Karma e Dharma: significado, origem, transmutação e mais!

Para saber o funcionamento do Karma e Dharma, você precisa saber o que significa cada um deles. Temos que entender que, primeiro, há o Dharma e, depois, o Karma - ou seja, a realidade e a lei. Eles funcionam como a lei da ação e reação.

Dharma não vai funcionar para alguém que pensa que o entende, ou seja, só vai funcionar para quem o implementa. Por outro lado, o Karma funciona na ação e está presente naquilo que você faz.

Assim, Karma e Dharma andam juntos. Então, para que você esteja bem, precisa estabelecer o seu Dharma, para que seu Karma tenha uma ordem, uma direção, uma meta e uma realização. Leia o artigo abaixo e entenda o significado de cada um deles!

O Karma significa a lei que regula toda a ação e reação que existe no Universo. Todavia, o Karma não se limita apenas à causalidade no sentido físico, pois também tem implicações morais. Age da mesma forma em relação à ação espiritual e mental.

Assim, o Karma é a consequência que todas as pessoas geram devido às suas atitudes, nessa e em outras vidas. Ele está presente em várias religiões, como o budismo, o hinduísmo e o espiritismo. Veja mais detalhes sobre o que é o Karma a seguir!

O termo Karma vem do sânscrito e significa "fazer". Em sânscrito, Karma significa um ato deliberado. Além disso, a palavra Karma significa também força ou movimento.

Quando nos referimos ao Karma, não nos referimos à ação e reação somente, mas também a lei e a ordem, onde tudo o que fazemos pode refletir em nossas vidas por meio das coisas "boas" ou "más" que acontecem conosco, bem como das tendências que se seguem. Em outras palavras, cada um recebe aquilo que é definido por suas ações. Portanto, é uma relação de causa e consequência.

Além disso, a palavra Karma é muito utilizada no cotidiano, porém é um termo usado por pessoas que não sabem seu significado e que a usam para definir momentos ruins ou associados à má sorte, por exemplo. Desse modo, poucos conhecem o verdadeiro sentido e origem dessa palavra ou sabem como aplicá-la.

O conceito de lei cármica vai além da mera noção do Karma individual, pois implica a capacidade de agirmos a cada momento, enquanto ainda experimentamos o acúmulo de energias do Karma coletivo e planetário. Portanto, Karma é uma das leis espirituais importantes que regem nossas experiências de vida através do princípio de causa e efeito, ação e reação, justiça cósmica e responsabilidade pessoal.

Também segundo a lei cármica, as ações do presente são causas e consequências de outras ações, ou seja, não existe nada aleatório. Segundo esta lei, há uma intrincada sucessão de efeitos e causas.

O Karma no budismo é a energia criada por ações do corpo associadas à fala e à mente. A Terra tem uma lei de causa e efeito, e existe sempre um motivo para algo ocorrer. Nesse sentido, o Karma é uma energia ou causa para produzir um efeito no futuro, pois não é algo bom ou mau.

Mas, dependendo de como você processa a situação, física e espiritualmente, o resultado pode ser negativo. Além disso, um ato físico involuntário não é Karma. O Karma é, antes de mais nada, uma reação, um ato de origem mental. Em suma, Karma é uma lei universal de causalidade relacionada a todos os seres racionais.

O hinduísmo acredita que podemos levar adiante as ações e os atos de nossa vida passada para nossa vida presente. De acordo com a religião hindu, o Karma é o resultado de nossas ações. Portanto, se temos uma vida feliz e confortável, isso é fruto das boas atitudes que tivemos na vida atual, bem como em nossas vidas passadas.

Da mesma forma, se estamos enfrentando dificuldades na vida, o hinduísmo acredita que somos responsáveis por nosso passado, nossas más decisões e atitudes negativas. Ademais, os hinduístas creem que uma vida inteira não é o suficiente para pagar o Karma negativo. Então, teremos que reencarnar para neutralizar isso, no próximo nascimento.

O Karma no jainismo é uma substância física que está em todo o universo. Segundo o jainismo, o Karma é determinado pelas nossas ações: tudo o que fazemos volta para nós mesmos. Isso engloba quando fazemos, pensamos ou dizemos coisas, bem como quando matamos, mentimos, roubamos e assim por diante.

Dessa forma, o Karma não apenas abrange a causalidade da transmigração, mas também é concebido como uma matéria extremamente sutil, que se infiltra na alma, escurecendo suas qualidades naturais, transparentes e puras. Ademais, os jainistas consideram o Karma como uma espécie de poluição que contamina a alma com várias cores.

No espiritismo, Karma é a lei de causa e efeito, ou seja, cada ação no plano espiritual ou físico causará uma reação. É o fardo do destino, a bagagem acumulada ao longo das nossas vivências e experiências. Além disso, o Karma também significa uma dívida a ser resgatada. A lei de causa e efeito nos apresenta a ideia de que o futuro depende das ações e das decisões do presente.

Em suma, no espiritismo, o Karma é algo simples de entender: quando uma ação positiva gera uma consequência positiva, o inverso também acontece. O Karma no Espiritismo é um pagamento de acontecimentos da vida terrena e que estão na dependência das circunstâncias que o homem provoca com os seus atos.

Dharma é um termo que desafia uma tradução simples. Ele carrega uma variedade de significados, dependendo do contexto, como lei universal, ordem social, piedade e retidão. Dharma significa apoiar, segurar ou suportar e é o que rege o princípio da mutação, mas não participa dela, ou seja, é algo que permanece constante.

Na linguagem comum, Dharma significa a maneira correta de viver. Portanto, é cultivar o conhecimento e a prática de princípios e leis que unem o tecido da realidade, de fenômenos naturais e da personalidade dos seres humanos na interdependência dinâmica e harmônica. Entenda mais sobre esse conceito abaixo!

O Dharma é a força que rege a existência, a essência verdadeira do que existe, ou a própria verdade, trazendo significados associados como a direção universal que rege a vida humana. O termo Dharma é do idioma antigo sânscrito e significa "aquilo que sustenta e que mantém".

Assim, o conceito de Dharma varia para diferentes religiões e culturas. No entanto, o sentido é o mesmo para ambas: trata-se do puro caminho da verdade e do conhecimento. Assim, o Dharma aborda a lei natural da vida, que respeita algo que não abrange somente o visível, mas a criação total de todas as coisas.

Lei e justiça, segundo o Dharma, tratam-se das leis do universo, e isso envolve tudo o que você faz. Além disso, a maneira como seu coração bate, como você respira e até como o seu sistema funciona está profundamente conectada com o resto do universo.

Se você seguir conscientemente as leis do universo, sua vida funcionará de maneira fenomenal. Assim, o Dharma prediz sobre a lei e ordem cósmica, ou seja, sobre a forma como a vida é vivida de acordo ou em harmonia com o todo.

No budismo, Dharma é a doutrina e a verdade universal comum a todos os indivíduos em todos os momentos, proclamada pelo Buda. O Dharma do Buda e a sangha constituem a Triratna, ou seja, as Três Joias nas quais os budistas se refugiam.

No conceito budista, o termo Dharmas é usado no plural para descrever os elementos inter-relacionados que constituem o mundo empírico. Além disso, no budismo, Dharma é sinônimo de bênção ou recompensa pelos bons atos praticados.

No hinduísmo, o conceito de Dharma é vasto e abrangente, pois envolve ética, aspectos sociais e culturais e também define os valores dos indivíduos na sociedade. Além disso, ele se aplica a todos os Dharmas, consistindo em uma lei verdadeira.

Entre outras virtudes, há também um Dharma específico, o Svadharma, que deve ser seguido de acordo com a classe, o status e a posição de cada pessoa em vida.

Por fim, o Dharma no hinduísmo, além da religião, está relacionado à moral que regula o comportamento do indivíduo. Para além disso, ele também está associado à missão no mundo ou ao propósito de vida de cada pessoa.

Para a vida cotidiana, o Dharma se dá às atribulações a aos acontecimentos que o ser humano carrega. Portanto, é um componente de absurdo e irracionalidade. Enquanto isso, o Karma é frequentemente associado apenas a um aspecto negativo.

O Karma, na verdade, será sempre as consequências das nossas escolhas, e essa capacidade que temos de arbitrar a respeito da nossa própria existência.

Então, aplicar ambos os conceitos na vida é entrelaçar a forma de agir à ação do cotidiano, ao modo de pensar, à visão de mundo, ao tratamento para com os outros, à reação diante das situações e à perfeita compreensão da Lei de Causa e Efeito.

A transmutação do Karma em Dharma é feita, se você for capaz de realizar o propósito de investir na energia maior. Como resultado, a evolução espiritual alinha o Dharma, avançando na transmutação do Karma.

Assim, Karma não está apenas nas coisas que você está fazendo no mundo, está nas muitas coisas sem sentido que você faz em sua cabeça. Além disso, você precisa saber que existem quatro níveis de Karma: ação física, ação mental, ação emocional e ação energética.

Por isso, a transmutação do Karma em Dharma proporcionará o bem-estar, porque a maior parte do seu Karma é inconsciente. Confira abaixo mais sobre a transmutação!

A Lei do Perdão é a chave para a transmutação do Karma individual. Ela restaura a liberdade, o autoconhecimento e faz a energia fluir em harmonia natural. Aliás, o ritual de transmutação é uma velha prática de alquimia espiritual para curar a si mesmo, libertar-se da negatividade e tomar consciência sobre aquilo que se quer.

Portanto, trata-se de um processo de autotransformação, com objetivo de elevar o eu inferior para se unir ao eu superior, eliminando tudo o que é ruim e internalizando somente energias positivas. Ademais, conflitos familiares, profissionais e financeiros podem ser resolvidos desta forma com tranquilidade.

Todos temos o poder do livre arbítrio nesta vida, o que nos permite a capacidade de escolher aquilo que gostaríamos para a nossa experiência terrena. Desse modo, escolher transmutar o Karma é escolher a purificação e a libertação da alma e do corpo.

Para fazer a transmutação, o primeiro passo é afirmar ao Universo que você está querendo ser transmutado para a luz. Quando se inicia o processo de transmutar Karma, é preciso estar ciente de seus pensamentos e suas ações. Além disso, também é necessário estar disposto a aprender com os próprios erros.

Para superar a individualidade devido ao Karma, é preciso mergulhar na execução do Dharma. Na maioria das vezes, não temos consciência de que somos, na verdade, seres propícios a mudanças e que carregamos, em nós, a semente da evolução humana.

Assim, é preciso aceitar que ninguém está sozinho no universo e que tudo ao redor deve ser levado em consideração, pois afeta diretamente a vida. Devemos lembrar que não estamos sozinhos e que há outras pessoas conosco. Portanto, aceitar transmutar é superar a individualidade e curar todo o lado negativo, transformando em boas vibrações.

Não se trata de ego, porém, para transmutar o Karma, primeiramente, você precisa salvar a si mesmo, livrar-se da ignorância e se autoiluminar. Depois, com a sua influência e através dos seus vários canais, deve contribuir com todos que te rodeiam. Esse processo de autoconhecimento irá estimular a compreensão completa, a sabedoria e a evolução espiritual.

Quando nos permitimos evoluir, também nos permitimos ter consciência de que somos seres em transformação e que aprendemos uns com os outros. Porém nos tornar seres mais evoluídos não implica dizer que somos superiores aos outros.

O ritual da transmutação pode ser feito em qualquer momento do ano e precisa de concentração em uma busca profunda por boas energias. É necessário acender uma vela de cor violeta todos os dias, durante três semanas, de forma ininterrupta. Esta vela é uma oferta das energias de cura e simboliza a transmutação que irá acontecer.

Depois de acender a vela, você deve se concentrar na chama, internalizando-a. A chama deve chegar a todas as extensões de sua vida, sejam elas passadas ou atuais. Durante esse momento, faça uma meditação e se concentre na chama violeta, pedindo a libertação e a positividade.

A transmutação do Karma para o Dharma é feita por qualquer pessoa que esteja querendo se libertar de um Karma negativo. Qualquer pessoa amadurecida pode realizar a transmutação do Karma para o Dharma, mas, para isso, requer concentração mental e uma vontade poderosa e independente.

O Dharma trata-se daquilo que recebemos pelo que fizemos de positivo. É a mudança que efetuamos no nosso Karma através dos dons que vamos adquirindo ao longo das várias vidas. Ao vencermos medos, bloqueios e inseguranças, libertarmo-nos do Karma que a eles está ligado e adquirimos ou reconhecemos os nossos dons.

Por fim, devemos considerar que, através do amor e do perdão, qualquer pessoa liberta a sua alma, podendo seguir sua missão e fazer a sua própria jornada!