Quais os sintomas da menopausa? Calor, insônia, ganho de peso e mais!

Todas as mulheres passam por mudanças ao longo do tempo, e essas mudanças mais importantes são as que ocorrem durante após a primeira menarca e depois que a mulher para de menstruar.

Os sintomas podem variar, sendo os mais comuns a menstruação irregular e as ondas de calor, porém eles podem variar como a diminuição de libido, depressão e estresse, ganho de peso e incontinência urinária.

A menopausa é um processo complicado que pode chegar a ser desafiador para muitas das mulheres ao chegar à meia idade. Mas com muito esforço e dedicação pode-se quebrar essas barreiras impostas e obter boa qualidade de vida mesmo lidando com essa fase difícil.

Nesse artigo falaremos mais sobre cada um dos sintomas da menopausa, seus tratamentos e como realizá-los da maneira correta.

A menopausa é um período importante para todas as mulheres, pois começam diversas transformações em seu corpo. A seguir falaremos mais sobre o que é a menopausa, seus sintomas, e como aliviá-los.

Todas as mulheres possuem óvulos, que serão produzidos ao longo da sua vida em seus folículos, as células germinativas dos ovários, nas quais já se encontram presentes desde o seu nascimento.

Toda mulher quando nasce, possui por volta de 1 a 2 milhões desses folículos, mas a cada ciclo menstrual, ela perde parte dessas células, por exemplo, na primeira menstruação ela possui cerca de 400 mil folículos, quantidade que cai drasticamente.

Assim quando o número de folículos acaba, a mulher não produz mais óvulos, ocorrendo então a queda hormonal e o fim da fase reprodutiva. Sendo essa a menopausa. Afinal os folículos são os responsáveis pelos hormônios, e com o fim desse processo, eles diminuem de forma drasticamente.

O climatério é o período onde a mulher sai da fase reprodutiva e entra na pós-menopausa. Essa fase é caracterizada por sintomas como ondas de calor e menstruação irregular. O climatério é muitas vezes confundido com a menopausa pois ambos ocorrem no mesmo período entre as mulheres, contudo a menopausa acontece durante o climatério.

A principal causa da menopausa é a idade da mulher, mas ela também pode ocorrer devido a cirurgias como histerectomia, que consiste na remoção do útero.

Nessa cirurgia também pode ocorrer a remoção simultânea das trompas e ovários. A menopausa também pode ocasionar devido ao tratamento de quimioterapia e radioterapia, e também devido à falência ovariana precoce, onde os ovários param de produzir os hormônios responsáveis pela reprodução.

A menopausa pode começar durante o auge dos 40, especificadamente entre os 45 e 55 anos de idade entre as mulheres.

A menopausa precoce ocorre quando o corpo da mulher começa a parar de produzir os hormônios, com isso começam a ocorrer diversos sintomas, como a menstruação irregular antes da hora.

E isso pode ocasionar por vários motivos como alterações genéticas, histórico familiar de menopausa precoce, doenças autoimunes, deficiência de enzimas, exposição a grandes quantidades de radiação como na quimioterapia, doenças infecciosas como caxumba e malária e doenças pélvicas e endometriose.

O diagnostico será feito por um médico após analisar exames de sangue, ao observar os níveis hormonais no seu corpo.

Os sintomas podem ocorrer em média de quatro a cinco anos, contudo a tendência são deles diminuem conforme o tempo passa em frequência e intensidade. Porém há pessoas relatam que seus sintomas duram mais do que isso.

Os sintomas da menopausa podem ser aliviados de diversas formas. Praticar exercícios físicos, pois estimulam a produção de hormônios, que trazem a sensação de bem estar, diminuindo a ansiedade e estresse, como a dopamina e endorfina, ter bons hábitos de sono, beber bastante líquido, ter uma dieta rica de alimentos ricos de fitoestrogênios, vitamina C, cálcio e vitamina D.

Com a chegada na menopausa, os sintomas na mulher podem variar, sendo o seu principal a menstruação irregular e as ondas de calor, além de incontinência urinária, ganho de peso, perda de desejo sexual, perda de memória e secura vaginal.

Como o estrogênio é responsável pela qualidade do sono da mulher o regulando, com seu declínio é comum elas terem o sono irregular, chegando até a ter insônia. As próprias ondas de calor durante a noite também podem contribuir para isso, atrapalhando no sono.

Podem ocorrer oscilações de humor, já que os hormônios responsáveis pelo sistema nervoso central como o estrogênio e progesterona começam a ter uma queda brusca de produção no corpo.

A mulher na menopausa pode ter uma explosão de emoções, como irritabilidade, tristeza, melancolia, choro e ansiedade. Algumas mulheres podem chegar a desenvolver depressão, necessitando a ajuda de um terapeuta.

Um dos sintomas clássicos mais relatados pelas mulheres durante a menopausa. A menstruação acaba se tornando irregular, a ponto de ficar um mês, ou até meses sem descer. Também pode ocorrer de descer duas vezes em um mesmo mês.

Isso ocorre porque com a baixa hormonal, o útero não consegue se preparar de forma regular para realizar uma gravidez, de forma a interferir bruscamente na menstruação. Contudo há exceções à regra em que mulheres na menopausa apresentaram a menstruação normal durante essa fase.

Eis outro sintoma muito popular entre as mulheres na menopausa. As ondas podem causar crises de calor, e podem ocorrer em áreas como a parte superior do tronco, pescoço e rosto. Pode ocorrer da pele do rosto ficar vermelha e de ter suores excessivos devido às fortes ondas de calor pelo corpo.

Essa sensação geralmente dura entre meio a cinco minutos, podendo ocorrer com mais frequência durante mais de um ano. Há mulheres em que as ondas de calor duram por mais de cinco anos.

A presença da pele mais seca, flácida, fina e sem brilho pode ocorrer com as mulheres durante a menopausa. Com o estrógeno em queda, e ele é o responsável por deixar a pela mais viçosa, brilhante e úmida, é comum a mulher apresentar a pele mais seca nesse período.

O ideal é utilizar cremes hidratantes recomendados para a pele madura. Também pode ocorrer da mulher ter queda de cabelo constante também.

Com a diminuição da produção de estrógeno no corpo, ocorre alterações no revestimento do canal vaginal das mulheres durante a menopausa, na qual diminui a produção de muco no local, fazendo com que a vagina fique seca.

Consequentemente as mulheres com esses sintomas acabam sentindo desconforto durante as relações sexuais por não estarem com a vagina lubrificada, coceira dentro ao redor da vagina ou vontade de urinar com maior frequência.

Os suores noturnos são praticamente as ondas de calor que ocorrem durante a noite, e que podem ser tão intensos a ponto de atrapalhar o sono da mulher, e ocasionar a insônia. O suor noturno pode variar de mulher para mulher, na qual algumas podem apresentar o sintoma antes de entrar na menopausa e continuar após esse período, ou até mesmo nunca apresentar esse sintoma.

O suor noturno também pode ser ocasionado por conta do estresse e ansiedade, sintomas que podem ocorrer durante a menopausa.

A baixa produção de estrógeno no corpo também afeta o revestimento da uretra, fazendo-a ficar mais fina menos elástica e flexível, acarretando na perda involuntária de urina. E isso pode trazer consequências como a presença de infecções urinárias, ocasionando dor e ardência ao urinar e febre baixa.

Pode ocorrer de aumentar o peso corporal nas mulheres durante a menopausa, pois acontece uma diminuição no metabolismo durante esse período por conta da redução dos níveis de estrógeno, acarretando na queima de calorias, fazendo com que a mulher ganhe mais peso com maior facilmente, além de apresentar maior acúmulo de gordura ao redor da cintura, os famosos “pneuzinhos”.

Podem ocorrer episódios de memória fraca, dificuldade de aprendizado, ou se esquecer de nomes, lugares ou até mesmo palavras do vocabulário do dia a dia. Isso pode ocorrer durante a menopausa devido à baixa produção de estrógeno pelos óvulos.

Lembrando que esse hormônio é de extrema importância para todas as mulheres pois mexe com a capacidade de se concentrar e na memória, o que também pode acarretar no aprendizado de coisas novas. Mulheres com esses sintomas podem sofre com problemas de organização, o que pode influenciar bastante durante o trabalho ou mesmo na vida cotidiana que ela leva.

As alterações hormonais ocasionadas pela baixa produção de estrógeno podem ocasionar na diminuição da libido. O próprio fator da vagina estar menos úmida e lubrificada para o ato sexual também pode ser um fator para o desinteresse com o contato mais íntimo com seu parceiro.

Caso tenha algum desses sintomas apresentados, não se desespere, procure por um médico especialista e faça os exames necessários para então começar o tratamento imediato. A seguir falaremos com maiores detalhes sobre o diagnóstico e tratamento desse problema.

O diagnóstico da menopausa pode ser realizado por um ginecologista com base nos sintomas que a paciente relata e também na ausência de menstruação por doze meses seguidos.

O médico ginecologista também poderá solicitar a realização de um exame na qual verificará os níveis do hormônio FSH (hormônio folículo-estimulante), estrógeno e progesterona no sangue, a fim de obter uma confirmação mais precisa se a mulher está na menopausa ou não.

O tratamento para se ter uma qualidade de vida muito melhor enquanto se enfrenta as dificuldades da menopausa pode se encontrar nas seguintes opções: reposição hormonal, terapias alternativas e utilização de remédios não hormonais.

A reposição hormonal é o tratamento mais comum entre as pacientes com menopausa, na qual se repõe o estrogênio e a progesterona. Há casos em que a mulher pode realizar o seu tratamento por meio dos sintomas nas quais ela possui, podendo utilizar antidepressivos, hipno-sedativos que induzem no sono, e antidopaminérgicos utilizados para tratar a depressão.

Ainda há a busca por terapias alternativas, onde se utilizam da homeopatia, acupuntura, e a fitoterapia.
A ajuda de um psicoterapeuta também pode ser essencial, trabalhando com o seu autoconhecimento e a tratar os episódios de ansiedade e estresse causados pela menopausa.

A mulher na menopausa ainda terá que aderir a novos hábitos para conviver com todas essas dificuldades, como se hidratar diariamente, realizar exercícios físicos regularmente, utilizar roupas levas e frescas, tomar sol para a reposição de vitamina D no organismo, cortar de vez hábitos como fumar ou beber, e por fim ter uma alimentação balanceada e saudável.

A reposição hormonal é o tratamento mais popular e também o mais efetivo para lidar com sintomas como as ondas de calor, reduzindo em até 75% a sua frequência e a quase 90% dos seus graus mais severos. Nesse tratamento é feito a reposição de estrógeno ou então é combinado o estrógeno com a progesterona.

Contudo, para a realização desse tratamento deverão se considerar alguns riscos à sua saúde, como por exemplo o aumento do risco de se ter câncer de mama ou do cólon do útero.

A reposição hormonal ainda possui algumas contraindicações para se realizá-lo, como mulheres que já tiveram câncer das mamas ou do endométrio, histórico de doenças vasculares cerebrais, mulheres que já tiveram infarto ou hipertensão, doenças no fígado, ou comprometimentos severos nas artérias coronárias.

O estrógeno ainda pode ser recomendado por um médico em sua forma tópica, como um creme a ser utilizado na região vaginal. Ele é geralmente recomendado para mulheres que tenham dores, atrofia vaginal, que tenham problemas na hora de realizarem atos sexuais e entre outros problemas uroginecológicos.

Além dos sintomas tradicionais da menopausa, ela também pode acarretar diversos problemas ao longo do tempo:

Disfunções do trato urinário: É normal com o avanço da idade, o organismo vai perdendo a força muscular, e isso inclui também a musculatura pélvica, na qual é responsável por controlar a nossa urina. A diminuição da produção de estrogênio acaba favorecendo o relaxamento do tônus, o que pode ocasionar em infecções urinárias.

Atrofia das mucosas genitais: A queda de estrogênio pode agravar a saúde íntima da mulher, pois acarreta o estreitamento, a diminuição da lubrificação e fragilidade dos tecidos vaginais, e isso pode acarretar em disfunções na vida sexual das mulheres.

Podem ocorrer sintomas como a disúria, que é o ardor ao urinar, síndrome uretral, incontinência urinária, infecção urinária, e dificuldades ao urinar, e tudo isso pode piorar com o passar do tempo.

Alterações no colesterol e metabolismo lipídico: Com a diminuição drástica do hormônio estrogênio podo ocorrer alterações na metabolização do colesterol e dos triglicérides, e isso pode aumentar os riscos de elevação do LDL (colesterol ruim) e a diminuição do HDL (colesterol bom).

O aumento de LDL no organismo pode agravar o aparecimento de doenças cardiovasculares como a aterosclerose, o acúmulo de colesterol nas artérias, infarto do miocárdio, AVC (acidente vascular cerebral) e a dislipidemia, que é a elevação de lipídios no sangue.

A queda de estrógeno pode também alterar na coagulação do sangue, ocasionando em maiores chances de ocorrer o tromboembolismo, inclusive na fase de climatério.

Complicações ósseas: Como os principais hormônios masculino e feminino respectivamente a testosterona e o estrogênio, eles são responsáveis na maturação dos tecidos ósseos.

O estrógeno é responsável pela reparação da estrutura óssea, com isso durante o período da menopausa, os ossos podem se enfraquecer e se degenerar, ocasionando a temida osteoporose.

Depressão: A relação entre menopausa e a depressão algumas vezes pode se tornar conflitante. Enquanto há estudos que mostram que os distúrbios depressivos podem ocorrer antes da menopausa, porém eles tendem a diminuir após um ano depois da última menstruação.

Por outro lado, há estudos que indicam na qual após a menopausa, e também assim que a idade vai se avançando, as taxas de depressão tendem a permanecer altas.

A própria idade e suas consequentes mudanças fisiológicas que podem causar implicações na independência pessoal e financeira podem ser os fatores principais que acarretam em casos depressivos. E tudo isso somado aos sintomas da menopausa, que além da depressão podem ainda trazer o estresse e a ansiedade.

Mudanças endócrinas: A diminuição dos níveis de estrogênio também pode estar associada às mudanças em hábitos alimentares, acarretando no ganho de peso. E isso pode acarretar em problemas graves futuramente, como a diabetes e o aumento da pressão arterial.

Disfunções sexuais: A queda do estrogênio é o culpado em afetar a libido nas mulheres durante a menopausa. Contudo outro fator crucial que pode acarretar nisso é a informação sobre a sexualidade feminina durante terceira idade, o que por muitos é até considerado como um tabu o que faz afastar muitas mulheres da vida sexual.

A menopausa pode parecer para muitos um bicho de quatro cabeças, mas na verdade ela é algo que deve ser enfrentado por todas as mulheres assim que se chega a uma determinada idade, sendo inevitável de certa forma.

Contudo nos dias atuais há diversos tratamentos para se amenizar os efeitos da menopausa, diminuindo os efeitos e melhorando as condições de vida de diversas mulheres. Não somente os tratamentos podem auxiliar quanto a esse problema, quanto à própria rotina da paciente também deverá ser mudada para lidar com essa nova fase da vida.

Uma alimentação balanceada, prática de exercícios físicos, e sempre se manter hidratada são hábitos muito simples que podem aliviar os sintomas da menopausa e trazer uma melhor qualidade de vida.