilizadas em saladas e combinam muito bem com marinados. Já as sementes são ótimas opções de temperos e inclusive surgem em receitas de doces e bolos.

Um uso muito interessante da Erva-Doce é como aromatizante de ambientes, seja em difusores para carros ou ambientes domésticos. Essa erva é conhecida há muitos séculos por seu aroma intenso e agradável, adocicado e fresco.

Isso faz com que ela seja utilizada na composição de perfumes, sabonetes e produtos de higienização bucal, por exemplo, mas também está presente nas fórmulas de amaciantes de roupas e diversos produtos de limpeza.

Já o óleo essencial de Erva-Doce, utilizado para a aromaterapia, pode ser incluído em massagens, mas também colocado em trouxinhas dentro do travesseiro e entre as roupas, em gaveteiros e cômodas.

É possível fazer essências naturais de forma caseira, utilizando alguns ingredientes básicos. A essência aromatizadora de Erva-Doce é uma excelente opção, devido a sua fragrância vibrante e levemente adocicada.

Essa é uma boa pedida para aromatizar a sua casa, mas também as roupas. Você vai precisar de 200ml de álcool de cereais, que é o álcool etílico hidratado de cereais como o milho, o arroz e a soja.

Além disso, 50ml de essência de erva doce, 100 ml de água e alguns palitos, como hashis descartáveis de comida japonesa ou palitos de churrasquinho. Por fim, você precisará de um frasco com tampa.

Para preparar o seu próprio aromatizador de Erva-Doce, basta seguir as seguintes instruções. Comece adicionando em um frasco a água, o álcool etílico hidratado de cereais e a essência de erva doce, nas medidas recomendadas.

Misture os ingredientes e, a seguir, sele o frasco com a tampa. A solução precisa ficar em repouso durante três dias, disposta em algum lugar onde não haja incidência de luz.

O último passo é cortar a ponta de três ou quatro palitos. Retire a tampa do frasco e coloque os palitos mergulhados na essência. Dessa forma, as varetas irão conduzir o aroma para todo o ambiente.

Conheceremos, a seguir, outras informações relevantes sobre a Erva-Doce. Assim, ficaremos por dentro da frequência com que ela pode ser consumida, os possíveis efeitos colaterais e as suas contraindicações. Confira!

O óleo essencial de Erva-Doce, quando indicado no frasco que é apropriado para ingestão, deve ser consumido em até 5 gotas diárias, já que em excesso pode trazer problemas para a saúde, como hipersensibilidade na pele, no trato respiratório e também no digestivo.

Quanto ao chá, a quantidade máxima por dia que os especialistas recomendam é de até 3 xícaras. Portanto, lembre-se de consumir a Erva-Doce moderadamente, isto é, não ultrapassando a quantidade indicada.

Preparada in natura, como tempero nos alimentos ou como salada, pode ser consumida crua ou cozida, e não há grande restrição quanto ao consumo do bulbo e dos talos, desde que não haja exageros.

Apesar de ser uma planta que traz inúmeros benefícios à saúde, é preciso conhecer os possíveis efeitos colaterais da Erva-Doce antes de adicioná-la ao seu consumo diário, seja na preparação de alimentos, seja em chás ou, ainda, como óleo utilizado na pele.

Não existem inúmeros efeitos adversos, porém ela pode ser nociva para algumas pessoas, como grávidas, lactantes e crianças menores de doze anos.

Essa erva, quando consumida em excesso, pode causar náuseas, vômitos e alergias, e a hipersensibilidade, nesses casos, pode atingir o sistema respiratório, cutâneo e digestivo, causando até mesmo congestão e paralisia muscular em pessoas com sensibilidade.

A Erva-Doce não possui muitas contraindicações. Porém, há algumas pessoas que não devem consumi-la, seja como chá, essência ou alimento. As grávidas devem evitar a Erva-Doce durante a gestação e durante a lactação, a menos que seu obstetra considere o uso como seguro.

Mulheres em tratamento contra o câncer de mama não podem consumir a Erva-Doce porque ela interfere na produção de estrogênio. Além disso, pessoas que precisam de suplementação de ferro também devem evitar a ingestão dessa erva, que contém substâncias que interferem na sua absorção.

As pessoas que têm doenças crônicas e tomam medicamento regularmente, recomenda-se consultar com seu médico sobre as possíveis interações.

A Erva-Doce é uma planta benéfica e versátil, sendo cultivada desde a Antiguidade. Sua semente foi popularizada como especiaria, devido ao sabor rico e aroma agradável. A Erva-Doce também pode ser consumida in natura, como alimento.

Dessa maneira, utiliza-se seu bulbo, talos e folhas no preparo de saladas e outros pratos, e a semente é presença constante em doces, como bolos.

Suas propriedades e nutrientes oferecem prevenção e alívio a uma série de distúrbios, principalmente os gastrointestinais, mas a planta também é uma valiosa aliada contra gripes e resfriados, por aumentar a imunidade.

Lembrando que a Erva-Doce é um item relevante para a adoção de hábitos mais saudáveis, presente também na aromaterapia, mas não é um remédio eficaz para tratar problemas mais sérios.