O que é o Jejum intermitente? Como fazer, tipos, benefícios e mais!

O que é o Jejum intermitente? Como fazer, tipos, benefícios e mais!

O jejum intermitente pode ser uma ótima opção para quem quer perder uns quilinhos e melhorar a qualidade de vida. Confira!


Considerações gerais sobre jejum intermitente

Prato de comida vazio.

O jejum intermitente é uma dieta que não serve somente para emagrecer, mas também para auxiliar em todo o funcionamento metabólico do corpo, além de promover um aumento considerável na imunidade e no combate de doenças crônicas, como a pressão alta e a diabetes. É indicado, principalmente, para pessoas que passaram por mudanças bruscas na rotina.

Existem várias formas de ser feito, começando de maneira mais moderada, para quem nunca teve contato com a dieta, e chegando até sua forma mais intensa, recomendada para pessoas que fazem essa prática há anos. Os benefícios para a saúde são múltiplos e, embora pareça radical, ela se faz eficiente.

Por isso, você saberá tudo sobre o funcionamento do Jejum Intermitente e seus efeitos nesse artigo. Acompanhe!

Jejum intermitente e como fazer

Prato de comida vazio.

Existem maneiras diferentes de realizar o jejum intermitente, já que são vários tipos e várias indicações. Antes de mais nada, é importante fazer um acompanhamento médico, porque envolve uma baixa muito abrupta de açúcar no sangue, o que pode ser prejudicial para pessoas com hipoglicemia, por exemplo.

Continue lendo para saber mais sobre como fazer, quais são os tipos e as indicações do tão famoso jejum intermitente!

O que é o jejum intermitente

Diferente de qualquer outro tipo de jejum, o jejum intermitente tem uma estrutura certa para ser feita. Antes de ser iniciado, ele precisa obrigatoriamente de uma refeição leve, sendo composta majoritariamente de carboidratos.

Então, opte por batata, seja inglesa ou doce, e alguns vegetais. Em um primeiro momento, você deve, depois da refeição, ficar de 14 a 16 horas sem uma refeição sólida, apenas mantendo a hidratação normal, baseando-se no seu peso e no líquido que seu corpo precisa.

Jejum intermitente e o cérebro

A dieta do Jejum intermitente favorece o corpo de várias formas, inclusive o cérebro. O processo se resume pelo fato de que, por fazer uma espécie de filtro nas toxinas que circulam diariamente no corpo, o jejum favorece a proliferação de algumas proteínas benéficas para o corpo.

Uma em específico, chamada de BDNF, tem um papel fundamental na manutenção e no preparo dos desgastes sofridos pelos neurônios ao longo dos anos. Ela também auxilia na reparação da memória e do aprendizado, porque promove uma circulação maior de sangue na região.

Jejum intermitente e a perda de peso

Perder peso não é o objetivo principal do jejum intermitente, embora muitos achem que sim. Esse assunto pode ser bem emblemático e até polêmico, já que, quando falamos sobre emagrecimento, o menos recomendado é ficar horas e até dias sem comer, como é o caso do jejum intermitente.

Porém, sim, ele promove uma perda de peso, já que o corpo começa a usar-se de lipídios para promover o calor. Os lipídios nada mais são que as gorduras que temos, sejam elas externas ou internas. No caso de pacientes obesos, é necessário que seja feito um acompanhamento médico detalhado, porque é uma dieta bem dura com o corpo, não sendo recomendada em toda situação.

Jejum intermitente e o estresse

Existe um processo que um corpo com muitas toxinas faz chamado de estresse oxidativo, que é a luta do corpo para se defender de compostos oxidantes que atacam o corpo. Esse processo é muito incômodo e causa um desgaste nas células, um desconforto físico, o que implica no estresse propriamente dito.

Então, quando o jejum intermitente é executado nesses casos, o corpo faz uma limpeza das toxinas, dando espaço para que o sistema imunológico consiga se refazer para seguir em batalha. Assim, seria similar ao time de reserva jogando, enquanto o oficial se recupera das lesões. Dessa forma, a dieta auxilia muito na diminuição do estresse.

Jejum intermitente e a longevidade

Muito se fala sobre o jejum intermitente e a longevidade, mas a ligação pode não ser exatamente a que você está pensando. Isso porque a maneira como a dieta age no organismo faz com que ele se livre de uma série de coisas que, a longo prazo, podem ser prejudiciais e até fatais para o ser humano.

Ela atua, por exemplo, diminuindo os riscos de vários tipos de câncer, diabetes e até algumas doenças cardíacas. O jejum intermitente, inclusive, ajuda a inibir algumas doenças neurológicas. Levando em consideração que essas são algumas das maiores causas de morte no Brasil, a dieta auxilia na longevidade de quem a pratica.

Como fazer o jejum intermitente

Antes de mais nada, é importante saber o tipo de jejum que é recomendado para você. Existem alguns mais intensos e outros que são um pouco mais fáceis de serem executados. Isso vai depender muito da sua experiência com jejuns, assim como com seu estado de saúde e até com sua idade e rotina.

Então, é válido dizer que, embora os resultados possam ser vistos rapidamente, o jejum intermitente não é milagroso e, pelo contrário, se feito da maneira incorreta, pode causar muito dano para o corpo.

Tipos de jejum intermitente

Prato com pão e copo com água.

Os tipos mais populares de jejum intermitente são quatro. Eles podem ser alternados entre si, de acordo com as recomendações médicas. Cada um deles tem uma aplicação e funcionalidade, embora o embaçamento e a execução seja quase a mesma.

Então, vale dizer que, para todos eles, deve ser feita uma pesquisa e um acompanhamento. Confira abaixo os tipos de jejuns intermitentes e como eles podem ser aplicados na sua rotina!

O jejum de 16 horas

Sendo o tipo mais conhecido, o jejum intermitente de 16 horas consiste em fazer uma refeição leve, mas rica de carboidratos e, logo após isso, ficar de 14 à 16 horas sem comer. Pode parecer simples, mas demanda esforço e força de vontade.

Para ficar mais fácil, você pode incluir as horas de sono nesse montante. Ou seja, um adulto deve dormir, em média, 8 horas por dia. Então, comece com um jantar leve, espere a digestão de duas horas, vá dormir e fique mais seis horas sem comer. Essa rotina pode facilitar no começo.

O jejum de 24 horas

O jejum intermitente de 24 horas é um dos mais intensos, já que, como o nome sugere, trata-se de 24 horas ininterruptas sem comer. Recomenda-se fazê-lo no máximo 3 vezes na semana. Seus resultados podem ser vistos ainda mais rápido do que o tipo de 16 horas.

No entanto, o princípio é o mesmo: uma refeição leve rica em carboidratos e, depois, o jejum. Recomenda-se complementar com algum chá, principalmente os diuréticos. Eles não devem ter açúcar, já que a diminuição do açúcar é uma das missões dessa operação detox.

O jejum de 36 horas

O jejum intermitente feito em 36 horas segue o mesmo princípio do jejum executado em 24 horas, porém são 12 horas adicionais. Recomenda-se que seja feito depois do almoço do primeiro dia, seguindo a mesma refeição rica em carboidratos.

Além disso, como fica-se mais de 24 horas sem comer, garantir a hidratação é essencial, pois o corpo consegue viver por um tempo sem a alimentação, mas sem água, não. Faça uma rotina periódica de líquidos que você deve tomar, intercalando entre água, chá e até café, desde que não tenha açúcar.

Comer 5 dias, restringir por 2

Diferente do que possa parecer, esse tipo de jejum intermitente não exige que você fique dois dias ininterruptos sem comer, mas sim que você reduza em 500 calorias nesses dois dias. Por exemplo, você se alimenta normalmente na segunda, quarta, sexta, sábado e domingo. Na terça e quinta-feira, você deve consumir apenas 500 calorias diárias.

É importante que você avalie a melhor forma de consumi-las, já que alguns preferem consumir toda a caloria de uma vez. Outros acham mais proveitoso dividi-la em algumas frações durante o dia. O recomendado é a primeira opção, mas cada organismo prefere uma coisa.

O que comer depois do jejum intermitente

Tigela com alimentos saudáveis.

Tão importante quanto deixar de comer é a alimentação que sucede aquele longo período em jejum. A refeição que você faz depois é a responsável pela restauração da força e das vitaminas que perdeu no tempo que deixou de se alimentar. Além disso, ela precisa ser balanceada, porque você estará fraco, e cometer excessos seria prejudicial.

Confira os principais alimentos que devem estar na alimentação posterior ao jejum intermitente e como deixá-la rica e saborosa!

Alimentos aconselhados

Na primeira refeição após o jejum, invista em alimentos com pouco açúcar, já que a presença dele nos alimentos pode ser um choque no organismo, fazendo com que o processo de digestão seja ruim. A refeição deve ser menor se o espaço em jejum foi grande, para seu corpo conseguir processar tudo.

Recomenda-se comer batatas, doce ou inglesa, cogumelos, atum, sardinha, abóbora, abobrinha, quinoa, espinafre, tomate, brócolis, repolho, couve-flor e até um peito de frango. Para não ter erro, faça uma salada reforçada, junto com peito de frango grelhado, sem óleo.

Alimentos desaconselhados

Evite, principalmente na primeira refeição depois do jejum intermitente, frituras ou alimentos com muita gordura. Evite pizza, lasanha, salgados fritos, batata frita, queijo, carnes gordurosas ou algo com muito óleo.

Além disso, alimentos com açúcar também devem ser evitados, pois podem causar um choque muito grande em seu organismo. Caso sinta a vontade de comer algum doce, opte por frutas, como morango, uva e manga.

Pode beber durante o jejum?

Durante o jejum intermitente, não só pode, como é preciso consumir líquidos. Eles são fundamentais para o seu corpo continuar funcionando como se deve. Um corpo sem água começa a falhar, iniciando suas falhas pelo rim, que impede a passagem correta de sangue no corpo.

No entanto, é claro que não se deve, por exemplo, consumir bebidas alcoólicas, sucos, bebidas gaseificadas, como refrigerantes, e águas saborizadas. Opte por água, chá e café sem açúcar. O café, inclusive, dá uma falsa impressão de saciedade, que pode ser vantajoso em longos períodos sem se alimentar.

Os principais benefícios do jejum intermitente

Pessoa medindo sua cintura.

Por mais duro que pareça ser, o jejum intermitente traz muitos benefícios, pois ele auxilia no funcionamento correto de todo o sistema, agindo, em especial, na corrente sanguínea, que, por sua vez, está em contato com todo o corpo. Confira abaixo os principais benefícios dessa dieta e qual o seu fundamento!

Colesterol e triglicerídeos

Uma das grandes vantagens das refeições feitas antes e depois do jejum intermitente é a eliminação do excesso de gordura que circula na corrente sanguínea, auxiliando o controle dos níveis de colesterol e do triglicerídeos.

Com o baixo açúcar e a baixa gordura, o corpo, já em jejum, começa a queimar o que já tinha acumulado em suas veias, fazendo com que os níveis sejam reduzidos de maneira considerável. Com a refeição certa após o jejum, o resultado se mantém.

Metabolismo

Muita gente pensa que o jejum intermitente desacelera bruscamente o metabolismo, mas isso não é verdade. Na verdade, nas primeiras 36 horas, com a baixa ingestão de calorias, ele reduz os níveis de açúcar, deixando-o bem mais rápido.

É claro que, se você ficar mais do que 36 horas sem a ingestão de alimentos sólidos, começará a entrar em uma espécie de ‘modo econômico de energia’, causado pela desaceleração do metabolismo. Mas, nos limites saudáveis, ela auxilia muito na aceleração e no controle metabólico.

Desintoxicação do organismo

Como o jejum intermitente trabalha, principalmente, com a hidratação para repor os sais do corpo, seu processo de desintoxicação é muito grande. Isso porque atua em toda a corrente sanguínea de maneira simultânea, promovendo a limpeza profunda.

Assim, as baixas de gordura e açúcar fazem com que o processo fique ainda mais dinâmico e rápido, já que a última refeição antes do início do jejum é primordial para a boa execução dele. Esse processo é importante para prevenir uma série de doenças, como o câncer e até a asma.

Prevenção da pressão alta

A pressão alta nada mais é do que um acúmulo causado por sódio em excesso no sangue. Outra causa é o acúmulo de gordura ruim, deixando a pressão intravenosa muito alta. Assim, a limpeza sanguínea causada pelo jejum intermitente promove o alívio da pressão.

Para isso, é importante lembrar que alguns chás são bem eficazes para manter a pressão arterial estável e que eles, combinados com o jejum intermitente, podem ser uma boa arma para o controle efetivo. Mas, de qualquer forma, um médico deve ser consultado para que tudo seja feito com responsabilidade.

Prevenção da diabetes

O baixo consumo de açúcar que o jejum intermitente promove faz com que os níveis de diabetes estejam sob controle. Porém é de extrema importância que, caso você seja diabético, faça um acompanhamento médico detalhado, antes de tentar qualquer tipo de jejum ou dieta.

O mesmo vale para quem tem hipoglicemia, já que a baixa de açúcar pode causar problemas, sendo, inclusive, até fatais. A base do jejum é a redução de açúcar, e fazer isso sem a supervisão médica pode ser desastroso.

Prevenção da flacidez

O jejum intermitente auxilia na produção de colágeno, que faz a manutenção da elasticidade da pele. Além disso, como promove um emagrecimento gradativo, mesmo que pareça radical, ele dá tempo para que o corpo vá se adaptando ao emagrecimento.

Assim, esse tempo é o suficiente para que a pele se molde ao corpo em constante mudança, deixando a superfície menos flácida do que estaria com um emagrecimento irresponsável ou por algum tipo de intervenção cirúrgica.

Prevenção do envelhecimento precoce

Por aumentar a produção de colágeno, além de auxiliar na produção de diversas vitaminas e diminuir as inflamações, o jejum intermitente retarda o envelhecimento. Isso porque faz uma manutenção completa do corpo através de uma limpeza no sangue.

Além de ajudar na manutenção do físico, ele realmente retarda o envelhecimento dos tecidos, dos órgãos e principalmente do cérebro. Isso porque aumenta a irrigação sanguínea na área, fortalecendo a memória, os neurônios e até a sensibilidade.

Auxílio no processo de emagrecimento

Embora não seja seu objetivo central, o jejum intermitente auxilia no emagrecimento pelo simples fato de que, durante o período da inibição de alimentos, o corpo precisa ganhar calor - queimando calorias - de alguma forma. Essa forma é queimando os lipídios.

Além dos lipídios, que são a gordura propriamente dita, ele ainda queima os açúcares restantes e a gordura intravenosa, que pode ser bem prejudicial para a saúde como um todo. Essa queima, seja de gordura ou de açúcar, auxilia no emagrecimento de forma saudável.

Diminuição do risco de doenças cardíacas

Promovendo a diminuição da concentração de gordura no sangue, a dieta do jejum intermitente auxilia em um melhor funcionamento do coração, já que esse excesso de gordura é o que causa a maioria dos problemas cardiovasculares, inclusive o infarto.

Assim, as vitaminas produzidas nesse período, assim como as ações antioxidantes, agem de forma sincronizada no controle de pequenas inflamações, que, quando chegam ao coração, podem se tornar complicações severas. Além disso, com a diminuição da pressão, o coração já funciona de maneira muito mais saudável e sem dificuldades.

Dúvidas comuns sobre jejum intermitente

Pessoa se alimentando.

Como se trata de um tipo de dieta muito popular e até assustador entre algumas pessoas, já que parece bem radical, o jejum intermitente causa algumas dúvidas em quem está pensando em começar ou tem curiosidade de saber como é. Confira dúvidas, mitos e verdades sobre o jejum intermitente a seguir!

Quando o jejum intermitente não é indicado

O jejum intermitente não é indicado para pessoas portadoras de doenças crônicas, como hipertensão, pressão baixa ou problemas renais, como insuficiência. Sobre a hipertensão, não é terminantemente contraindicado, mas precisa-se de um acompanhamento médico para que possa ser executado.

Além disso, não pode ser feito por crianças, assim como por gestantes, lactantes e pessoas que sofrem com algum transtorno alimentar, como anorexia ou bulimia. Caso você tome algum remédio controlado, é importante consultar seu médico sobre a possibilidade de realizar esse jejum, já que vários medicamentos não podem ser ingeridos em jejum absoluto.

Fazer jejum intermitente é seguro?

A realização do jejum intermitente é segura, desde que você não esteja em nenhum grupo de risco, como diabéticos, hipoglicêmicos, hipertensos e pacientes renais e cardíacos, ou tenha alguma doença imunológica ou crônica.

Além disso, é válido dizer que, nas primeiras vezes realizando o jejum intermitente, você pode sentir fraqueza, tontura e até uma baixa capacidade de concentração. Isso é normal, desde que não cause desmaios ou convulsões. Se você sentir que os efeitos pioram com o decorrer das horas, interrompa o jejum e faça uma refeição moderada.

Vale a pena fazer o jejum intermitente?

Segundo um estudo realizado em 2011, em Nova Iorque, o jejum intermitente se mostra eficaz. Foram estudadas 107 mulheres com diversas condições de saúde, inclusive o sobrepeso. Parte fez uma dieta comum, e a outra fez o jejum intermitente.

No decorrer de seis meses, as que realizavam o jejum intermitente estavam muito melhores fisicamente do que as que fizeram outro tipo de dieta. Isso porque ele auxilia no corpo como um todo, preocupando-se com as vitaminas produzidas e com o efeito que isso causa para o corpo. Ele é pensado para ser consciente e seguro, ainda que pareça bastante radical.

O jejum intermitente realmente emagrece?

Mulher com calça de número maior.

Sim, o jejum intermitente emagrece, mas essa não é a maior vantagem sobre ele, já que repara o sistema imunológico, diminui as inflamações, auxilia na queda de gorduras, nos açúcares intravenosos e na produção de vitaminas para o corpo funcionar de maneira mais fluída.

Assim, ele é ideal para quem está pensando em fazer uma mudança nos hábitos alimentares e de vida. Além disso, é um tipo de dieta acessível e pensado para atender a todos os públicos. Podendo ser feito com acompanhamento médico, o jejum intermitente é uma ótima alternativa para quem busca fazer uma grande mudança de ares!

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