O que é Salve Iemanjá?
A maioria das religiões possuem entidades a serem saudadas e adoradas, não seria diferente com as religiões de matriz africana. A expressão “Salve Iemanjá”, ou “Salve Yemanjá” é uma saudação à Orixá das águas do mar, protetora das águas, dos peixes e mãe dos destinos dos bebês, Iemanjá.
Essa saudação permanece viva nas religiões de matrizes africanas. Por ser uma Orixá, o reconhecimento de sua origem não é brasileiro e as variações linguísticas para saudar essa entidade são muitas, como: Odoyá, Odocyabá Minha Mãe, Odofiába, Alodê, Salve a Senhora dos Mares, Inaê minha mãe, Sereia de Olorum e tantos outros. Continue a leitura para conhecer sobre sua história e orações.
Conhecendo Iemanjá
Conheça a seguir um pouco mais sobre a Orixá Iemanjá, quais as lendas e itans que fazem parte de sua cultura, as oferendas e seus dias de homenagem. Acompanhe.
■Quem é Iemanjá
Iemanjá, Yemonjá na Nigéria, Yemayá em Cuba, Dona Janaína, Princesa de Aiocá, Inaê, Deusa das Pérolas e outros tantos nomes são relacionados à mãe das águas do mar.
Iemanjá é a orixá dos Egbás, um subgrupo iorubá da Nigéria, que habitava a região do Rio Yemonjá. É associada a desembocaduras dos rios, fertilidade e maternidade, sendo uma orixá feminina respeitada por todos os filhos, além de ser muito querida no Brasil.
Além disso, Iemanjá é a mãe de muitos orixás e possui poderes de fecundidade, lembrada como a rainha dos mares, das regiões litorâneas de água salgada, dos peixes e protetora dos pescadores e marujos.
O seu nome deriva da expressão YéYé Omó Ejá, que significa mãe cujos filhos são os peixes. Na Umbanda, é considerada a orixá de todas as cabeças humanas e padroeira dos náufragos - dona do coração de todos que morreram em suas águas.
Sendo assim, Iemanjá é a mãe de todos, ela sustenta o poder da humanidade e os órgãos relacionados à maternidade - próxima a Oxum - ou seja, seios e vulva. Ela é representada por uma mulher branca de cabelos negros que segura um espelho em uma das mãos.
■Origem de Iemanjá
Como dito antes, sabe-se que o culto a essa orixá nasceu na Nigéria. Adorada pelos Egbás, nação da região onde se encontra o rio de mesmo nome. O culto de Iemanjá foi trazido para o Brasil pelos povos de origem iorubá, em fins do século XVIII até quase metade do século XIX.
E para ofertar e realizar pedidos à entidade, a nação da região de Ifé levava objetos que seriam sagrados para ela até o Rio Ogum, tendo em vista que esse desembocava no mar. Apesar de no Brasil, a entidade ser cultuada em águas salgadas, a sua origem é de um rio de água doce que corre em direção ao mar.
Assim, todas as cantigas e saudações remetem a essa origem, Odó Iyà por exemplo, significando a Mãe do Rio. A saudação conhecida Erù Iyà faz referência às espumas que os encontros das águas doces e salgadas fazem em formas de pequenas ondinhas espumosas, sendo este um dos locais de culto a adoração da entidade.
■Iemanjá no Brasil
No Brasil, a orixá é muito popular entre os seguidores das religiões de matriz africana, mas de maneira indireta, alguns rituais são oferecidos à essa entidade. No Brasil, é associada aos mares, às águas salgadas, areia do mar, e não aos rios, como nos países africanos.
É comum o brasileiro, de forma geral, cultuar a entidade em cantorias e homenagens. Em 2008, por exemplo, a festa anual de Iemanjá, que ocorre sempre dia 2 de fevereiro, na Bahia, coincidiu com o carnaval, então alguns trios elétricos homenagearam a orixá e até foram desviados de seu percurso normal para que as duas festas pudessem acontecer ao mesmo tempo.
■Elemento água
Como Iemanjá é considerada a energia dos mares salgados ou dos rios que correm em direção ao mar, há associação da orixá feminina com o elemento água. É importante ressaltar a importância que essa entidade tem para os seguidores das religiões que a cultuam.
A água é utilizada de maneira intensa nos rituais das religiões africanas, pois ela aparece na significação da calma, da limpeza e da transparência.
■Cor
A Deusa dos mares é representada pelo azul claro, azul bebê e o branco cristal. Os fiéis das religiões de matriz africana costumam rezar e cantar na presença de muitos ornamentos, roupas coloridas, correntes de miçanga e velas.
■Dia da semana
O dia da semana separado para saudação de Iemanjá é o sábado. Ela divide esse dia com as outras iabás, Oxum, Iansã e Nanã. Dessa forma, nesse dia, os fiéis costumam rezar, acender velas, levar flores às águas do mar e usar roupas das cores azul e branco.
Salve Iemanjá
Como já compartilhado, salve Iemanjá ou saravá Iemanjá nada mais é do que uma saudação. Conheça sobre os dias especiais dessa orixá, e o que fazer quando precisar homenageá-la.
■Data de Salve Iemanjá
Na maioria das casas de religião de matriz africana, comemora-se o dia de reverenciar Iemanjá em 02 de fevereiro, tendo em vista que essa data é comemorada entre os católicos do dia de Nossa Senhora dos Navegantes, e como Iemanjá é sincretizada a essa santa, os dias são os mesmos.
Há casas de Umbanda que comemoram o dia de Iemanjá em 8 de Dezembro. Nesse dia, muitas pessoas vão à praia - principalmente para a Praia Grande, em São Paulo, onde há uma estátua representando Iemanjá, para saudar e homenagear à orixá.
■Sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes
O sincretismo religioso consiste na união de diferentes doutrinas religiosas para a formação de uma nova filosofia. Logo, Iemanjá costuma ser referenciada à Nossa Senhora dos Navegantes.
O culto a essa santa ficou forte no século XV, após as cruzadas, período das grandes navegações europeias. Assim, N. S. dos Navegantes é a santa católica dos marujos e trabalhadores dos mares, assim como Iemanjá nas religiões de matriz africana.
Ocorre que a orixá nem sempre pôde ser cultuada livremente no Brasil, e no período de escravidão foi representada por essa santa católica.
■Salve Iemanjá pelo Brasil
Alguns rituais oferecidos, como pular as 7 ondinhas no réveillon, estão presentes em outros seguimentos religiosos. No dia 2 de fevereiro ocorrem festas pelo Brasil inteiro para homenagear a entidade, principalmente em regiões litorâneas e de forte influência da religião, como é o caso de Salvador e do Rio de Janeiro.
A celebração envolve milhares de pessoas, todos de branco em procissão, até chegar aos santuários da entidade - que, na maioria das vezes, são as areias das praias. As oferendas costumam ser variadas, as mais comuns são espelhos, perfumes, rosas brancas ou champanhe, bijuterias e outros agrados.
■Oferendas do dia de Salve Iemanjá
Dizem os estudiosos das religiões africanas que a Iabá (orixá feminina) Iemanjá é muito vaidosa e conhecedora dos caminhos da sedução, então todos querem agradá-la para garantir harmonia, fartura e felicidade nos lares.
As oferendas são entregues na beira do mar ou na areia da praia. Antigamente, os fiéis levavam barquinhos de madeira recheados de presentes, como sabonetes, espelhos, perfumes, rosas e velas. Esses presentes chegavam às praias e acabavam virando brinquedos para os filhos dos pescadores, povo protegido de Iemanjá.
Com o tempo e o conhecimento desse ritual, criou-se o costume de entregar barquinhos de isopor, mas que por questões ecológicas, não são bem vistos em relação ao compromisso ambiental que possui os protetores das regiões litorâneas.
Então, os presentes para Iemanjá precisam possuir a menor quantidade de lixo possível. Eles podem ser compostos de flores, velas azuis ou brancas, perfume e champanhe sem embalagens, pois os fiéis acreditam que o grande presente para a entidade é a oração, a firmeza dos cantos e dos pontos e a adoração verdadeira.
Itans de Iemanjá
Os itans são lendas sobre os orixás quando estavam na terra. A seguir, acompanhe alguns muito importantes da orixá Iemanjá.
■O que é itan?
Pode ser considerado Itans as histórias sobre o cotidiano, os feitos, os amores, as guerras e lendas sobre a vida dos orixás aqui na terra, no mundo material. Sempre possuem uma moral definida no final da história e procura ensinar lições a quem está ouvindo.
Essas histórias são contadas de geração em geração, principalmente em casas de candomblé. São espalhadas para orientar e mostrar caminhos.
Sendo assim, existem dois tipos de Itan, o “itan ifá” que são lendas que explicam as energias mais obscuras, as necessidades de cultuar mais o orixá dentro da vida do fiel, e prescrever os banhos de ervas, de santos e até procedimentos dentro do Candomblé. Também existe o “Itan Abdoso” que contempla a mitologia folclórica e cultural do povo Iorubá e os orixás.
■Itan Iemanjá, mãe de todas as cabeças
Olodumaré, o criador, fez o mundo e repartiu entre os orixás vários poderes importantes, e cada orixá ficou com um reino para cuidar, e deveria cuidar bem. A Exú deu o poder da mensagem, da comunicação, da passagem entre os mundos, e a posse das encruzilhadas.
Para Obaluaê, deu o poder de controlar a saúde e as doenças dos filhos, a Oxóssi deu o poder da caça e da fartura. Para Iemanjá, o criador destinou todos os cuidados da casa de Oxalá, também destinou a criação de todos os filhos e afazeres domésticos.
Iemanjá não gostou de sua condição, afinal, todos os outros orixás recebiam oferendas e homenagens, menos ela. Durante muito tempo, Iemanjá reclamava de sua situação, até que tanto falou e provocou os ouvidos de Oxalá, que ele enlouqueceu. O ori (cabeça) de Oxalá não aguentou as reclamações da mãe d’água.
Oxalá ficou enfermo, Iemanjá deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias curou Oxalá, que agradecido, pediu ao todo criador que deixasse Iemanjá cuidar de todas as cabeças, e assim é a história de como Iemanjá possui essa alcunha.
Como a maioria das lendas possui mais de um Ifan, há mais de uma explicação iorubá do motivo pelo qual Iemanjá é chamada de mãe de todas as cabeças. Em um certo dia, todos os orixás deveriam atender ao chamado de Olodumaré, o criador, para uma reunião muito importante no Órun.
Porém, Iemanjá estava em sua casa, matando um carneiro para comer, quando Exu, o mensageiro, chega para avisá-la do encontro. Muito apressada e com medo de atrasar para o encontro, e sem ter nada para levar de lembrança ao criador, Iemanjá carregou consigo a cabeça do carneiro que havia matado.
Olodumaré, ao ver que somente Iemanjá trazia-lhe um presente, o grande criador declarou:
“Awoyó Ori dori re”.
“Cabeça trazes, cabeça serás”.
Sendo assim, a partir desse momento, Iemanjá passa a ser dona de todas as cabeças.
■Itan Iemanjá e Obaluaê
Um dos Itans conta que Oxalá era casado com a Iabá Iemanjá, mas foi embebedado por Nanã, a Iabá mais antiga de todas, e apaixonada por Oxalá. Ela aproveitou desse episódio para deitar-se com Oxalá, e dessa união nasceu Obaluaê.
Nanã, como era perfeccionista e amante da beleza que abomina tudo que é feio, foi surpreendida ao dar a luz a um filho coberto de doenças e chagas. Conta-se que Nanã deixou o pequeno Obaluaê na beira do mar para que ele morresse.
Quando Iemanjá escutou o choro do bebê, aproximou-se da beira do mar e então viu aquele pequenino coberto de chagas, quando passou a cuidar dele. Desde então, Iemanjá foi considerada a mãe de Obaluaê por cuidar de suas feridas.
Uma das variações desse Itan, conta que o filho de Nanã e de Oxalá nasceu com doenças na pele que cheiram muito mal e causavam medo aos outros. Nanã tinha medo da varíola, já que esta matou muita gente, então Nanã abandonou o bebe à beira do mar.
Então, Iemanjá encontra o bebê na areia, e reconhecendo como filho de Nanã, passou a cuidar dele como se fosse seu. O tempo passou e a criança se tornou um grande caçador e guerreiro, usava roupas de palha para esconder seu corpo que brilhava feito luz do sol.
Um dia, Yemanjá chamou Nanã e apresentou-a a seu filho Obaluaê, dizendo: Obaluaê, meu filho, receba Nanã sua mãe de sangue. Nanã, este é Obaluaê, nosso filho. E assim Nanã foi perdoada por Obaluaê, que passou a conviver com suas duas mães.
■Itan Iemanjá e a criação de um rio que corre para o mar
O itan da criação de um rio que corre para o mar é muito interessante, pois mostra um pouco da personalidade altiva, corajosa, apaixonada, obstinada, produtiva, inflexível, adaptativa, protetora e, às vezes, arrogante de Iemanjá. A relação de Iemanjá com os homens nas lendas é a de distância física.
Conta esse Itan que quando Obatalá e Odudua se casaram, tiveram dois filhos: Yemanjá (o mar) e Aganju (a terra). Os irmãos se casaram e tiveram um filho, Orungã (o ar). Quando cresceu, Orungã se apaixonou pela mãe, Iemanjá. Um dia, aproveitando a ausência do pai, tentou violentá-la. Iemanjá conseguiu escapar e fugiu pelos campos.
Quando Orungã já a alcançava, ela caiu ao chão e morreu. Então, seu corpo começou a crescer até que seus seios se romperam e deles saíram dois grandes rios, na direção dos mares.
Orações para Iemanjá
Como toda divindade, Iemanjá também zela por orações. Todas as entidades do candomblé possuem orações, rezas, pontos e canções em suas homenagens. Acompanhe agora algumas orações destinadas à orixá.
■Oração para proteção de Iemanjá
Lembre-se sempre de que é importante, na hora da oração, a mente firmada na imagem e no poder da orixá. Utilize velas azuis e brancas, incenso de alfazema, champanhe ou água mineral para potencializar seus pedidos.
Peça sempre à divina mãe das águas e pescadores, que governe sua mente e também a humanidade. Que limpe as auras e deixe-as azuis como as águas do mar.
"Oh, doce, meiga e querida mamãe Iemanjá, mãe de todas as cabeças humanas. Vós permitistes que no meio de vossa morada se formassem as primitivas formas de vida na terra, que foram o berço de toda a criação, de toda a natureza e de toda a humanidade, aceitai nossas preces de reconhecimento e amor como um presente.
Visão divina, que os lampejos que emanam de vosso manto de estrelas venham, como benéficas vibrações espirituais, aliviar os nossos males, curar aos doentes, apaziguar os nossos irmãos irados, consolar os corações aflitos.
Que as flores e oferendas que depositamos em vosso tapete sagrado, sejam por vós aceitas e quando entrarmos nas águas para vos ofertá-las, sejam as ondas do mar portadoras de vossos fluídos divinos.
Fazei, senhora rainha das águas, com que a espuma das ondas em sua alvura imaculada traga-nos a presença de Oxalá, limpe os nossos corações de todas as maldades e mal querência. Que os nossos corpos, tocados por vossas águas sagradas, libertem-se em cada onda que passa, de todos os males materiais e espirituais.
Que a primeira onda a nos tocar afaste de nossas mentes todos os eventuais desejos de vingança. Que a segunda onda lave nossos corações e nosso espírito, para que não nos atinjam as infâmias e mal querência de nossos desafetos.
Que a terceira onda afaste a vaidade de nossos corações. Que a quarta onda lave nosso corpo de todos os males e doenças físicas para que, sadios, possamos prosseguir.
Que a quinta onda afaste de nossa mente a ganância e a cobiça. Que a sexta onda venha carregada de flores e que nosso maior desejo, seja cultivar o amor fraternal entre todos os homens. E que ao passar a sétima onda, nós, puros e limpos de mente, corpo e alma, possamos ver, ainda que por alguns segundos, o esplendor de vossa grandiosa imagem.
Que assim seja!"
■Oração para Iemanjá para abertura de caminhos
A oração para Iemanjá abrir os caminhos deve ser feita com muita fé. Acompanhe abaixo como você pode fazer esses pedidos para a Rainha do Mar. É recomendável que você acenda uma vela azul no momento em que fizer essa oração.
"Ó soberana mãe das águas, venha a mim nesse momento de aflição, com minha fé e devoção acendendo esta vela para iluminar meus pedidos e caminhos.
Ó mãe Iemanjá, assim como controla a força das águas, venha e ajude-me no que eu necessito, (fazer o pedido). Com seu manto azul perolado, cubra a minha vida de alegrias e todos aqueles que me estão ao redor e aos que pensam ser meus inimigos, esses mãe soberana, mude os pensamentos para que se tornem dignos e lhes tire o ódio do coração.
Ajude-me a resolver o que me aflige e me acompanhe nesta jornada para que males não me alcancem. Óh soberana mãe Iemanjá, desde já lhe agradeço, pois tenho fé que estarás comigo. Omio omiodo ya!"
■Oração 7 ondas para Iemanjá
No réveillon, muitas pessoas costumam ter o hábito de pular as 7 ondinhas no mar para dar sorte. Esse ritual é originário das religiões de matriz africana, tendo em vista que os pulinhos são para saldar a Iabá Iemanjá.
Há quem ofereça as 7 ondas para os 7 orixás da umbanda, e dessa forma, saúda todos de uma vez. Caso queira utilizar desse método, aqui está a oração rápida para todos os orixás na hora de pular as 7 ondinhas.
Quando pular a primeira onda, ore para Pai Oxalá, “Pai, te saúdo e agradeço pela imantação de fé que mantém minha espiritualidade nessa encarnação"
Na segunda onda, “Mãe Oxum, te agradeço por sentir amor em meu coração por meus amigos, amores e família”. Na terceira onda “Oxóssi, eu te saúdo e reverencio vossa luz expansora em minha consciência que não aceita limitações. Na quarta onda, roguei a Xangô - pai da justiça - “Pai, me curvo à vossa luz e justiça equilibrada”.
Já na quinta onda, peça à Ogum retidão e plena consciência de uma caminhada na direção correta. A sexta onda, peça ao pai Obaluaê muita saúde do corpo e da mente. A sétima onda, e não menos importante, peça à Iemanjá fartura. doçura, beleza diante da vida. Agradeça pela vida e a centelha que te acompanha.
Preciso ser da Umbanda ou Candomblé para orar para Iemanjá?
O Brasil é um país multifacetado, com diversas etnias e muitas culturas conviventes no mesmo espaço. Independente da crença, da doutrina religiosa que possui, o povo brasileiro é um dos mais religiosos do mundo.
Os orixás são energias da natureza. E elas estão por aí, para que todos vejam. As energias das cachoeiras chamamos de Oxum, as dos mares, chamamos de Iemanjá, as da mata e das florestas frutíferas, lembramos automaticamente de Oxóssi.
E por mais que essas energias sejam figuradas em seres humanos, essa técnica serve somente para que se entenda melhor as regras e as doutrinas da religião. De maneira alguma há restrições ao culto dos orixás, independente da religião.
O que existe é a certeza de um ritual mais completo com todos os apetrechos, roupas, guias, comidas e firmamento observado nas religiões de matriz africana, mas você pode cultuar todos os orixás se quiser, é só manter a cabeça firmada na energia e agradecer ou pedir aos protetores.