Ervas de Oxóssi: Conheça seus significados e usos ritualísticos!

Oxóssi é um orixá conhecido por ser o protetor e guardião da flora e da fauna. Seus poderes vêm das folhas e ervas sagradas e seu conhecimento está ligado diretamente à natureza. Oxóssi também é conhecido como caçador e suas principais ferramentas são o arco e a flecha.

Nos rituais, as folhas e ervas são amplamente utilizadas, seja em banhos ou seja na defumação. Também são responsáveis por afastar as energias negativas, purificar corpo e espírito e trazer proteção.

As folhas e ervas de Oxóssi são usadas principalmente para descarrego, cura e equilíbrio. Neste artigo, você ficará sabendo tudo sobre esse orixá, suas ervas e folhas sagradas e como usá-las em seu benefício. Continue lendo!

Na Umbanda, por exemplo, o uso das ervas e folhas dos Orixás é uma prática que remonta ao início dos tempos. Por isso, é importante saber quem é o santo e o que fazer numa hora de necessidade. A seguir, todos os detalhes de como usar as ervas e folhas de Oxóssi em seu benefício. Confira!

Reverenciado de norte a sul do Brasil, Oxóssi é o Senhor das Matas. Na Umbanda, o Orixá é filho de Oxalá e Iemanjá. Reza a lenda que Oxóssi foi irmão de Ogum e aprendiz de Ossain. Em outro Itã, Oxóssi teria sido o primeiro marido de Iemanjá. Mas também há quem diga que esse Orixá chegou a se vestir de mulher para namorar Oxum, escondido de Oxalá.

De qualquer forma, em todas as variações das religiões de matriz africana, Oxóssi é reverenciado e reconhecido por seus poderes mágicos. Aliás, vale lembrar que Oxóssi, em Iorubá, é derivado de Osowusi, que significa “o guardião noturno e popular”, “caçador ou guardião popular”.

Todo mundo sabe que sincretismo religioso é a mistura de duas ou mais crenças, que acabam se convertendo numa doutrina. Exemplo disso foi a colonização do Brasil, quando o catolicismo foi “misturado” a algumas crenças indígenas.

O mesmo ocorreu durante o período da escravidão. Na Umbanda, religião tipicamente brasileira, Oxóssi é São Sebastião, protetor da humanidade contra as guerras, a fome e as doenças. Seu dia é 20 de janeiro.

No entanto, também devido ao sincretismo, em Pernambuco, Oxóssi é o Arcanjo Miguel. Na Bahia, é São Jorge. Especialmente em Salvador, no dia de Corpus Christi, é realizada, anualmente, a Missa de Oxóssi que tem participação das ialorixás da Casa Branca do Engenho Velho.

As religiões Afro-brasileiras têm como fundamento o uso dos quatro elementos que são: água, terra, fogo e ar. No entanto, a potencialização destes elementos nos rituais da Umbanda, por exemplo, é feita através das folhas e ervas de cada Orixá.

A explicação é que, na Umbanda, o sumo dos caules, flores, frutos e folhas é considerado o “sangue” verde sagrado. O sangue verde, para os umbandistas, é o elemento de ligação com o astral, condutor da vibração do orixá, na consagração de cabeça, objetos, guias e assentamentos.

Seja para banhos de proteção, descarrego e atração ou para defumar os ambientes antes e durante os rituais, as ervas mais usadas na Umbanda são a alfazema, o alecrim, a guiné e a arruda. Esse cardápio também é composto por benjoim, anis-estrelado, levante e cipó caboclo.

Na verdade, mais de 100 qualidades de ervas e folhas diferentes fazem parte dos rituais nas religiões afro-brasileiras. Mas a escolha das ervas e folhas certas vai depender do objetivo do trabalho ou da entidade que está no mundo.

Por exemplo, em uma sessão de preto velho, é muito comum a arruda, o manjericão, a guiné e a espada de São Jorge, que descarregam, limpam o ambiente e trazem proteção.

Conforme os fundamentos da Umbanda, as ervas podem ser classificadas em frias (de uso específico e trazem energia para um determinado campo magnético); mornas (que atuam no equilíbrio das energias, regenerando nosso campo astral e nossa aura) e quentes (que têm um alto poder energético de limpeza e descarrego).

As ervas frias também são divididas em energéticas, calmantes e de atração e não têm contraindicação. As ervas mornas ou equilibradoras, assim como as frias, podem ser usadas sem contraindicações e amenizam os impactos das ervas quentes, que são as mais agressivas e precisam ser usadas com cuidado.

Oxóssi prefere que suas oferendas sejam entregues em matas ou bosque. Mas nunca coloque seus presentes a este Orixá em um terreno baldio. Você pode ofertar a Oxóssi seu adimu (comida) e velas nas cores verde ou branca.

As bebidas de Oxóssi são o vinho doce e a cerveja. Para fazer o adimu você vai precisar de um alguidar médio, 7 espigas de milho, azeite de dendê, gordura de coco, pó de peixe defumado e melado de cana.

Asse as sete espigas de milho já limpas num braseiro e regue-as ainda quentes, uma a uma com azeite de dendê, gordura de coco, melado de cana e pó de peixe defumado. Arrume as espigas com as pontas mais finas para cima no alguidar já forrado com a palha do milho. Regue tudo com vinho doce (branco). Enquanto prepara o adimu, recite o seguinte:

Por ser o protetor das matas e florestas, Oxóssi tem uma relação bastante próxima com o Orixá Ossain, que detém o segredo das folhas e ervas sagradas. Até porque Ossain foi mentor de Oxóssi no que tange ao uso das plantas.

E cada folha, cada erva, cada mistura tem um objetivo determinado. Na sequência, tudo sobre as principais folhas e ervas de Oxóssi e seus usos. Continue lendo!

Acácia é o nome popular de um conjunto de arbustos com flor, característicos do nordeste brasileiro. Na Umbanda, a acácia utilizada é a Acácia-Jurema, uma planta com propriedades psicoativas.

Também conhecida como jurema preta, a erva serve, no ritual de Oxóssi, para banhos de proteção contra pesadelos e proteção do sono. Na classificação como jurema-branca, pode ser utilizada em chás, incensos e fumos sagrados.

Oxóssi, regente da lavoura e agricultura, tem no alecrim uma das suas maiores fontes de poder. Isso porque essa erva possui propriedades não só de limpeza e proteção, como também atrai a boa sorte, a prosperidade e a paz interior.

Na linha de Oxóssi, o alecrim é usado para compor a mistura de ervas que servem como defumadoras e de limpeza em ambientes, principalmente antes de qualquer ritual. Aliás, na Umbanda, não se inicia um ritual sem uma boa defumação.

A alfavaca é uma antiga conhecida das curandeiras por seus poderes expectorantes e anti-inflamatórios. Essa erva tem sido também largamente utilizada nos rituais da Umbanda, principalmente em banhos de descarrego e nos abôs dos filhos de Oxóssi.

A alfavaca é indicada para abertura de caminhos e atração de boas energias. Se usada seca na defumação, ajuda a eliminar as larvas espirituais e afasta os maus espíritos. Na linha de Oxóssi, a alfavaca ocupa um lugar de destaque, visto que o uso dessa erva em banhos, por exemplo, aproxima os filhos do Orixá aos poderes da natureza.

Conhecida como a “esponja” do Universo, a arruda é muito utilizada na remoção e afastamento de energias negativas. Considerada uma erva quente, suas propriedades espirituais poderosas são capazes de afugentar maus pensamentos.

Nos rituais dedicados a Oxóssi, a arruda é geralmente utilizada fresca e em ramos, que servem como instrumentos nos benzimentos e nos passes. Mas lembre-se: se o ritual é dedicado a Oxóssi, a arruda deve ser fêmea.

O cabelo-de-milho ou barba de milho pode ser utilizado em banhos de proteção e prosperidade nos rituais de Oxóssi. Isso porque o cabelo-de-milho contém, entre outras, propriedades de atração de riqueza e abundância.

Essa erva também é usada em trabalhos para a fartura oferecidos ao Orixá. No caso de oferendas, o cabelo-de-milho deve ser utilizado in natura.

Originária do sertão nordestino, a caiçara está incluída entre as folhas e ervas de Oxóssi. Apesar de ser uma planta comum na região, o manuseio da erva na Umbanda precisa ser cuidadoso.

Isso porque o banho de caiçara é muito utilizado para melhorar o desempenho sexual, afastar a inveja e proteger contra fluidos negativos. A erva também pode ser ofertada como ingrediente, no adimu do Orixá.

No Reino de Oxóssi também encontraremos a capeba ou pariparoba. Essa erva reúne poderes de purificação da aura, limpeza do campo energético e clareza da mente. Nos rituais de Oxóssi, a capeba é a erva utilizada na iniciação de médiuns.

Ela também pode ser incluída em oferendas para o Orixá. Nesse caso, a erva serve como forração do alguidar, onde será colocado o adimu. O sumo da capeba macerada é usado, na Umbanda, para preparação das imagens para a obrigação.

O capim-limão é indicado como tranquilizante espiritual na linha de Oxóssi. Devido às propriedades místicas relaxantes, a erva é empregada em banhos, incensos, defumadores e até em chás.

Os ramos frescos do capim-limão, uma das favoritas de Oxóssi, também podem ser utilizados para “cruzar” os ambientes. Dessa forma, a erva atua no equilíbrio das energias, ao mesmo tempo em que expulsa a negatividade. Vale lembrar que os ramos frescos de capim-limão devem ser colhidos antes do anoitecer.

Carapiá ou contra-erva é originária da região da Mata Atlântida, Caatinga e Cerrado. Apesar de estar ameaçada de extinção, a raiz continua sendo amplamente utilizada pelos povos das matas, caboclos, indígenas, sertanejos e quilombolas.

Na Umbanda, o carapiá é utilizado em banhos, defumações e na preparação de rituais na vibração de Oxóssi. Entre os amantes do xamanismo, a raiz é utilizada como purificador da mente.

Nos banhos, atua como relaxante e na limpeza da aura. Como é uma erva morna, deve ser equilibrada com uma erva fria, dependendo da necessidade da situação. No entanto, não deve ser utilizada por mulheres grávidas, pois possui propriedades abortivas.

Para quem precisa encontrar um propósito na vida, precisa de firmeza para decidir e quer encontrar a direção certa com segurança, nada melhor que um banho de cipó-caboclo. Principalmente se for tomado após as 18 horas de uma quinta-feira, dia de Oxóssi.

O cipó-caboclo está classificado como erva morna e, se for o caso, pode ser “equilibrado” como uma ou mais ervas frias. As ervas mornas são geralmente utilizadas para um determinado fim. Portanto, seja objetiva.

Conforme os ritos do Candomblé, a erva-de-passarinho é a décima segunda erva que completa o ato renovatório anual das obrigações aos orixás. É muito aplicada nos abôs e obrigações dos babalorixás e yalorixás, principalmente aqueles filhos de Oxóssi.

Vale lembrar que essa erva milenar se encontra presente em todos os lugares do planeta, está associada a algumas culturas, principalmente na Europa. A planta é até hoje utilizada nas festividades de Natal.

Erva quente e poderosa, o eucalipto é utilizado na Umbanda para limpeza e desinfecção astral. Nos rituais, é costume forrar a cama de cura com folhas desta planta. Também é comum o uso do eucalipto em passes energéticos. O eucalipto é uma das principais ervas de Oxóssi em função dos seus poderes mágicos.

A planta, usada em defumações, banhos e na maceração de ervas de obrigações, consegue atuar positivamente nos campos energético e magnético mais densos, ou seja, problemas mais antigos como magias que podem ter ativado portais negativos. O eucalipto é, inclusive, capaz de fechar estes portais.

As folhas e as cascas da goiabeira vêm sendo utilizadas há muito pelos indígenas brasileiros para a cura e prevenção de doenças. Considerada uma erva morna na Umbanda, a goiabeira está presente em praticamente todos os rituais, principalmente aqueles ofertados a Oxóssi.

Na cultura das religiões afro-brasileiras, as folhas e as cascas da goiabeira são usadas em banhos, sacudimento, bate-folhas, lavagem de contas e guias, oferendas, ebós e obrigações de cabeça.

Considerado uma erva fria e calmante, o guaco é muito utilizado para tratar os organismos espirituais e seu sistema nervoso. Também é usado para tranquilizar o espírito e possibilitar o amadurecimento e a remoção das percepções da mente que não foram totalmente assimiladas, o que pode trazer perturbações.

O guaco é um ingrediente importante nos banhos de descarrego, defumações e ainda na maceração de ervas. Na linha de Oxóssi, é indicado pelas entidades para o tratamento de problemas respiratórios e pode ser ingerido como chá ou xarope. Também pode ser utilizado em emplastros e infusões.

A guiné é uma das plantas mais poderosas quando se trata de eliminar a negatividade. É muito utilizada em banhos energéticos e de descarrego, amacis, defumações, cruzamento de guias e imagens, além de ser amplamente inserida na maceração de ervas para os rituais de Oxóssi.

Quente e agressiva, a erva tem o poder de anular; cortar; dissolver; eliminar; limpar e quebrar os acúmulos energéticos negativos que envolvem camadas energéticas densas. Tem ainda o poder de transmutar as energias e é considerada núcleo de forças energéticas vigorosas. A guiné também ajuda a quebrar pensamentos com baixa vibração e ajuda na comunicação com os bons espíritos.

Apesar de largamente utilizada nos rituais de Umbanda, o guiné-caboclo ou amansa-senhor deve ser manuseado com cuidado. Por ser uma planta quente e agressiva, se usado por tempo prolongado em banhos ou chá, pode causar intoxicação.

A erva do banimento, como também é conhecida, tem o poder de limpar profundamente o campo energético, expulsando obsessores. É aconselhável “quebrar” um pouco dos efeitos desta erva, acrescentando outras folhas de ervas mornas ou frias.

Assim como a guiné e o guiné-caboclo, a jurema é uma planta quente e agressiva. Nos banhos energéticos e de descarrego, ela é essencial, em função de suas propriedades místicas de eliminar os acúmulos energéticos negativos.

Além disso, a essa erva é ótima para afastar entidades maléficas e fortalecer os mestres. Sua flor, cascas e folhas são ingredientes essenciais nos rituais de purificação. Oxóssi usa essa planta para ativar seus poderes de cura, principalmente para doenças sexualmente transmissíveis.

Também conhecida como alfazema-de-caboclo, a jureminha é uma erva utilizadas em banhos de purificação e limpeza. Nos rituais de Umbanda dedicados a Oxóssi, ela é fundamental na preparação e lavagem de guias, imagens e todos os outros objetos necessários para a iniciação.

A erva também é utilizada para os rituais de cabeça, amacis, defumação pessoal ou de ambientes. Também está incluída nos abôs, que em iorubá significa banho de ervas para purificação e limpeza. No Candomblé, a jureminha é considerada uma dádiva, pois sem ela nenhum ritual se inicia.

Louro ou guacaraiba é a erva da prosperidade. É um catalisador natural de energia material, do desejo de progresso e crescimento. Na Umbanda, o louro é amplamente utilizado nos rituais para atração de bens materiais.

Considerada uma erva fria e específica masculina, o louro pode ser utilizado em banhos, incensos, defumações, chás, infusões, pó ou óleo. Seus poderes se concentram no desenvolvimento e fortalecimento da mediunidade, bem como na limpeza e descarrego.

A malva-do-campo é uma planta característica pelo cheiro quase celestial emanado por suas flores e folhas. Por isso, essa erva é muito usada nos rituais de Oxóssi como instrumento para elevar a vibração dos médiuns pelo olfato, canalizando energias de afeto, suavidade e frescor.

Por suas propriedades harmonizantes, a malva é considerada uma erva feminina, que estimula a espiritualidade e o equilíbrio emocional. Pode ser utilizada em defumações e banhos, além de amacis e no preparo dos itens dos rituais.

A malva-rosa tem sido utilizada por diversas civilizações por suas propriedades “anti-inflamatórias” espirituais. Quer seja em amacis para lavagem de cabeça e contas, quer seja nos banhos, esta erva tem o poder de equilibrar e harmonizar o campo energético, trazendo tranquilidade ao espírito.

Para Oxóssi, a malva-rosa é uma fonte de energia que auxilia na canalização de energias do equilíbrio ancestral, por promover a paz e o acolhimento. Por isso, na linha de Oxóssi, é usada para tratar espíritos sofredores.

Tanto o manjericão quanto o manjericão-roxo são bastante famosos entre os adeptos das religiões de matriz africana. Principalmente para aqueles terreiros, barracões liderados por filhos de Oxóssi.

O manjericão é uma erva morna e equilibradora, amplamente utilizada em chás indicados pelas entidades para o tratamento de doenças do aparelho digestivo. A erva também é utilizada em banhos de limpeza, descarrego e de relaxamento. Suas propriedades facilitam o acesso ao mundo astral e aumentam a vibração positiva.

No Candomblé, o peregum é tido como a erva ancestral, a mais antiga utilizada nos rituais aos orixás e significa chamar (invocar) espíritos. O peregum é ingrediente fundamental nos rituais para proteção contra os opositores astrais e harmonização espiritual.

A planta pode ser cultivada em torno da casa de Oxóssi, para trazer proteção. Em outros rituais, as folhas de peregum são usadas em bate-folhas, defumação e casamentos. O peregum é usado também na imantação de objetos e ferramentas do orixá.

Desde o início dos tempos, o sabugueiro é reconhecido como a planta ligada ao sagrado feminino. Reza a lenda que em cada árvore da planta vivia uma curandeira que havia sido queimada como bruxa. Na Umbanda, a planta está diretamente relacionada a Oxóssi.

Suas propriedades místicas são de limpeza de ambientes e auras. O sabugueiro é uma erva energética para o corpo e para a alma e fortalece as energias positivas. As flores e folhas são largamente utilizadas em amacis e seus frutos são ingredientes da oferenda a Oxóssi.

O salgueiro vem sendo utilizado ao longo dos séculos em rituais de magia e feitiçaria para a cura dos males do corpo e do espírito. Reza a lenda que, antigamente, as bruxas viviam ao pé dos salgueiros, pois a planta teria as propriedades da imortalidade e da longevidade.

O salgueiro não costuma ser utilizado no Candomblé. Mas na Umbanda é muito usado em banhos, chás, amuletos e trabalhos diversos. Esta erva de Oxóssi, se misturada a outras ervas, como o capim caboclo, é excelente em banhos para a prosperidade.

Ligada diretamente a Oxóssi, a samambaia é um dos mais importantes ingredientes nos rituais de benzimento e passes. A samambaia também é largamente utilizada nos rituais de iniciação e desenvolvimento da mediunidade.

Como defumador, a samambaia tem poder de banimento e expulsão de espíritos obsessores, purifica os ambientes e atrai prosperidade. É uma erva expansora da mediunidade e amplia o campo energético e a intuição, aumenta a concentração, favorecendo a compreensão energética do ambiente.

São-Gonçalinho é uma erva quente, indicada para atrair pessoas ou bens materiais, trazer a sorte e limpar a inveja. Nas festas de Candomblé é comum ver as folhas da planta espalhadas pelo chão do terreiro, assim como debaixo da cama de palha do filho de santo em obrigação para repelir a negatividade.

Na Umbanda, faz parte dos rituais de iniciação, banhos purificadores, sacralização dos objetos dos orixás e sacudimentos. A erva é ainda utilizada como “vestimenta” para o orixá Oxóssi. Mas atenção. A erva de São-Gonçalinho NÃO pode ser queimada, pois, atrai má sorte.

A taioba é uma das poucas ervas de orixás que não é utilizada nos banhos de cabeça. No entanto, é um dos ingredientes mais importantes nas comidas sagradas dos santos e muito utilizada nos ebós (oferendas).

O banho de taioba, por sua vez, é considerado um dos mais poderosos para o descarrego e a busca por proteção. O banho de assento com taioba costuma ser indicado pelas entidades para trata infecções nos sistemas urinário e reprodutivo.

Ao longo deste artigo, apresentamos 28 ervas diferentes usadas na vibração de Oxóssi. Também falamos sobre os usos e indicações de cada uma delas. Como vimos, as plantas de Oxóssi, quer sejam utilizadas em banhos de descarrego e proteção, quer sejam para iniciação e desenvolvimento mediúnico, são essenciais em diversos rituais.

Nos incensos e defumações, as plantas de Oxóssi são muito poderosas contra as energias negativas, larvas espirituais, espíritos obsessores e banimento. Muitas delas podem ser utilizadas para a cura espiritual, mental e física.

Então, quando for fazer sua oferenda a Oxóssi agradecendo a realização de seu pedido, ou uma homenagem ao orixá para que ele atenda seu desejo, não se esqueça de fazer esta oração.