O que é ser paranoico?
Ser paranoico está associado à visão e à crença em situações que não correspondem à realidade, fazendo com que a pessoa seja abalada psicologicamente por acreditar em coisas surreais. Assim, ideias que envolvem o perigo sem uma explicação plausível tendem a ser uma preocupação para os paranoicos.
Nesse sentido, pessoas ou possibilidades são alvo de desconfiança por conta da paranoia. Vale ponderar que a intensidade dos sintomas causados varia de acordo com cada indivíduo, podendo ser leve ou grave. Contudo, em todos os casos tal transtorno afeta a qualidade de vida e ocasiona prejuízos à saúde mental.
Com o objetivo de entender as características apresentadas pelo portador, tipos de paranoia, formas de amenizar os sintomas do distúrbio, assim como outras informações, acompanhe o artigo.
Significado de paranoico
Para que você possa entender mais sobre a paranoia, bem como acerca das características de uma pessoa que mantém esse transtorno e a forma de tratamento, acompanhe as informações listadas nos próximos tópicos.
■O que é paranoia
A paranoia se caracteriza por um forte estado de ansiedade e medo, uma vez que o indivíduo tende a acreditar que vem sendo alvo de perseguições e que está em constante perigo, fazendo com que tenha desconfiança das pessoas que se aproximam e de possíveis situações.
Por conta desse medo, a paranoia acaba encadeando a hipervigilância, fazendo com que a pessoa esteja constantemente atenta a qualquer coisa que pareça ser perigosa ou prejudicial a algum campo de sua vida.
Pensamentos negativos costumam ser constantemente alimentados por pessoas paranoicas, os quais, de forma geral, não são baseados na realidade, mas sim em sua própria imaginação.
■O que é uma pessoa paranoica
Uma pessoa paranoica é aquela que costuma impor limitações a si com frequência por acreditar que pode estar em meio a uma situação de perigo, caso realize algumas situações específicas. Logo, é comum que evitem falar com algumas pessoas devido à desconfiança que mantêm delas, além de evitarem novas experiências por pensarem que assim estarão em risco.
O delírio também faz com que uma pessoa paranoica tenha convicção sobre suas crenças, as quais podem ter origem em sua própria imaginação e não terem ligação com a realidade.
■Causa de ser paranoico
Uma das principais questões que vem à tona ao se discutir sobre uma paranoia está associada à sua causa. Nesse sentido, até o momento não há estudos complexos que possam responder a essa pergunta com propriedade.
Contudo, destaca-se que uma das causas pode estar ligada à presença de traumas na vida de alguém, fazendo com que ela acabe recriando situações semelhantes as que já passou em sua imaginação e acredite que são reais.
Outro ponto faz menção à depressão e a possíveis fobias, porquanto elas podem contribuir para o desenvolvimento do delírio.
■Paranoico e Esquizofrênico
Um erro bastante frequente faz referência à confusão feita entre a paranoia e a esquizofrenia, tendo em vista que ambos os delírios costumam apresentar características semelhantes. No entanto, há algumas diferenças entre eles.
Com isso, entenda que a paranoia é resultado da manifestação de uma ideia interior que se dirige ao ambiente físico, ao passo que a esquizofrenia tira o indivíduo de sua realidade e faz com que ele esteja incapaz de fazer escolhas sólidas.
Portanto, na paranoia, o medo incompreensível se faz presente na realidade do indivíduo, enquanto na esquizofrenia a ocorrência de fantasias é predominante, as quais ocorrem em algum ambiente.
■Tratamento para o paranoico
Com relação ao tratamento para a paranoia, observa-se que os pensamentos que se fazem presentes por conta do delírio acabam dificultando os progressos com relação à efetividade do tratamento. Isso se dá porque o paranoico tende a desconfiar do terapeuta e daqueles que estão envolvidos no procedimento.
Todavia, não é difícil que os medicamentos recomendados diminuam os sintomas, podendo, em alguns casos, até controlá-los. Alinhando isso à psicoterapia, que trabalha aspectos comportamentais e mentais, o tratamento poderá ter sucesso e os temores do paciente poderão ser diminuídos.
Características do paranoico
Entender algumas características sobre o paranoico é de suma importância para que você compreenda melhor sobre o delírio da paranoia e a forma com que ele afeta o modo de pensar e agir do portador, como através da desconfiança excessiva e medo. Sendo assim, confira as informações a seguir.
■Desconfiança extrema
Uma das principais marcas de um paranoico está ligada à sua desconfiança excessiva, a qual acaba se tornando prejudicial em diferentes sentidos. Assim, a qualidade de vida daqueles que mantêm esse delírio é afetada devido à constante preocupação de estar sendo perseguindo ou de estar em alguma situação de perigo.
Dessa forma, o sentimento corriqueiro de vulnerabilidade faz com que o paranoico esteja sempre atento a qualquer situação, possibilidade ou pessoa que represente risco, o qual é resultado, na maioria das vezes, da imaginação, não tendo base em explicações palpáveis.
■Medo constante
O paranoico tende a se apegar a diversos medos, os quais se fazem presente em diversos momentos de seu cotidiano e ficam nítidos por meio de suas ações e da forma com que se comporta diante daquilo que é alvo de algum de seus medos.
Com isso, o portador pode criar e manter possibilidades que causam temor, tendo reações negativas ao estar próximos a elas. Ao presenciar ameaças ou situações desagradáveis, tendem a ser seriamente afetados, uma vez que algum medo pode ser intensificado.
■Presença de ansiedade
A ansiedade é um distúrbio bastante presente no estado psíquico e em diferentes sentidos da vida de um paranoico, porquanto sua mente tem o costume de antecipar cenários negativos e que causam medo ou desconfiança.
Isso faz com que o portador acabe sofrendo por situações que apenas existem no campo imaginário, além de também ter reflexo nas atitudes e comportamentos dele. Assim, é comum que a paranoia faça com que a pessoa acabe passando boa parte de seu tempo tentando adivinhar de que forma seus medos serão acionados em seu dia a dia.
■Cansaço físico e mental
Um problema enfrentado pelos paranoicos está associado ao cansaço físico e mental, haja visto que a constante preocupação que mantêm acaba impedindo que aproveitem os bons momentos que vivenciam e relaxem, ao passo que estão atentos a qualquer situação.
Dessa forma, o medo colabora para que as horas de descanso sejam reduzidas, resultando no desgaste físico. A imaginação ainda se ocupa criando cenários que despertam sensações negativas e qualquer ameaça ou situação que acione suas emoções acaba favorecendo para o desgaste mental do portador.
■Sentimento de solidão
O sentimento de solidão também é uma característica desencadeada pela paranoia. Isso se dá por diversos fatores, podendo ser um efeito colateral do desejo de se afastar das pessoas desconhecidas pelo julgamento de que elas podem ter más intenções, fato que limita a realização de novas amizades.
A solidão também pode surgir pela exclusão que pode ser feita por parte dos familiares e amigos do portador, visto que eles podem ter medo da reação e dos comportamentos que seriam assumidos pelo paranoico caso o contato entre eles fosse mais frequente.
■Possível depressão
Em quadros mais graves da paranoia, a depressão pode vir à tona como consequência dos sentimentos de solidão, desgaste emocional, medo e outros. Nesse sentido, o paranoico poderá apresentar sintomas como a tristeza profunda, falta de autoestima e irritabilidade.
A ansiedade sentida pelo portador também exerce grande influência para o desenvolvimento da depressão, uma vez que há algumas semelhanças entre os dois transtornos, como a inquietação e dificuldade para manter a concentração.
Sendo assim, é essencial que a paranoia seja tratada o mais rápido possível, a fim de não evoluir para a depressão e acabar desenlaçando pensamentos suicidas.
■Somatização
Uma das consequências da paranoia é a somatização, que se trata dos sintomas físicos que são visíveis em decorrência da retenção das emoções, as quais se dão quando algo que deveria ser expresso é retido e impedido de se manifestar.
Assim, os paranoicos tendem a guardar suas próprias emoções, bem como seus medos e traumas, apenas para si, impedindo que elas sejam compartilhadas. Esse cenário pode ocorrer pelo receio do questionamento que faz menção a como essas informações poderiam ser utilizadas para provocar o perigo. Portanto, o fato de evitarem falar abertamente sobre seus pontos fracos ocasiona doenças.
Tipos de paranoico
Vale ponderar que há diversos tipos de paranoico, os quais apresentam sintomas e características levemente distintas. Para entender mais sobre esse assunto, acompanhe as informações salientadas abaixo.
■Distúrbio Paranoide de Personalidade
O Distúrbio Paranoide de Personalidade é caracterizado pelo estado incessante de desconfiança, o que faz o portador estar sempre suspeitando de outras pessoas, com a crença de que elas têm o objetivo de prejudicá-lo de alguma maneira. Logo, caso houver ameaças ou insultos, eles serão bastante notados.
Tal distúrbio afeta diretamente o modo de pensar e reagir do indivíduo. Tem-se que sua origem pode estar relacionada a algum tipo de abuso sofrido durante a infância. No momento, não há um tratamento que possa garantir fim a esse transtorno, contudo, a terapia cognitivo-comportamental pode aliviar alguns sintomas.
■Distúrbio Delirante Paranoide
O Distúrbio Delirante Paranoide pode ter início na vida de alguém a partir da existência de um Distúrbio Paranoide de Personalidade. Seus sintomas podem se manifestar por meio da preocupação com a lealdade mantida por seus amigos e familiares, sentimento de estar sendo explorado e o entendimento de ameaças em brincadeiras.
O comportamento daqueles que possuem esse tipo de paranoia é, em geral, normal, com exceção dos momentos em que os delírios causam problemas. Como exemplo, caso o portador estiver erroneamente convencido de que vem sendo traído, poderá haver questões em seu relacionamento amoroso.
■Esquizofrenia Paranoide
A Esquizofrenia Paranoide representa um dos subtipos da esquizofrenia, a qual faz o portador presenciar delírios onde imagens de perigo, perseguição e de outras pessoas podem ser vistas, fazendo ele se tornar mais agressivo e violento.
Os principais sintomas apresentados são: a crença de possuir super poderes, a ocorrência de alucinações (que podem se manifestar por vozes ou visões que não são reais), agitação, falta de concentração, agressividade e violência.
Não há cura para a Esquizofrenia Paranoide, mas é recomendado o tratamento contínuo, para que a doença não acabe tomando proporções maiores. A causa pode estar relacionada com a ocorrência de experiências negativas no passado.
Como ser menos paranoico
Com a finalidade de evitar que a paranoia se intensifique na vida de alguém, seguir algumas dicas pode ser essencial para amenizar essa condição, uma vez que o autoconhecimento acerca de sua própria condição psíquica e alguns conselhos podem auxiliar nesse processo. Com base nisso, acompanhe mais sobre o assunto abaixo.
■Lidando com pensamentos paranoicos
Aprender a lidar com pensamentos paranoicos é essencial para que a sua saúde mental não seja seriamente afetada e não comece a alimentar ideias irreais. Desse modo, caso sua paranoia seja sutil, tome cuidado para que os pensamentos advindos dela não aflorem e façam com que o delírio esteja fortemente presente em seu comportamento e ideias.
Ao pensar em alguma hipótese paranoica, busque contornar a ideia por meio da razão, analisando algo de forma crítica e racional. Não se deixe levar por suas emoções a todo momento e tente se manter firme com aquilo que acontece na realidade.
■Cuidado com consumo de mídias
Um ponto importante está associado ao consumo excessivo das mídias nocivas, visto que nelas é possível encontrar diversas notícias pautadas em cenários negativos que podem intensificar a noção de perigo e fazer com que se sinta preocupado todo instante.
Portanto, as notícias embasadas em crimes, perseguições e temas relacionados devem ser evitados para que o nível de paranoia não se torne mais elevado. Reserve um horário para estar ciente apenas das notícias do país e do mundo que podem exercer impacto em sua vida de alguma forma consistente.
■Respirando fundo
Pondera-se que o ato de respirar fundo pode ser de grande ajuda para aliviar os efeitos causados pela paranoia, tendo em vista que ajuda a reduzir o estresse e melhora a forma com que toma suas decisões.
Assim, ao perceber que está sendo perseguido pelo medo ou pela ansiedade, pare o que estiver fazendo por alguns instantes e respire fundo, pois de tal modo poderá se sentir renovado e mais confiante.
■Planos sem apego
Entenda que para amenizar os sintomas da paranoia não é necessário que evite a realização de planos, visto que eles podem ser essenciais em alguma situação e de grande ajuda para que esteja orientado e precavido.
No entanto, o que é preciso é que saiba não se apegar a seus planejamentos. Preze por não enxergá-los como a única forma de concluir alguma tarefa ou contornar alguma situação, porquanto a improvisação pode ser a melhor saída em alguns casos.
Com isso, esteja ciente de que algumas coisas podem acontecer de maneira distinta da qual foi planejada, sendo uma situação normal.
Ser paranoico é uma condição médica?
De forma geral, a paranoia pode ser descrita como uma condição médica, a qual afeta a saúde mental e física do portador. Desse modo, o paranoico é aquele que mantém uma psicose marcada por pensamentos delirantes que costumam ter pouca ligação com a realidade.
O paranoico tende a desconfiar excessivamente daqueles que estão por perto e julgam estar em constante estado de perigo. Essa situação acaba auxiliando a diminuição da qualidade de vida por fazer com que haja a todo instante preocupação e atenção.
Diante disso, a assistência médica é de suma importância para buscar aliviar a frequência dos sintomas e para melhorar a convivência com os outros. Caso a paranoia não seja tratada, há grandes chances de que ela acabe evoluindo para uma depressão ou outros transtornos.
As causas do delírio não podem ser apontadas com clareza, mas é notório que pode haver ligação com algum tipo de abuso da infância, traumas ou fobias.
Olá! Sou Daniela Marques, paulista apaixonada, sagitariana e redatora.
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