Frustração: significado, consequências, como lidar e mais!

A frustração é um sentimento que todas as pessoas experimentam em diversos momentos de suas vidas. Todo mundo que já criou expectativas e não as viu realizadas passa pela frustração. Frustrar-se, portanto, é o mesmo que ter uma desilusão ou desgosto, experimentar o fracasso, ver-se diante do não-cumprimento de algo pelo qual se esperou ou desejou.

O que nem todas as pessoas sabem é como lidar com a frustração. É importante que se tenha consciência do poder de aprendizado dessas situações. Com as frustrações aprendemos, por exemplo, a criar expectativas mais realistas diante da vida. As decepções também nos ensinam a desenvolver a empatia por pessoas em situações semelhantes. Saiba mais sobre esse tema no decorrer deste artigo!

Veremos a definição de frustração, sua relação com as expectativas e seu papel no desenvolvimento pessoal. Também descobriremos que ela é diferente da tristeza. Confira!

A frustração é um sentimento de insatisfação diante de expectativas não-cumpridas. É um sentimento complexo, porém habitual, que pode se estabelecer no estado de espírito de uma pessoa em decorrência de diversas situações. Geralmente, são situações em que a pessoa depositou esperanças.

Ela pode ter esperado uma recompensa que não veio, mas também pode se frustrar por ter acreditado em uma pessoa ou relacionamento e ter se decepcionado posteriormente. É comum que o desejo não-cumprido gere frustração e, muitas vezes, esse sentimento venha acompanhado da impotência, que é o sentimento de não poder resolver algo ou mudar o curso das coisas.

A maneira como somos ensinados, em nossa sociedade, a trilhar caminhos e alcançar objetivos específicos a fim de atingirmos uma meta de vida, por exemplo, é um fator que, muitas vezes, causa frustração.

Isso acontece porque crescemos com a ideia de que seremos recompensados por todos os nossos esforços. É o mito do mérito que trará retornos iguais a todos. Esse discurso, frequentemente, termina quando percebemos que muitas das nossas expectativas na vida simplesmente não se cumprirão. A decepção, porém, deveria nos ensinar a olhar o futuro de forma mais serena, a partir da consciência de que não temos controle sobre tudo.

A frustração naturalmente desempenha um papel importante no desenvolvimento de uma pessoa. Porém, existem pessoas que não sabem lidar muito bem com a frustração e, ao não verem suas expectativas cumpridas, tendem a abandonar os esforços e se entregarem ao fracasso.

Lidar de forma saudável com as frustrações é algo que todos podem aprender. Antes de tudo, é preciso fazer as pazes consigo mesmo, avaliando que, se a vida não o recompensou por suas tentativas de fazer algo dar certo, não significa que você tenha perdido tempo ou que esteja fadado a não realizar algo importante para você. A frustração pode ser uma lição de resiliência e aceitação.

A frustração é a desilusão ou decepção diante de algo não realizado, ou que não cumpriu plenamente uma expectativa. A tristeza também é um efeito das perdas e insatisfações e pode ser resultado da frustração. Porém a tristeza pode surgir sem causas aparentes, casos em que pode ser um sintoma da depressão.

Na verdade, frustração e tristeza são sentimentos que fazem parte da vida e, se encaradas como experiências necessárias, podem ser superadas. No entanto, é recomendável que as pessoas que percebem em si maior dificuldade para se livrar naturalmente de sentimentos como a frustração e a tristeza busquem auxílio terapêutico.

Nesta seção, você conhecerá vários tipos de frustração, abordando algumas possíveis causas para esse sentimento. Acompanhe.

Frequentemente, a ausência de satisfação é consequência de um sistema que nos pressiona o tempo todo. Crescemos sendo instigados a nos destacar nos estudos, escolher uma profissão financeiramente segura e perseguir reconhecimento.

Além disso, as redes sociais nos trouxeram uma preocupação com aparência e status que é, muitas vezes, desmedida. Passamos a viver seguindo incontáveis modelos de comportamento e imagem. Tudo isso pode gerar um ciclo de insatisfação: para nos sentirmos bem, precisamos calcar cada vez mais etapas.

É preciso, nesse sentido, reorientar nosso foco para encontrarmos aquilo que realmente tem potencial de nos tornar plenos, compreendendo que somos únicos e temos necessidades diferentes.

Uma razão comum para a frustração é quando não conseguimos concretizar um objetivo. Compartilhamos, como sujeitos, a tendência de colocar expectativas em todos os cenários e confundir a realização pessoal com o cumprimento dos nossos planos.

Todos devem ter propósitos na vida, mas também devemos internalizar a noção de que, muitas vezes, o que nos acontece está fora do nosso controle, e que podemos sim seguir novos caminhos mesmo quando algum caminho trilhado foi interrompido.

Assim, não concretizar um objetivo não deve significar que a jornada em busca dele foi em vão. As coisas não cumpridas também têm a nos ensinar.

Todos nós perseguimos a realização pessoal. Faz parte desse processo o reconhecimento por nossos esforços, isto é, termos nossas ações e méritos chancelados por nossos pares, colegas, familiares e amigos. Esperar um retorno para aquilo que fizemos com dedicação, portanto, é algo natural.

Existem pessoas, porém, que têm maior dificuldade para lidar com qualquer tipo de contrariedade, e o vazio que sentem vem, muitas vezes, acompanhado de raiva e desânimo. Logo, é importante que saibamos que a vida nem sempre é justa e que, além disso, é mais saudável focar na ação e no que ela significa para nós, antes de esperarmos o reconhecimento alheio.

O término de uma relação é sempre um acontecimento delicado. É bastante comum que as pessoas que lidam com o fim de um relacionamento, seja ele amoroso ou de amizade, deparem-se com sentimentos como dor, incompreensão, vazio, frustração e inclusive raiva.

A transição saudável dos sentimentos que envolvem a perda para o desejo de recomeço e ressignificação de si mesmo é permitir que os sentimentos se acomodem, ou seja, que sejam vividos. A dor de um término pode, muitas vezes, assemelhar-se ao luto. Portanto, o rompimento naturalmente causa frustração, mas ela deve ser assimilada como uma parte do processo.

Existem pessoas que tendem a fugir de conflitos exatamente por não saberem lidar com essas situações. Outras têm tendência a buscarem conflitos nas menores coisas. Para as primeiras, o conflito é um gerador de angústia e insegurança. Para as últimas, é uma espécie de combustível que torna a vida mais dinâmica.

Porém, as polaridades como essa produzem insatisfação, segregam as pessoas e impedem o desenvolvimento de relações saudáveis. O saudável, portanto, é atravessar os conflitos consciente de que eles são passageiros e de que se pode tirar aprendizado deles, compreendendo que todos passarão por conflitos, mas que muitos são evitáveis.

Conheceremos a seguir as variadas consequências que vêm à tona com a frustração. Assim, poderemos aprender um pouco mais sobre como reagimos a ela. Saiba mais!

O sentimento de frustração é um efeito da insatisfação que desencadeia outros sentimentos. Algumas pessoas, diante de situações ou planos frustrados, respondem com apatia e tristeza, enquanto outras são mais reativas.

A raiva, portanto, pode ser uma consequência da frustração, especialmente para pessoas que têm maior dificuldade em lidar com a contrariedade. É comum que o sentimento de se estar frustrado diante de algo que não deu certo cause algum grau de raiva.

Porém, a raiva que persiste da frustração pode gerar instabilidade emocional prolongada e conduzir a ações equivocadas. Nesses casos, é preciso buscar a assimilação de uma frustração.

Uma das consequências mais comuns da frustração é o desânimo. Quando ansiamos por algo e, inclusive, empreendemos esforços a fim de atingir um objetivo que não se concretiza, o desânimo é um dos primeiros efeitos que nos acometem.

Dessa forma, é preciso ter cuidado com o desânimo que se estende a ponto de nos bloquear de idealizar outros projetos, fazer novos planos e ter esperança de atingirmos os nossos objetivos. É claro que todas as pessoas passam por momentos na vida que trazem o desânimo. Aceitar que ele é parte das experiências de uma jornada é não se deixar esmorecer pelas negativas da vida.

A fuga é uma forma de responder às frustrações da vida, uma maneira muitas vezes instintiva de se comportar após o rompimento de uma expectativa. Assim, muitas pessoas lidam com a insatisfação dessa maneira, simplesmente decidindo por desistir de perseguir metas, com receio de se frustrar novamente.

Há ainda aquelas que mergulham em sentimentos de insegurança e sucumbem à baixa autoestima, impedindo-se, mesmo que inconscientemente, de buscar novas idealizações e tentativas. A fuga, em ambos os casos, jamais é uma resposta positiva para a frustração. Ao contrário, fugir de novos propósitos é uma receita para o ostracismo e a fragilidade emocional.

Uma forma bastante delicada de se responder às frustrações é por meio da compensação. Por compensação, entendemos todas as maneiras que uma pessoa frustrada encontra para se sentir melhor a respeito de si mesma.

Assim, algumas pessoas buscam formas de compensações positivas, envolvendo-se em atividades físicas ou cuidado do próximo. O problema é que existem pessoas que se entregam às compensações artificiais e perigosas, como os vícios e vários outros tipos de excessos.

Nesses casos, a compensação é uma forma de fuga. Compensar-se sem lidar frontalmente com as frustrações é algo ilusório e que apenas piora a sensação de insatisfação pessoal.

Quando a frustração que se sente por algo que não foi cumprido, que foi interrompido ou que deixou a desejar se aloja de forma intensa, ela é capaz de prejudicar as nossas ações cotidianas. Além disso, a nossa percepção do mundo e das situações pode ser alterada, de modo que uma postura de pessimismo e desistência nos impeça de prosseguir.

O prejuízo cotidiano duradouro após a frustração é um sinal alarmante de que as respostas emocionais de uma pessoa estão comprometidas. Portanto, a dificuldade significativa de lidar com a frustração é algo que deve ser levado a sério, buscando-se auxílio psicológico profissional.

Encontraremos, a seguir, orientações sobre como lidar com a frustração, para todos que desejam elucidar melhor as maneiras de enfrentar o problema.

É claro que nenhuma pessoa se sente bem ao vivenciar uma frustração. No entanto, as frustrações fazem parte da experiência humana, e são, inclusive, fundamentais para o nosso desenvolvimento psicológico.

Aqueles que passaram por frustrações e aprenderam a lidar com o não-cumprimento de expectativas demonstram maior força de vontade para atingir objetivos futuros. A resiliência, nesse sentido, é algo que se fortalece por meio das quedas, das decepções e das desilusões.

Dessa forma, ver o mundo de modo mais realista, estando preparado para os desafios e frustrações do caminho não significa abandonar o olhar sonhador. Sonhar é sempre importante, mas com os pés no chão.

Muitas pessoas se deparam com o fracasso de seus projetos e tendem a culpabilizar a si mesmas. Há também aquelas que localizam a culpa na interferência de terceiros. É importante que busquemos analisar, no entanto, as nossas escolhas e estratégias.

Observe se seus planos não eram, na verdade, muito distantes das possibilidades reais que a vida poderia oferecer em uma situação específica. Devemos continuar alimentando nossos sonhos, porém, há etapas a serem cumpridas e elas podem ser lentas e complexas.

Sendo assim, aí está a importância de cultivar expectativas realistas: as pequenas vitórias do caminho serão recebidas como confirmações de que escolhemos o destino certo.

Focar no processo, em relação aos seus propósitos e sonhos, é essencial para vivenciar de forma saudável as possibilidades de realização. No entanto, não temos controle de tudo e tampouco garantias de que chegaremos aonde queremos, mas o próprio caminho aponta questões importantes para o nosso autoconhecimento e nos equipa para tentativas futuras, até mesmo quando falhamos no hoje.

Focar no processo significa valorizar os próprios esforços e adotar uma postura de paciência e equilíbrio: essa combinação nos torna melhores estrategistas e até mesmo melhores perdedores. Logo, os bons perdedores são aqueles que aprendem as melhores maneiras de realizar algo futuramente.

É comum que, na nossa vida cotidiana, tenhamos que lidar com as frustrações durante grande parte do tempo. Elas podem ser banais, resultado de pequenos motivos, ou mais intensas, geradas por decepções mais graves.

Algo importante a ser levado em consideração é a maneira como você responde às frustrações. Algumas pessoas se sentem frustradas durante grande parte do tempo. Elas não conseguem se livrar de sentimentos que acompanham a frustração, como raiva, impotência, desânimo, tristeza e queda de autoestima.

Nesses casos, provavelmente precisam considerar a busca por auxílio terapêutico, a fim de lidarem de forma adequada com esse sentimento tão comum.

Aprender a lidar com a frustração também passa por saber quando é necessário reorientar o foco, buscando novas perspectivas. Isso significa analisar determinada situação de maneira mais objetiva ou realista, buscando compreender quais são as melhores possibilidades para se perseguir um propósito ou meta.

Refletir sobre a própria postura não deve ser, no entanto, o mesmo que soterrar a si com a autocrítica excessiva. Em vez de nos punir psicologicamente, é melhor nos concentrarmos em reflexões construtivas. Conversas com outras pessoas também são importantes para reorientar o foco. Além disso, temos o direito, inclusive, de sonhar novos sonhos e buscar caminhos diferentes.

Uma pessoa que lida com a frustração de forma saudável é aquela que aprende a gerenciar as próprias emoções. Em outras palavras, é possível aprender a lidar com as expectativas frustradas, seja pela assimilação da própria experiência, seja por meio da terapia.

Outras formas de refletir sobre a questão se apresentam no estudo, na meditação e no diálogo com pessoas em quem confiamos e que já atravessaram problemas similares aos nossos. É, sobretudo, por meio da tranquilidade e da aceitação que assimilamos uma frustração. Isso nos torna, inclusive, preparados para refazer determinado percurso e até mesmo para traçar novos objetivos.

Um fator fundamental para atingirmos uma postura construtiva diante das frustrações é realizarmos atividades que gostamos de fazer, que nos trazem bem-estar e satisfação.

As pessoas que fazem cotidianamente aquilo que gostam liberam a ansiedade e são menos propensas aos estados de angústia e desespero. Logo, é importante pensar que algo que você faz lhe traz prazer e positividade em relação a si mesmo.

São essas atividades que nos desvinculam das decepções de maneira mais suave, e que servem como espaços que teremos para retornar quando algo não der certo. Além disso, atividades que nos são prazerosas ajudam a fortalecer a autoestima.

Uma estratégia eficaz e positiva para atingir um foco mais concentrado em seus propósitos de vida é escrever as próprias conquistas. Esse também é um exercício que tem grande potencial de aliviar a sensação de fracasso diante de expectativas frustradas.

Ao escrever as próprias conquistas, liste o que você realizou positivamente em sua vida, seja em relação a questões pessoais ou profissionais. Pense em aspectos negativos que você foi capaz de mudar, por exemplo, e de desafios que conseguiu vencer, pois a escrita auxilia a mente a resgatar a sensação de conquista vivenciada no passado, o que nos fortalece a enfrentar a adversidade.

Escutar a si mesmo é essencial para a superação. Estabelecer uma conversa consigo é também um modo de lidar com os problemas de forma geral, especialmente com sentimentos como a frustração. É comum que uma pessoa se sinta desvalorizada ou incapaz quando não consegue realizar algo.

O primeiro passo para se libertar de estados de espírito paralisantes como o desânimo e a frustração é se perguntar. O que poderia ter feito de diferente, o que poderia acontecer para se sentir melhor, o que poderia fazer da próxima vez. Assim, aceitar as perdas e confortar a si mesmo são etapas cruciais para renovar as forças e recomeçar.

Todas as pessoas sentem frustração. É importante aprendermos a virar a página, isto é, a experimentar a frustração como algo que não podemos impedir, mas que podemos vencer. Afinal, é natural que não tenhamos controle sobre tudo.

Na vida, os acontecimentos se desdobram de maneiras inesperadas, muitas vezes causando nossa decepção e desilusão. Sentimos frustração exatamente por sermos seres guiados por propósitos.

Queremos realizar, buscamos a satisfação pessoal ou o cumprimento de expectativas diversas, e quando nos vemos impedidos de concretizar ou receber algo, ficamos frustrados. Logo, esse sentimento não precisa ser definitivo e paralisante. Ele não nos define. Ademais, toda a frustração tem potencial de nos ensinar novas perspectivas e estratégias.