O que é carência afetiva? Sintomas, tratamento, consequências e mais!

O que é carência afetiva? Sintomas, tratamento, consequências e mais!

Carência afetiva, ao contrário do que muitos pensam, não é apenas carência, mas sim uma dependência emocional, que traz mais malefícios que benefícios. Confira!


Considerações gerais sobre a carência afetiva

pessoa carente

Todos gostamos de carinho e afeto, porém, quando falamos sobre carência afetiva, é importante trabalhar com a quebra de alguns estereótipos e romantizações, já que um carente afetivo é alguém que depende emocionalmente de uma ou mais pessoas e não deve ser confundido com alguém que exige muito carinho.

Essa pessoa pode, por exemplo, depender da aprovação de seu parceiro sobre sua autoestima, sobre suas escolhas profissionais e até sobre o modo com que se relaciona com outras. E, para a outra pessoa, o peso é muito grande de carregar, um indivíduo e toda a sua bagagem emocional, sendo pouco saudável para ambos.

A carência afetiva, como se manifesta e se desenvolve

pessoa carente

Em primeiro momento, essa carência afetiva pode até ser entendida como fofa, doce e até um charme. Porém, com o passar do tempo, as cobranças ficam mais intensas e as pessoas começam a ficar mais dependentes, criando um looping infinito de problemas. Confira agora as principais causas e quais são os primeiros sinais da carência afetiva!

O que é carência afetiva

A carência afetiva e, psicologicamente chamada de Dependência Emocional Afetiva e, na vida de quem a possui, é uma sensação de insuficiência ou falta, normalmente causada por um abandono ou trauma. Essa sensação deixa a pessoa emocionalmente mais frágil, fazendo com que sinta medo do abandono e da perda.

E, quando está em um relacionamento, seja romântico ou não, essa pessoa passa toda essa responsabilidade de ficar, de não abandoná-la mais, para o parceiro, tendo que lidar com todas as inseguranças e preocupações sobre não ser suficiente para a outra pessoa. Além disso, as chantagens emocionais costumam ser muito comuns nesse tipo de relacionamento.

Como a carência afetiva se manifesta

O nome carência afetiva é dado para toda carência, porém existem dois tipos, as chamadas seguras e as que se manifestam através da ansiedade e de traumas. É importante que isso fique claro, pois pessoas com vivências perfeitamente saudáveis podem sim, ter momentos de carência que são normais.

É normal querer uma companhia para coisas bobas ou apenas conversar sobre nada em um horário inapropriado. Para saber a diferença entre uma e outra, deve-se analisar o histórico da pessoa como um todo e, principalmente, saber dosar a intensidade dessa carência, além de saber a importância desses elementos em sua vida.

Como o problema se desenvolve

Essa carência, ou dependência, normalmente se manifesta nos primeiros anos de vida ou, no mais tardar, no início da primeira infância. Normalmente, a criança que desenvolve esse tipo de traço se sente abandonada ou isolada, o que faz com que não se sinta capaz de resolver algumas coisas, conforme vai se desenvolvendo.

O adulto, na vida da criança em desenvolvimento, precisa ser facilitador e também apoiador. Esse tutor vai, por exemplo, amarrar seus cadarços até que tenha coordenação motora o suficiente para ensiná-la a fazer isso. Esse é só um exemplo, mas eles são responsáveis por toda a formação daquela pessoa até os cinco anos de idade.

Porém, quando essa criança não recebe a instrução de como amarrar aqueles cadarços e nem quem os amarre, ela vai viver com eles desamarrados até que alguém os amarre por ela, na adolescência ou vida adulta. E, para ela, naquele momento, aquela pessoa vai ser um sinal de proteção e cuidado. É exatamente essa a lógica que uma pessoa com dependência emocional afetiva enfrenta diariamente.

Carência afetiva manifestada com segurança

Quando falamos sobre um nível considerado saudável de carência, normalmente estamos falando de uma pessoa que teve uma vida e estrutura social saudável. Essa é a carência de alguém que recebeu muito afeto e estímulos na infância e, por se tratar de alguém que conhece e experienciou essa vida, busca isso em seus parceiros.

Esse tipo de carência é muito importante, porque traz a certeza de que uma pessoa que conhece o afeto não quer e não pode viver sem ele, mas, claro, sem exageros. Normalmente, são pessoas carinhosas e amorosas, mas que conseguem tomar suas próprias decisões sozinhas e também não precisam de companhia o tempo todo. É uma troca justa e sem cobranças.

Claro que isso não é uma regra, já que há pessoas saídas de ambientes saudáveis que abusam emocionalmente dos outros, mas essa já é uma questão mais voltada para relações de poder e relacionamentos abusivos.

Carência afetiva manifestava com ansiedade

A carência afetiva manifestada na ansiedade é um pouco mais complexa que a manifestada na segurança, já que envolve infinitas causas e circunstâncias. Normalmente, a pessoa tem um apego emocional excessivo com alguns de seus relacionamentos mais próximos e depende dessa pessoa para as mais diversas funções.

Geralmente, ela teve algum abandono ou trauma na infância, o que faz com que ache que todos ao seu redor estão apenas de passagem. Com esse abandono, ela cria uma sensação de insuficiência, porque, para ela, o abandono passado foi culpa dela. Dessa forma, tenta manter os que estão em sua vida muito perto, sendo obsessiva e até assumindo comportamentos abusivos.

Quais os sintomas de carência afetiva

pessoa carente

Existem alguns sintomas que você percebe em alguém que tem essa carência afetiva excessiva e é necessário entender sobre cada um deles, pois podem se manifestar em várias fases da vida e também em vários tipos de relacionamento.

Isso pode estar presente, por exemplo, na relação com sua mãe ou pai, por exemplo. Confira os sintomas mais comuns, como identificá-los e como se deve lidar com eles!

Necessidade de atenção

Como essa pessoa, geralmente, passou por uma situação de abandono, ela, normalmente, gosta de chamar a atenção. Sendo assim, é comum que ela queira sempre falar mais alto nos lugares em que vai ou exagere muito quando vai falar de uma situação que aconteceu com ela, dando ênfase no quanto estão sofrendo e precisam de ajuda.

Outro traço que pode ser bem comum é a simulação de algumas situações, como fingir que está doente para receber uma visita ou que está triste só para que seus amigos disponham de um tempo maior para ficar com ela e fazer suas necessidades. Ela pode ficar ligando ou mandando mensagem até que você responda, tendo uma dificuldade em entender o espaço do outro.

Sentimento de inferioridade

Assim como quando foram abandonados ou negligenciados e sentiram que a culpa era deles, a pessoa que sofre com a dependência emocional afetiva é alguém que lida com o sentimento de inferioridade frequentemente. Na cabeça deles, estar com eles é um peso e que ninguém realmente gostaria de estar ali.

Essas pessoas têm muita dificuldade em acreditar em suas potencialidades, sempre se deixando de escanteio e se rebaixando. É comum que façam piadas autodepreciativas constantes e que sempre estejam buscando a aprovação, porque são inseguros e se sentem incapazes de cuidar deles mesmos.

Submissão extrema às pessoas

Talvez um dos traços mais marcantes de carentes afetivos seja a submissão e a necessidade extrema de agradar. Eles querem que os outros gostem deles e, não importa se isso vá fazer com que ele se sinta distante de sua própria essência. O medo do abandono é tanto, que ele quer apenas estar com a outra pessoa, custe o que custar.

Essa situação pode ser a mais problemática, já que se uma pessoa carente afetivamente se relaciona com alguém com características abusivas, essa pessoa pode se aproveitar dessa fragilidade e vulnerabilidade. A estrutura de relacionamento buscada por alguém com dependência emocional afetiva já não é saudável, mas pode ser muito pior se a outra parte agir de má fé.

Medo constante da solidão

O medo do abandono e da solidão são coisas latentes na vida do dependente emocional afetivo. Isso porque, diferente de algumas pessoas que entendem a solidão como solitude, que é a forma frutífera do tempo em isolamento, os carentes afetivos entendem como algo desesperador e vazio, precisando estar acompanhados o tempo todo.

Para eles, situações simples que se faz sozinho podem ser desafiadoras, como um simples passeio no shopping ou ir em uma consulta médica. E, como eles não entendem o fato de alguém sentir prazer em fazer coisas sozinhos, normalmente tentam inibir que seus parceiros também façam coisas sem eles, o que é, e muito, prejudicial para o futuro de qualquer relacionamento.

Medo constante de desagradar

Perder as pessoas que estão próximas é o pior cenário para os carentes afetivos, então eles fazem o possível e o impossível para não desagradar aos que parecem gostar deles. Mas, isso não é feito de uma maneira saudável e fluida, pelo contrário, eles tentam se encaixar em todos os espaços para que sua companhia seja proveitosa.

É comum, por exemplo, eles começarem esportes que o outro pratica só para ficarem juntos, começarem a comer um tipo de alimentação só para agradar o outro ou até ouvir um novo gênero musical ou consumir um tipo de cultura. Porém, com o passar do tempo, isso fica invasivo, fazendo com que o outro queira se afastar.

Ciúme excessivo nas relações

Uma pessoa com carência afetiva pode ser extremamente ciumenta e obsessiva, pelo simples fato de querer sempre estar junto e ter um medo grande de perder essa pessoa. Normalmente, torna-se alguém que isola o parceiro dos amigos e familiares, demonstrando-se incomodado com amizades e até com os telefonemas mais simples.

Ela quer estar no controle e o medo da substituição faz com que seja invasivo, vasculhe redes sociais, proíba contatos e, quando ‘permite’ que o outro saia, fique ligando e mandando mensagem para saber onde o outro está, com quem está e o que está fazendo. Nesse sentido, pode assumir um comportamento violento e obsessivo.

Condicionar a felicidade a outro alguém

Para pessoas que sofrem com a carência afetiva excessiva, a felicidade é sempre estar com o outro. Isso porque, no nosso íntimo, achamos que a felicidade é ter algo que não temos. E, como essas pessoas foram privadas de algumas presenças importantes no desenvolvimento e socialização, acham que a felicidade é ter o outro.

Normalmente, eles esperam que o outro resolva suas angústias e inseguranças e, de maneira errônea, entendem que o relacionamento é a porta para a felicidade que nunca experienciaram. É uma situação bem complicada, pois a outra pessoa tem que lidar, de maneira forçosa, a lidar com as próprias expectativas e com as da outra pessoa.

Viver em função do sonho dos outros

Esse é um problema muito sério que acomete os dependentes emocionais afetivos, já que quando a relação acaba, eles ficam desnorteados e sem rumo, pois estavam traçando toda uma vida baseando-se nos sonhos e metas do outro. Eles querem agradar e pertencer e, para isso, deixam de lado sua própria personalidade, vivendo vidas que não são suas.

Eles tendem a refazer toda sua rota de vida para ficar perto daqueles que amam, só que essa falta de personalidade vai cansando a outra pessoa, que vai querer cada vez mais distância. É muito complicado, inclusive, entender esse tipo de relação, porque, de fora, parece que um está conduzindo a relação ao seu bel prazer quando, na verdade, o outro está tentando estar em todos os espaços de sua vida.

Não ter planos para a própria vida

Quando uma pessoa não orbita o centro de sua própria vida e elege outro alguém para ser o astro maior, a tendência é que essa pessoa não tenha planos e metas próprias, já que sempre depende de direcionamentos. É isso que acontece com os dependentes emocionais afetivos. Eles tratam a própria vida de maneira tão secundária que não conseguem traçar metas próprias.

Eles, de modo geral, acoplam-se nos planos de quem amam, colocando toda sua energia para fazer com que se tornem reais para ambos. Porém, quando a pessoa não quer mais, o carente afetivo fica sem chão, já que não pensou em nada que pudesse fazer sozinho ou que fosse verdadeiramente dele. A grosso modo, o dependente emocional vive uma espécie de parasitagem constante.

Como tratar a carência afetiva

pessoa carente

Existem várias formas de tratar a dependência emocional afetiva, principalmente através de terapia e acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Todos eles, baseados na conversa, na compreensão, fazendo com que a pessoa confie um pouco mais nela e em seu potencial. Confira agora como é o tratamento e quais são os primeiros passos para quem sofre de carência afetiva!

Reconheça o problema

O primeiro passo para lidar com qualquer problema é reconhecê-lo. Não é feio pedir ajuda e muito menos dizer ao mundo que não está bem. Percebe-se. Comece observando os pequenos hábitos. Qual foi a última vez que desfrutou o tempo que passou só com sua companhia?

Quais são as reclamações mais frequentes que recebe acerca de seu comportamento? Quais são seus sonhos e metas? Eles são os mesmos desde seu relacionamento anterior? Essas são perguntas importantes para traçar um autodiagnóstico e, dessa forma, buscar ajuda.

Encare o problema sem culpa

Nenhuma criança é responsável pela infância que tem. E, como estamos falando de um problema que, comumente, acomete pessoas que tiveram infâncias atípicas, lembre-se sempre de que isso não é culpa sua. O primeiro passo é aceitar que precisa de ajuda e o segundo é se livrar da culpa.

Não é uma vergonha, já que, segundo uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde no início deste ano, 15,5% dos brasileiros sofre ou sofrerá de depressão ou algum transtorno psíquico ao longo da vida. Hoje, já contabilizamos 18,6 diagnosticados com ansiedade. Você não está sozinho, o importante é cuidar de si.

Valorize-se

Trabalhar com o amor próprio nesse início pode parecer difícil, mas é fundamental para que o processo evolua mais rápido. Repare em você e nas coisas que gosta e sabe fazer, nas qualidades que tem e até use esse tempo para reconhecer seus defeitos também, vendo-os de maneira mais humana, são se culpando por eles.

Comece por coisas mais básicas, coisas que você já aprecia em você. Por exemplo, você ama seu cabelo, use-o do jeito que mais gosta e fale com você mesmo no espelho. Elogie a si mesmo. Se precisar, faça uma lista das suas qualidades. Os defeitos, com o tempo, você vai aprender a lidar.

Procure por ajuda e apoio emocional

Seus amigos não são ajuda profissional. Essa é uma coisa que se deve ter em mente sempre, mas, claro, falar com eles é fundamental para que o processo seja mais proveitoso. Só lembre-se de que só falar com amigos não será tão efetivo quanto com um profissional.

O SUS oferece acompanhamento psicológico, o que pode ser bem interessante em um primeiro momento. E, caso sinta uma urgência muito grande, há clínicas que trabalham com os mais variados preços e linhas de tratamento.

Valorize a própria companhia

Pode parecer que não, mas você é a sua única companhia o dia todo. Você está com você do momento que você acorda até o que vai dormir. Está junto de você, inclusive, durante o sono, então nada mais justo que você comece a apreciar esse tempo que passam juntos, você e você.

Comece aos poucos. Já foi ao cinema sozinho? Talvez seja o momento de experimentar. No caminho, aprecie sua playlist favorita e a paisagem. Compre uma pipoca grande e um suco. Você vai ver como sua companhia é incrível.

E não se sinta mal se ficar ansioso em algum momento. É um processo de aprendizado e isso é completamente normal. Vá no seu tempo, mas vá.

Pratique atividades físicas

Praticar uma atividade física durante esse processo pode ajudar, e muito, na efetividade e rapidez dele. Isso porque o exercício físico promove a produção de uma série de hormônios benéficos para a manutenção do corpo, como a serotonina, conhecida como o hormônio da felicidade.

Além disso, com a maior circulação de sangue pelo corpo, os exercícios promovem uma sensação de bem-estar e clareza de ideias. Tente fazer no período da manhã, assim já começa o dia mais relaxado. Apenas não se cobre muito no começo.

Não entre em relações até que esteja pronto

A ideia principal de um tratamento para aprender lidar com a carência afetiva é a responsabilidade emocional e afetiva e, para isso, deve-se pensar no outro também. Quando fazemos mal para alguém e sabemos que estamos fazendo isso porque não estamos bem é nossa responsabilidade.

Você não recebe visitas em uma casa bagunçada, certo? Não é prudente. Então porque seria prudente receber alguém quando sua vida está bagunçada e mudando? O respeito é fundamental. Respeito pelo outro e pelos sentimentos dele, além dos seus sentimentos. Dê tempo ao tempo.

Foque no aspecto positivo da vida

A vida nem sempre é bonita ou justa, mas não podemos viver só lamentando por aquilo que nos falta, sem agradecer o que temos. O viver está exatamente nesse limiar. O pequeno da vida é precioso demais para ser ignorado.

Encare toda situação como relativa e, em um primeiro momento, tente olhá-la como se não fosse com você. Veja de fora, talvez tenha algum propósito na fase ruim, exercite sua gratidão e paciência em compreender isso, de entender que nem só de sucessos vive o homem.

Quais as consequências da carência afetiva

carencia

A dependência emocional afetiva tem consequências sérias na vida de quem vive com esse tipo de comportamento, já que tem uma relação direta em como a pessoa se relaciona, como se percebe no mundo e interfere nele.

Dessa forma, é muito importante que a pessoa esteja sempre observando alguns âmbitos da vida, pois pode passar por isso e sem nem saber. Confira agora as principais consequências da carência afetiva e como ela se manifesta no decorrer do tempo!

Conflitos interpessoais

Um sinal de alerta pode ser os conflitos interpessoais constantes. Uma pessoa que sofre com a carência afetiva é alguém que demanda muito espaço e atenção, inibindo o espaço pessoal dos outros, o que afeta de forma direta seus relacionamentos e relações mais próximas.

Além disso, as pessoas que nutrem uma relação mais fria com quem sofre desse mal, no ambiente corporativo, por exemplo, podem se queixar do fato da pessoa ser controladora, manipuladora e até assumir um comportamento histérico quando contrariada ou desafiada. Esses conflitos podem ser bem desgastantes e ruins para a imagem.

Dificuldades emocionais

Um dos campos mais afetados pela carência afetiva é o emocional, que é basicamente onde todas essas transformações acontecem. A pessoa que passa por isso, normalmente, tem uma dificuldade muito grande em lidar com as próprias emoções, vivendo sempre em extremos. Caso esteja feliz, chega à euforia muito rápido. Porém, quando está triste, é sempre muito profundo e intenso também.

De modo geral, essa dificuldade se dá por um distanciamento ou fuga das próprias emoções. Evitando lidar com elas, é mais fácil de seguir. Mas, quando não lidamos com o ‘elefante na sala’, ele começa a ficar maior e interferir em vários âmbitos da vida. Funcionamos de dentro para fora e é muito importante que tenhamos isso em mente sempre.

Vivência de relações abusivas

Talvez esse seja o ponto mais discutido quando se fala sobre carentes afetivos. Os relacionamentos abusivos, infelizmente, são características de quem tem esse tipo de comportamento, porque, muita das vezes, a pessoa nem tem noção do quão mal está fazendo para a outra pessoa.

O relacionamento pode ser tóxico de várias formas, porque são duas personalidades que se digladiam todos os dias para existir em um relacionamento que quer torná-los um. Então essa ‘briga’ por espaço, pode terminar das maneiras mais traumáticas, como violência psicológica, verbal e até mesmo física.

Estagnação da carreira

Um dos traços mais chamativos em pessoas dependentes emocionais afetivas é o temperamento conflituoso que em espaços como o corporativo, por exemplo, podem deixar uma marca bem ruim. Isso pode acabar atrapalhando no crescimento e fazendo com que fiquem estagnados ou até mesmo tenham dificuldade em conseguir ou permanecer em empregos.

Além disso, o âmbito profissional, normalmente, exige trabalho em equipe, o que pode ser bem difícil para os carentes afetivos, já que eles gostam muito de mandar e impor suas vontades de maneira pouco cordial. Podem ser grossos e tempestuosos, deixando a relação bem complicada ou até mesmo impossível.

Por que aprender a confiar é tão importante para superar a carência afetiva?

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A insegurança é o combustível que alimenta a carência afetiva. É por ela que a pessoa depende, abusa emocionalmente e abre mão da própria vida para ser amada. Quando aprendemos a confiar no outro e, sobretudo, em nós mesmos, nós entendemos que o substancial já temos e que isso, de certa forma, pode nos bastar.

Trabalhar a nossa confiança, nosso senso de sobrevivência, é importante para que vivamos de forma plena. Nem sempre onde nos é ofertado amor é onde devemos estar e é importante que saibamos que nem toda oportunidade é válida. Os carentes afetivos tem muito problema com isso, com entender que nem toda porta aberta é para ser atravessada.

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